sábado, 28 de junho de 2014

Brasileiro: Um povo condenado ao fracasso?


Bandidos mandam nos presídios tendo por cúmplices a lei a covardia das autoridades.

Edemundo Dias, secretário exonerado em Goiás: humilhado pela reportagem do programa “Fantástico”. Foto: Fernando Leite/Jornal Opção.

Equivocada exoneração do secretário de Administração Penitenciária de Goiás — por conta de reportagem do “Fantástico” — é uma das muitas ações do Executivo, do Judiciário e do Ministério Público que só reforçam o poder dos bandidos.
Ninguém de relevância política neste País tem coragem de enfrentar a legislação pró-bandido ditada pelas universidades, sob a inspiração de Michel Foucault. E a imprensa é cúmplice das universidades na defesa dos direitos humanos de criminosos em detrimento da segurança da população.
O “Fantástico”, da Rede Globo, mostrou que duas grandes penitenciárias do Brasil — a de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e a de Aparecida de Goiânia, em Goiás — são comandadas pelos próprios presos. De dentro das cadeias, os chefões do crime encomendam roubos de veículos, que acompanham em tempo real pelos celulares de última geração, e extorquem dinheiro das famílias de outros presos, em quantias que podem chegar a R$ 500. Além disso, promovem churrascos com mais de mil espetinhos e bacanais com prostitutas todo final de semana. Em conversas telefônicas, um preso disse: “Mulher não falta. É todo domingo”. Outro arrematou: “Carne aqui é mato”.

E a reportagem ainda mostrou celas com geladeiras duplex abarrotadas de comida, TV de tela plana, ventiladores e liquidificadores, entre outros eletrodomésticos.
Veiculada no domingo, 15 de junho, a reportagem do “Fantástico“ derrubou o titular da Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça do Estado de Goiás, Edemundo Dias. Oficialmente, o secretário pediu demissão, mas extraoficialmente se sabe que foi exonerado pelo governador Marconi Perillo (PSDB). Lamentável efeito de uma reportagem que parece ter sido editada pela dupla Marcola & Beira-Mar, os respectivos chefes do PCC e do Comando Vermelho, que comandam os presídios e as favelas no País.

Levando em conta que a reportagem denunciou as regalias dos bandidos dentro das penitenciárias, parece absurdo o que estou dizendo. Mas vou provar, ao longo deste artigo, que esse tipo de reportagem — como praticamente tudo o que a imprensa mostra sobre presídios — mais ajuda do que atrapalha os criminosos.
Adianto que jamais vejo o “Fantástico” ou qualquer outro programa jornalístico de televisão. A oligofrenia reinante no noticiário de TV embrutece o espírito e me dá nos nervos. Acompanho o que sai na TV pela repercussão na imprensa escrita e, quando o caso merece exame, vou atrás dos vídeos por meio da internet.

Foi o caso da reportagem do “Fantástico” sobre os presídios de Goiás e do Rio Grande do Sul, que só vi após a repercussão no jornalismo impresso. O que chama a atenção de imediato é a diferença de tratamento da reportagem em relação às autoridades prisionais do governo tucano de Goiás, as autoridades prisionais do governo petista do Rio Grande do Sul e as autoridades judiciárias de ambos os Estados. As autoridades prisionais goianas foram acuadas, sem piedade, pela reportagem do “Fantástico”, que, todavia, não demonstrou o mesmo senso crítico, investigativo, em relação às autoridades prisionais gaúchas e, sobretudo, em relação ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, tratados com uma deferência que depõe contra o jornalismo.
Presídio não pode ser feira livre
Edemundo Dias, secretário exonerado em Goiás: humilhado pela reportagem 
do programa “Fantástico”. Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

