segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Chavez amarga a frustração nas eleições venezuelanas

Cúpula oposicionista explica o relativo sucesso da oposição nas eleições da Venezuela - Foto AFP
A oposição venezuelana conseguiu, além de tirar do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSVU), comunista de Chávez, a maioria absoluta de 2/3 no Congresso, a façanha de superar em Caracas, por pequena margem, o número de votos obtidos pelos aliados de Hugo Chávez, na eleição de ontem, domingo.
Tal tendência pode, também, ter se repetido em outros distritos, onde a apuração ainda não foi concluída e, no cômputo geral, a MUD ficou com 52% dos votos em todo o país, o que pode fortalecer a aliança para as eleições presidenciais de 2012.
O caudilho comunista Hugo Chávez minimizou, pelo Twitter, a inesperada (para ele) votação recebida pela oposição e considerou a vitória da situação como “sólida”, mas a cúpula do PSVU - partido chavista - já admitiu que o apoio do eleitorado foi bem menor ao que o partido esperava. A perda dos dois terços no Congresso começou a corrigir uma situação causada pela omissão da oposição em não participar das eleições anteriores, deixando o país à mercê do comunismo chavista que está, flagrantemente, destruindo a Venezuela.
A oposição, pelas declarações de membros da MUD, reclamou e ‘estranhou’ o suspeito atraso na divulgação dos resultados da eleição (segundo Chávez o sistema eleitoral é "inovador e moderno”) e disse que o partido oposicionista passa a ser, agora, uma alternativa real e viável de mudança no atual sistema totalitário e estatizante da economia na Venezuela. Embora a oposição não tenha acusado Chávez diretamente de ter fraudado as eleições, fica no ar uma grande desconfiança de que isso possa ter acontecido e que, a oposição teria, na verdade, recebido uma margem bem mais ampla de votos no país.
COMENTO: Chavez usou todo o poder da máquina e influência do governo. Ocupou a imprensa, principalmente a televisão, diáriamente, por até tres horas seguidas. No entanto, não conseguiu a maioria que queria.
*Por Francisco Vianna,por e-mail

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