Na cinematografia e, por consequência, no telejornalismo, a câmara não é apenas um mecanismo que capta movimento e som — é, sobretudo, o olhar subjetivo do cinegrafista e do seu editor, capaz de qualificar a imagem que está sendo filmada, dependendo do ângulo em que isso é feito. A angulação da câmara é uma forma de adjetivar a cena, sendo suficiente para enaltecer ou vilipendiar uma pessoa que está sendo entrevistada mesmo que ela não faça nada de errado. O secretário de Admi­nis­tração Penitenciária de Goiás, Edemundo Dias, foi humilhado pela reportagem do “Fantástico”, que o filmou em plano alto, isto é, a câmara o focalizou de cima para baixo, de modo inquisitorial, apequenando sua imagem, acuando-o atrás da mesa, colocando-o na defensiva, numa situação de óbvia inferioridade diante dos repórteres. Essa edição de imagem, sem dúvida, pesou muito mais do que o teor das respostas do secretário goiano, que, de modo algum, se saiu pior do que os demais entrevistados — pelo contrário, eu diria que se saiu até melhor.
Já a conduta da reportagem do “Fantástico” diante do secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Airton Michels, foi completamente distinta. Ele aparece sentado com as pernas cruzadas e as mãos no respaldar de sua confortável poltrona, enquanto a câmara o focaliza de baixo para cima, realçando seu rosto decidido, levemente inclinado para trás, numa postura de superioridade diante do interlocutor. Mas as respostas do altivo Airton Michels, com seu tom professoral, seus olhos claros e a barba de intelectual trotskista, não foram melhores do que as do humilde Edemundo Dias, com seu perfil de retirante nordestino que, mesmo quando bem-sucedido, nunca parece confortável no terno. A rigor, a resposta do secretário gaúcho foi muito mais condenável do que a do secretário goiano, mas não provocou nenhuma reação crítica da reportagem do “Fantástico”, muito menos levou o governador Tarso Genro (PT) a exonerá-lo do cargo, em que pese ele merecer essa exoneração mais do que o secretário goiano.
O secretário Edemundo Dias, ao ser confrontado com as mordomias dos presos do complexo prisional de Aparecida de Goiânia, deu a resposta padrão de toda autoridade quando é surpreendida pela imprensa com um fato incômodo: “Disso eu não tenho conhecimento. Estou tomando conhecimento agora e vou mandar verificar. Se for constatada alguma irregularidade nesse sentido, nós vamos tomar as providências”. A reportagem do “Fantástico”, como era de se esperar, não se contentou com a resposta e pediu para entrar no pavilhão do presídio onde estão os presos com mordomias. O secretário chegou a acompanhar os repórteres até as proximidades do pavilhão, mas depois mudou de ideia e, perseguido pela câmara, deixou para trás a equipe dizendo que precisava trabalhar — é o que se depreende de sua fala à distância, quase inaudível. A reportagem passou a entrevistar, então, o superintendente de Segurança Peniten­ciá­ria, João Carvalho Coutinho Júnior, que, alegando razões de segurança, não permitiu a entrada da equipe.
A cena mostrada pelo “Fantás­tico” não poderia ser mais constrangedora para o sistema prisional goiano: o superintendente de Segurança Penitenciária é entrevistado à frente de uma barreira de policiais armados, como se eles estivessem lá para impedir a entrada da imprensa e resguardar um malfeito que a direção do presídio tentava esconder. Ora, aqueles policiais estavam ali para proteger a sociedade, inclusive a equipe de reportagem do “Fantástico”, pois um presídio que abriga bandidos perigosos não pode ser tratado como feira livre e, especialmente quando há visitas, em que sempre existe a possibilidade de rebeliões e reféns, é preciso que guardas armados reforcem a segurança do local, pois só agentes penitenciários desarmados são insuficientes para isso. Mas o “Fantástico”, conscientemente ou não, acabou retratando os policiais como se eles fossem meros capangas da direção do presídio goiano, interpondo-se indevidamente no caminho de sua reportagem.
Secretário gaúcho admite privilégio de presos
Mas as gaguejantes autoridades prisionais goianas, que foram intimidadas pela reportagem do “Fantás­tico”, deram respostas, sem dúvida, menos indecorosas do que as do secretário gaúcho Airton Michels, que, como o próprio “Fantástico” admite, reconheceu as mordomias dos presos do Presídio Central de Porto Alegre. Com sua professoral asser­tividade, o secretário de Segu­rança Pública do Rio Grande do Sul assim se expressou sobre essas mordomias: “Não deve, não pode, mas o resultado, a consequência de eliminar com alguns privilégios de algumas facções, pode ser uma tragédia”. Reparem na gravidade desta resposta de Airton Michels: ele admite que as facções criminosas gozam de privilégios dentro dos presídios de seu Estado, mas aceita essa situação, porque, segundo ele (provavelmente pensando em Carandiru), se cortasse os privilégios dos presos, ocorreria uma tragédia.
Ora, pode haver tragédia maior do que uma sociedade refém de criminosos que, mesmo presos, comandam latrocínios, sequestros, assaltos e extorsões de dentro das cadeias, obrigando o cidadão de bem a sustentá-los duas vezes — com o dinheiro dos impostos que mantêm os presídios e com o sangue das vítimas cujas vidas eles ceifam impunemente, protegidos pelo próprio Estado? Era essa a pergunta que devia ter sido feita à queima-roupa ao secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul. Mas a reportagem do “Fan­tástico” — tão impiedosa com o secretário goiano que disse desconhecer as mordomias dos presos — aceitou passivamente uma declaração muito mais grave do secretário gaúcho: a de que as mordomias das facções criminosas nas cadeias existem sim, mas que é preciso aceitá-las — o que, partindo de uma autoridade pública, é o mesmo que oficializá-las, legalizá-las, instituí-las.
Por que o “Fantástico” foi tão condescendente com o secretário de Segurança Pública gaúcho? Porque, ao contrário das autoridades prisionais goianas, ele não é um zé-ninguém no plano nacional e, consciente de seu poder, sabe colocar um repórter no seu devido lugar. Formado em Ciências Jurídicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Airton Michels lecionou Direito Penal na Universidade do Vale do Rio dos Sinos e foi promotor de Justiça — um fato que, por si, já garante o respeito irrestrito da imprensa, que sempre se deixa cegar pelo Ministério Público. Além disso, Airton Michels se tornou uma estrela técnica do governo petista na área de segurança pública: durante o governo Lula, foi indicado por Tarso Genro, de quem é correligionário, para a direção geral do Depen (Departamento Peniten­ciá­rio Nacional), cargo que exerceu de meados de 2008 até o final de 2010, quando aceitou o convite do governador eleito Tarso Genro para ser secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul.
Tarso Genro: governador gaúcho não demitiu secretário que admitiu regalias de presos no Rio Grande do Sul
Festanças em presídio não são novidade
A declaração de Michels, aceitando as mordomias das facções criminosas, é muito mais grave do que parece. Ele não fala apenas em nome da política prisional de seu Estado, mas em nome da política penitenciária do País, que, desde a Constituição de 88, mas, sobretudo a partir da Era Lula, vem sendo pautada pela perniciosa filosofia de Michel Foucault (1926-1984), que transforma o criminoso em vítima da sociedade. E a Rede Globo, em que pese sua reportagem sobre mordomias de presos, professa essa filosofia, tanto que a reportagem do “Fantástico” se encerra com uma fala asquerosa do juiz Sidney Brzusca, titular da Vara de Execuções Criminais do Rio Grande do Sul, que afirmou textualmente sobre as facções criminosas que gozam de privilégios nos presídios e comandam o crime de dentro das celas: “Não se combate facção com arma, com escudo, com gás; combate-se facção assegurando direitos. Os presídios que têm isso funcionando não têm facção”.
Essa afirmação do magistrado gaúcho — transformada pelo “Fantástico” em chave de ouro de sua reportagem — é absolutamente falsa. Basta o que aconteceu no complexo prisional de Aparecida de Goiânia para desmenti-la de forma cabal. E, no Brasil inteiro, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, quanto mais se asseguram direitos para os presos, mais poderosos eles se tornam, controlando não só os presídios, mas as próprias favelas das cidades. 
O sistema penitenciário goiano, por exemplo, chegou a essa situação de descalabro justamente porque, a exemplo dos demais sistemas prisionais do País, ele garante às facções criminosas diversas regalias travestidas de direitos, em vez de combatê-las com arma, escudo e gás. Prova disso é que, há quase um ano, em 21 de julho de 2013, em artigo sobre a Lei Maria da Penha, critiquei as autoridades penitenciárias goianas, acusando o Estado de Goiás de fomentar oficialmente o crime, com a nociva cumplicidade da imprensa, especialmente do jornal “O Popular”, que, com sua proverbial defesa dos modismos politicamente corretos, acaba sendo o maior defensor das regalias dos criminosos travestidas de direitos humanos.

A minha justificada ira decorreu do fato de que fora desbaratada uma das maiores quadrilhas de roubo de carros e tráfico de drogas do Estado de Goiás, com ramificações internacionais, e sete de seus 14 líderes eram bandidos que já cumpriam pena no complexo prisional de Aparecida de Goiânia, o que me levou a chamá-lo de “um dos muitos quartéis-generais do crime disfarçados de penitenciárias”. Todos os contatos externos dos presidiários que chefiavam a quadrilha eram mulheres, que ficavam responsáveis pelas contas correntes do bando e cuidavam de outras operações burocráticas. O próprio superintendente de Segurança Penitenciária de Goiás, João Carvalho Coutinho Júnior, que aparece na reportagem do “Fantástico”, em entrevista ao jornal “O Popular”, em 18 de julho de 2013, disse acreditar que os celulares eram levados para dentro dos presídios nas partes íntimas dos visitantes — o que me levou a afirmar que as mulheres dos presos estavam sendo transformadas por uma legislação penal leniente em “verdadeiras bocetas ambulantes no sentido machadiano do termo”.
Ou seja, se o governo estadual, o Ministério Público de Goiás e o Judiciário goiano estivessem, de fato, preocupados com a segurança da população, a cúpula do sistema prisional do Estado já deveria ter sido demitida em julho do ano passado — uma semana após a posse de Edemundo Dias em seu comando —, quando se descobriu que o complexo prisional de Aparecida de Goiânia não era um verdadeiro presídio, mas um valhacouto de criminosos, homiziados pela própria lei e pela covardia das autoridades brasileiras, que sacrificam a vida da população inocente apenas para não se indispor com os formadores de opinião encastelados nas universidades e, hoje, com poderes até no Supremo. Por que, já naquele momento, não foi exonerada a cúpula do sistema prisional do Estado? Ora, porque “O Popular” (um dos veículos do Grupo Jaime Câmara, que detém a filiada da Rede Globo em Goiás), noticiou o descalabro do sistema prisional goiano, mas teceu elogios à sua cúpula, poupando o governador do rompante midiático de agora, em que, diante da denúncia do “Fantástico”, decidiu exonerar Edemundo Dias.
Sim, a exoneração de Edemundo Dias é um inútil rompante midiático, que não tem sustentação nos fatos. Afirmo isso com a autoridade de quem abomina a ideologia dos direitos humanos do secretário exonerado, tanto que já o critiquei duramente em artigo de jornal e até numa edição do programa “Roda de Entrevista”, da TBC Cultura, comandado pelo jornalista Reynaldo Rocha, na qual ele era o entrevistado e lhe dirigi palavras ásperas, confesso, pois não suporto ver essa gente dos direitos humanos transformando o sangue inocente das vítimas em vistosas teorias acadêmicas para acumular títulos universitários, em nome da vaidade e da melhoria salarial, ainda que Ede­mun­do Dias pareça pecar mais por ingenuidade do que por vaidade. Ele deve ter achado que apenas o seu mestrado em Direito Público na Uni­ver­sidade de Extremadura, na Espanha, lhe daria um salvo-conduto intelectual para colocar os direitos humanos acima da segurança pública. Enga­nou-se, pois Marconi Perillo não é Tarso Genro e sabe que, ao contrário do governador petista, não desfruta de imunidade na imprensa nacional quando se trata de questões sociais.
Imprensa contribui para a crise dos presídios
Mas essa nefasta política de direitos humanos para criminosos — que desumaniza seus familiares e gangrena toda a sociedade — existe no sistema prisional goiano à revelia de Edemundo Dias, pois é a norma de todo o sistema penal brasileiro. Sua exoneração não vai impedir as facções criminosas de continuarem no comando do presídio. Afinal, toda a atual cúpula do sistema prisional goiano é a mesma de julho do ano passado, quando se constatou que havia uma quadrilha atuando dentro do presídio de Aparecida de Goiânia, graças ao fim das revistas íntimas de familiares de presos, em nome de seus direitos humanos, o que facilitou o contrabando de celulares para dentro do presídio. 
Na época, em 10 de julho de 2013, Edemundo Dias assumiu a Secretaria de Administração Penitenciária recém-criada, mas já era o presidente da Agência Prisional do Estado, cargo que ocupava desde 2011. E o secretário de Segurança Pública, então também responsável pelo sistema prisional, já era o delegado Joaquim Mesquita, da Polícia Federal, que, a convite do governador Marconi Perillo, tomou posse do cargo em 29 de outubro de 2012. Agora, com a exoneração de Edemundo Dias, ele assume interinamente a direção do sistema prisional — e, com certeza, continuará fracassando em sua missão de sanear o sistema, pois nem o secretário, nem o governador, nem ninguém de relevância política neste País tem coragem de enfrentar a legislação pró-bandido ditada pelas universidades, sob a inspiração de Michel Foucault.

E a imprensa é cúmplice das universidades na defesa dos direitos humanos de criminosos em detrimento da segurança da população. Prova disso é que, em julho do ano passado, mesmo depois de constatar que uma das maiores quadrilhas de tráfico de drogas e roubo de carro do País atuava dentro do complexo prisional de Aparecida de Goiânia, o jornal “O Popular” cobriu de elogios a decisão da cúpula do sistema prisional de abolir as revistas íntimas no presídio. 
Disse, então, o jornal: “Goiás foi um dos primeiros Estados a implantar a revista humanizada durante as visitas de familiares. Um dos avanços foi impedir que as mulheres sejam submetidas à chamada revista vexatória, que consistia em ficar nuas, com as pernas abertas, sobre um espelho para revista”. Ocorre que, como também não havia detectores de metais, a entrada de celulares corria solta. O que não impediu o superintendente João Carvalho Coutinho Júnior de garantir à época: “Não vamos voltar atrás nesse avanço. A visita humanizada será mantida, por isso temos de investir em tecnologia”.

Se a anunciada reforma do sistema prisional goiano fosse para valer, João Carvalho Coutinho deveria ter sido exonerado junto com Ede­mundo Dias, pois o “avanço” da visita humanizada que ele anunciou no ano passado serviu apenas para consolidar o poder das quadrilhas dentro do complexo prisional de Aparecida de Goiânia. Na época, enquanto o jornal “O Popular” batia palmas para a ação temerária do superintendente, eu o invectivei em meu artigo: 
“Ora, senhor João Carvalho Coutinho Júnior, o senhor já se perguntou, ao pôr a cabeça no travesseiro, quantas vítimas inocentes, inclusive mulheres e crianças, não passaram maus bocados nas mãos de facínoras ou foram feridas e mortas por conta do abjeto, covarde e imbecil humanismo que tomou conta das autoridades desse País, inclusive do governo que vossa senhoria representa?” E acrescentei: “Onde está o Ministério Público, que se empenhou em cavar uma pensão do Estado para a mãe de Pareja, o criminoso que rebelou o antigo Cepaigo, mas não é capaz de obrigar esse mesmo Estado a indenizar as vítimas dos presos que praticam crime de dentro das próprias cadeias custeadas por nossos impostos?”

O Estado patrocinando o crime
Ailton Michels, secretário de Segurança Pública gaúcho: tratado 
com total deferência pelo “Fantástico”

Infelizmente, a imprensa brasileira, sempre que trata de segurança pública, só faz cobranças ao Executivo e se esquece dos acadêmicos de ciências humanas, especialmente os operadores do direito, principais responsáveis pela legislação penal leniente, que resulta em mais de 60 mil homicídios por ano, pois, como mostrou um estudo de Daniel Cerqueira, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), muitos dos milhares de desaparecidos das estatísticas oficiais são, de fato, vítimas de assassinato. Na reportagem do “Fantástico”, por exemplo, os magistrados e promotores entrevistados colocam-se na confortável posição de críticos do Executivo, quando, na verdade, são cogestores do sistema prisional e, consequentemente, também culpados pelos seus problemas. Aliás, diretor de presídio, hoje, não passa de rainha da Inglaterra — tudo o que acontece com o preso é determinado pelo juiz da Vara de Execuções Penais.
A despeito disso, o juiz Sidney Brzusca, titular da Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre — o mesmo que disse que facção criminosa não se combate com arma, escudo e gás, mas com direitos —, contou ao “Fantástico” que os presos são os verdadeiros comandantes dos presídios, chegando a ter cargos na cadeia, e deu um exemplo: “Um dia perguntei para um preso se estava trabalhando na galeria, e ele disse que não. ‘Faz o quê?’ ‘Eu sou ministro dos esportes’”. O juiz relatou esse fato com um sorriso nos lábios, como se fosse um cidadão comum, e o repórter da Globo não teve a coragem de lhe perguntar que atitude ele tomou, como autoridade, diante daquele preso que se autointitulava “ministro dos esportes” da cadeia. Imaginem se uma diretora de escola contasse à imprensa que seus alunos é que mandam e desmandam na escola e dissesse isso com um sorriso nos lábios, como fez o juiz — seria exonerada no ato. Mas juízes são vitalícios e inamovíveis — o que exige deles ainda mais gravidade no exercício dessa nobre função.
Já o procurador-geral de Justiça de Goiás, Lauro Machado Nogueira, afirma: “O escárnio é uma encomenda de 1.200 espetinhos para fazer uma festa dentro do presídio”. De fato, é um escárnio. Mas não será também um escárnio sete promotores, juntamente com magistrados, passarem mais de um ano gravando conversas telefônicas de bandidos que já estão presos, limitando-se a monitorar os crimes que eles cometem, quando seria muito mais decente cortar as abusivas visitas semanais, especialmente as íntimas, e mandar a PM fazer varreduras diárias nos presídios até que os presos aprendam, se preciso à força, que cadeia não é nem bar nem motel muito menos pode ser transformada em quartel-general do crime? Quantos inocentes não sofreram traumas, perderam bens ou foram mortos em assaltos, sequestros e latrocínios praticados por presos que estavam sendo monitorados pelas próprias autoridades nas cadeias de Aparecida de Goiânia e Porto Alegre?
Cadeia não pode ser transformada em Big Brother Brasil de promotor e juiz. Monitoramento eletrônico é para produzir prova contra criminosos que estão livres. Os que já estão presos devem ter suas ações cortadas pela raiz e não depois de um inquérito que se arrasta por mais de um ano. Isso já não é nem escárnio — é uma tragédia humana. E se a imprensa se limitar a pressionar o Executivo, sem cobrar responsabilidade do Ministério Público, do Judiciário, da OAB, das universidades e do Congresso, o genocídio da população brasileira vai continuar sendo praticado duplamente — não só pelos criminosos soltos, mas também pelos bandidos presos, sob o patrocínio do Estado brasileiro.
*José Maria e Silva é sociólogo e jornalista, publicado no Jornal Opção.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

O governo imita o nazismo e adota a propaganda de Goebbels.

       
Nunca se viu tanta propaganda nas TV. Tudo se tornou maravilha no País. Todo mundo joga futebol. Estádios são arenas. Governo federal vende a beleza do Brasil. Os governos estaduais são maravilhas de gestão e cada um com varinha mágica, transformando ruas em avenidas, estradas secundárias em estradas de 1º mundo. Prefeituras mudando a cidade. Novas avenidas, túneis, iluminações e por aí vai tudo dançando samba.
       O VERDE AMRARELO  enfeita as ruas e tem gente que com  tudo isso ainda pede ao BOM DEUS que o Brasil não seja campeão. Pode um negócio deste? Brasil é Brasil e ganhando ou perdendo é sempre o querido País onde nascemos. 
       Ninguém pensa depois da COPA. A inflação vai continuar? Os deputados envolvidos em coisas não republicanas vão continuar deputados? Os partidos já fizeram os acordos e como entender que o partido A afirme que vai apoiar o candidato B, mas em 5 Estados da Federação votam em C em 10 no D e o que sobra no B. Tudo certo. Como são PARTIDOS não podem ser inteiros. O povo é que não entende. É só compreender que a língua portuguesa está evoluindo. As palavras vão ter significados diferentes. INTEIRO É PARTIDO e PARTIDO é INTEIRO. 
       A propaganda gasta pelos governos FEDERAL, ESTADUAIS E MUNICIPAIS (dinheiro do nosso bolso) tem sua razão de ser. Vai ter eleição em outubro e como vivemos numa DEMOCRACIA quem está no governo pode gastar em propaganda que o povo paga, mas a oposição não pode.
VIVA A COPA. 
VIVA A PROPAGANDA POLÍTICA FEITA QUE NÃO PODE SER FEITA. 
MARAVILHA. A BOLA DE 2014 NÃO É A MESMA DE 1938. PARECE INCREÍVEL? NÃO ACHA?
NÃO É PARA ENLOQUECER?
NÃO É DE ENLOUQUECER?

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Mural da copa do mundo.


O artista se chama Paulo Ito, do bairro de Pompéia, em São Paulo. Parece que é o primeiro mural que ganha repercussão em todo o mundo.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Foi feio sim, assim como é feio o que ela faz com o país!


 *Artigo no Alerta Total, por John Simão
Brasileiros presentes na abertura da copa cantaram “Dilma, vá tomar no c...”   em alguns momentos da competição, deixando claro o descontentamento com os desmandos, a incompetência e a corrupção que vandaliza o país, aparentemente com mais intensidade, no atual mandato presidencial.
O mundo inteiro viu e ouviu, apesar da imprensa brasileira ter feito o possível para atenuar o fato.  
Ficou feio? Claro que ficou. Horrível, deplorável!!!
Mas eu pergunto:
Apoiar e proteger ladrões, mesmo condenados pela justiça, é um gesto bonito?·
Desviar os recursos da educação, da saúde, da segurança, da infraestrutura seria mais digno do que mandar tomar no cu?
Fomentar conflitos raciais, diferenciando índios negros e brancos, como se de fato fossem raças distintas, inclusive em capacidade intelectual, é mais bonito do que utilizar expressões de baixo calão?·
Desrespeitar e o desprezar valores familiares, propondo comemorar nas escolas publicas o “dia do cuidador” ao invés de dia das mães ou dos pais é digno?·
Emprestar o dinheiro do povo, para construir em Cuba e outros países de ditadores sanguinários, enquanto nos falta o que lá se inaugura, é menos agressivo?·
Desperdiçar recursos criando meia centena de ministérios para acomodar interesses de políticos é menos degradante?·
Abandonar nossos professores à própria sorte, inclusive apanhando de alunos no cumprimento de seu trabalho, é melhor do que ouvir esta palavrinha?·
Construir uma dúzia de desnecessários estádios com dinheiro público é bonito?·
Financiar movimentos sociais de vagabundos é mais nobre do que xingar?·
Destruir o patrimônio do trabalhador que investiu na Petrobrás com incompetência capaz de desvalorizar mais de 100 bilhões em seu valor de mercado é admissível?·
Deixar crianças sem escola, pobres morrendo jogados em corredores de hospitais, balas perdidas assassinando inocentes, ladrões e assassinos sem punição adequada, trabalhadores sem transporte digno, toda uma nação insegura, é menos pornográfico do que falar cu?·
Faz-se oportuno lembrar que foi desrespeitando a população que o PT nasceu e cresceu.
Foi com piquetes, impedindo que trabalhadores entrassem nas fábricas, que motoristas dirigissem os ônibus. Foi interrompendo ruas e estradas e desrespeitando o sagrado direito de ir e vir livremente, previsto em nossa constituição, fomentando greves e tumultos que seus lideres chegaram onde estão.
Portanto, o que assistimos no momento é o PT provando do próprio veneno, ou seja sendo desrespeitado tanto quanto desrespeita. Talvez menos.
Confesso que ainda acredito que “um erro não justifica outro” e que não são, este o tipo de comportamento e este padrão de educação que me farão crer que o país esteja melhorando.
Porém, mesmo não tendo ido ao estádio e nem assistido ao jogo, porque não me agrada o futebol, sou capaz de entender a manifestação dos presentes.
Afinal, tenho a nítida sensação que, de alguma forma, nossos governantes tem mandado a necessidade dos brasileiros às favas.
E o que eles tem feito ao País é tão horrendo, que o comportamento dos torcedores me pareceu revide, não agressão.
E talvez por tudo isto, o gesto dos torcedores brasileiros, embora feio, pareceu bonito.

*John Simão é empresário em São Paulo.

Intentona comunista: Como Stalin financiava Prestes e outros comunistas no Brasil.

Um café e a conta: o milionário boêmio que bancou Prestes

Lendo a ultra-esquerdista e cada vez mais governista Piauí, revista criada e dirigida pelo herdeiro de um dos maiores bancos do país e irmão do cineasta que fez uma hagiografia de Che Guevara, lembrei de Celestino Paraventi (foto), uma figura que muitos brasileiros deveriam conhecer.
Paraventi foi um milionário de origem italiana que herdou do pai a primeira torrefação de café do estado de São Paulo. Cantor lírico, boêmio, era amigo pessoal de Luís Carlos Prestes e Olga Benário, que chegaram a ser levados por seu motorista num Lincoln do ano até a casa de campo dele, na margem da Represa Guarapiranga, para curtirem uma lua-de-mel. História mais comunista, impossível.
Pelas contas bancárias das empresas de Celestino Paraventi no exterior o governo Stálin mandava dinheiro para os comunistas brasileiros sem deixar rastros, já que a movimentação financeira era tão alta que não despertava suspeitas do governo. Paraventi bancava não só muitos comunistas brasileiros como suas famílias e até suas publicaçõeAlém dos recursos do Komintern, Paraventi usava as empresas da família para despejar ainda mais dinheiro nas contas dos comunistas. Muitas publicações de esquerda eram bancadas por ele, que direcionava a publicidade do Café Paraventi para elas, como “O Homem do Povo”, de Oswald de Andrade. Diziam que não havia um único jornal de esquerda sem anúncios do Café Paraventi.
O dinheiro soviético vinha para Prestes e seus revolucionários para que pudessem dar um golpe comunista no Brasil, o que foi tentado em 1935 como vocês sabem. Paraventi tinha uma admiração quase religiosa por Prestes, a ponto de tentar vender o patrimônio da família para entregar a ele em nome da revolução comunista, o que fez com que seus parentes tentassem interná-lo num hospício. Quando suas ligações com Prestes foram descobertas pelo governo Vargas, chegou a ser preso.
Paraventi lembra também a trajetória de Eduardo Matarazzo Suplicy, bisneto no homem mais rico da história do Brasil, o Conde Matarazzo, que teve sua fortuna avaliada em 10% do PIB brasileiro em um determinado momento. Eduardo casou com Marta Teresa Smith de Vasconcellos, bisneta do Barão de Vasconcellos, outra herdeira brasileira cuja família tinha até um castelo na região serrana no Rio. Os irmãos Ana Lucia de Mattos Barretto Villela e Alfredo Egydio Arruda Villela Filho, da família que é a maior acionista individual do grupo que controla o Banco Itaú, são os criadores daquele instituto Alana, que detesta o “consumismo” e quer decidir que tipo de propaganda seus filhos podem assistir.
Conhecer essas figuras é fundamental para acabar com o mito de que ricos são necessariamente “capitalistas” e “de direita”, quando muitos deles, especialmente os herdeiros que não construíram o patrimônio da família, estão entre os maiores financiadores da esquerda desde Karl Marx, que passou a vida sendo bancado pelo herdeiro alemão Friedrich Engels.
Um dia deveríamos criar o Prêmio Celestino Paraventi para o herdeiro colaboracionista do ano. Quem sabe a Piauí não se interessa pela pauta?
**Alexandre Borges 

Petrobras cancela contrato com empresa após suspeita da Justiça.

Empresa com contrato de R$ 443 milhões foi vendida por R$ 18 milhões. Operação Lava Jato investiga esquema de lavagem de dinheiro.

A Petrobras cancelou contrato com a empresa Ecoglobal, após a Polícia Federal descobrir uma negociação considerada pela Justiça como “altamente suspeita”, durante investigações da Operação Lava Jato, que busca dissolver um esquema de lavagem de dinheiro. O cancelamento do contrato foi confirmado ao G1 pela assessoria da empresa nesta quarta-feira (18). A assessoria, no entanto, não informou o motivo da decisão.
Em 11 de abril, a Petrobras entregou a documentação solicitada por Ordem Judicial, expedida pela Seção Judiciária do Estado do Paraná, colaborando com as investigações em curso a respeito da compra da Ecoglobal, que tinha acabado de fechar um contrato de R$ 443,8 milhões com a Petrobras. Por 75% da empresa, teriam sido pagos R$ 18 milhões.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Pão e circo.

É a política do pão e circo, com mais circo ( palhaçadas e ilusionismo ) que pão, com a qual nos deparamos na atualidade. O governo socialista do PT ilude o povo pobre e carente, lhes negando a cidadania e os tratando como mera massa de manobra, dependente e carente de educação que lhes proporcione a possibilidade de discernimento. 
Com migalhas do bolsa família, um paliativo que mais se assemelha a um donativo ( pago com o dinheiro dos nossos impostos e do suor do nosso trabalho ), sem vinculação com o progresso ou ascensão social/intelectual da pessoa e/ou da família, o bolsa família é para os petistas a forma de conquistar votos e permanecer no poder.
Partido formado por oportunistas mentirosos que de forma contumaz, se apropriam das ideias e projetos concretizados por governos anteriores, tem do Foro de São Paulo uma instituição que prepara e arquiteta um golpe socialista, objetivando se perpetuar no poder e fazer do Brasil uma República comunista, onde o cidadão e sua família serão reféns do Estado, ou mais precisamente, daqueles que de forma ditatorial estabelecerão a escravidão político-social do povo.
A exemplo do Império Romano, que com  o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. 
Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo que consistia em oferecer aos romanos o básico para a alimentação e bastante diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nas arenas ( o mais famoso foi o Coliseu de Roma ), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população desassistida, esfomeada, endividada, mal tratada, sem educação, sem saúde, sem saneamento, sem segurança pública, etc etc acaba esquecendo os problemas que a vida impõe e passam a aceitar tudo com resignação e com o tempo eliminam-se as chances de revolta.
Estes dias poderão ocorrer no Brasil se as mulheres e os homens de bem deste país não se mobilizarem e, em conjunto, visando defender o  país do comunismo, não elegerem os socialistas que ora estão no poder com sua corja de apoiadores no âmbito dos três poderes.
Cabe a estas pessoas, também, conscientes de que precisamos da segurança da democracia, da liberdade e do Estado de Direito, tentar orientar às pessoas menos esclarecidas, sobre o perigo do retrocesso sócio-político e da miséria que a "venezuelização" e a posterior "cubanização" do país pode trazer à população brasileira.
O principal agente desta imposição do comunismo em nossa pátria é o PT. Ao retirarmos o PT do poder poderemos exercitar a democracia sem o temor de sermos levados à miséria, relativização e desvalorização do direito à liberdade de expressão, ao livre exercício da atividade econômica e a desvalorização da liberdade e dos direitos individuais da pessoa. 

domingo, 22 de junho de 2014

Retrocesso.


Clique no texto para ampliar

O Estado Islâmico do Iraque e do Levante e seus financiadores.

Desde a tomada da cidade iraquiana de Mossul, a milícia sunita EIIL é considerada a mais rica organização terrorista do mundo. A origem de seus meios financeiros é controversa e especula-se sobre a aplicação deles.
Quanto tomaram a cidade de Mossul, no norte do Iraque, os militantes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) saquearam de um banco 500 bilhões de dinares iraquianos, o equivalente a mais de 420 milhões de dólares. Assim, o grupo disporia de um total de 2 bilhões de dólares para sua "guerra santa". Mas a origem exata do dinheiro é controversa.
O governo xiita do Iraque acusa o governo saudita de apoiar os insurgentes. "Responsabilizamos a Arábia Saudita pelo apoio financeiro e moral dado ao EIIL", declarou o primeiro-ministro Nuri al-Maliki na terça-feira (17/06). Os Estados Unidos, aliados de Riad, rejeitam as acusações de Al-Maliki. A declaração é "imprecisa e ofensiva", segundo Jen Psaki, porta-voz da Secretaria de Estado norte-americana.
Dinheiro dos países do Golfo?
"Não há evidência publicamente disponível de que o governo de que um Estado esteja envolvido na criação ou no financiamento do EIIL como organização", afirma Charles Lister, do Brookings Doha Center, no Catar.
Já Günter Meyer, diretor do Centro de Pesquisas sobre o Mundo Árabe da Universidade de Mainz, não tem dúvidas quanto aos fluxos de caixa. "A mais importante fonte de financiamento tem sido os países do Golfo, especialmente a Arábia Saudita, e também Catar, Kuwait e Emirados Árabes Unidos", disse à Deutsche Welle.
A justificativa dos Estados sunitas do Golfo é a luta do EIIL contra o regime do presidente sírio Bashar al-Assad, explica Meyer. Três quartos da população síria é de muçulmanos sunitas, enquanto o país é governado pela minoria alauita, um ramo do islã xiita.
Hoje, o governo da Arábia Saudita está ciente dos riscos, prossegue o especialista em assuntos árabes. "Os sauditas já formam o maior contingente de combatentes estrangeiros no EIIL. Se esses militantes retornarem ao país, há o risco de se voltarem contra o regime saudita." Mas há razões para continuar acreditando que o dinheiro venha da Arábia Saudita, "não tanto do governo, mas da parte de sauditas ricos".
Dinheiro do petróleo e da extorsão
A segunda principal fonte de financiamento do Estado Islâmico do Iraque e do Levante são os campos de petróleo no norte da Síria, explica o pesquisador. "O EIIL conseguiu o controle sobre esses campos. Ele leva o petróleo através da fronteira turca, em caminhões. Essa é uma importante fonte financeira."                                                                                       
Nuri al-Maliki, primeiro-ministro do Iraque
Segundo Charles Lister, a organização terrorista consegue em grande parte se autofinanciar. "Ela se esforçou para se consolidar em redes da comunidade e assim garantir um fluxo constante de dinheiro." Como exemplo, ele cita a extorsão sistemática em Mossul.
"Isso atinge pequenos empresários e grandes firmas, empresas de construção e, se os rumores forem corretos, até mesmo funcionários do governo local", relatou Lister à DW. "Suspeita-se também que em áreas controladas completamente pela organização sejam recolhidos impostos – por exemplo em Raqqa, no nordeste da Síria."
Günter Meyer, do Centro de Pesquisas sobre o Mundo Árabe, descarta a possibilidade de ex-correligionários do ditador iraquiano Saddam Hussein, morto em 2006, financiarem o EIIL, pois as metas são muito diferentes: embora ambos queiram derrubar o governo xiita do Iraque, a intenção do EIIL é fundar uma teocracia islâmica. Os sunitas do partido Baath, de Hussein, por sua vez, almejam uma democracia secular.
Dinheiro para o jihad
O maior golpe financeiro do EIIL foi com certeza o saque do Banco Central em Mossul. Também outras instituições bancárias e outras áreas controladas pela organização teriam sido roubadas, diz Meyer.
Com o dinheiro, a organização poderia comprar muitos jihads, tuitou o blogueiro sírio britânico Eliot Higgins, que usa o peudônimo Moses Brown. "Com 429 milhões dólares, o EIIL poderia pagar 600 dólares mensais a 60 mil combatentes, durante um ano."
Estima-se que o EIIL disponha atualmente de 10 mil militantes. Contudo a forma como a organização gasta seu dinheiro não é documentada exatamente. "Acredita-se que o EIIL pague pelo menos os seus combatentes estrangeiros, mas talvez toda a tropa", estima Charles Lister. "Nas áreas que controla, a organização subsidia pão, água e combustível. E ainda financia a reparação e a organização de serviços públicos básicos. Tudo isso custa dinheiro."
O EIIL provavelmente também vai canalizar o dinheiro para a aquisição de material militar, acredita Günter Meyer. Na tomada de Mossul, os insurgentes se apoderaram de muitas armas norte-americanas e veículos. "Com os meios financeiros de que dispõem, agora ficou fácil levantar mais armas no mercado internacional", conclui.
* Fonte: http://www.dw.de/o-estado-isl%C3%A2mico-do-iraque-e-do-levante-e-seus-financiadores/a-17721812

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Assassinos da inteligência: o analfabetismo funcional como instrumento de doutrinação ideológica.

Uma pessoa exposta a constantes estímulos contraditórios pode acabar vítima de profunda dissonância cognitiva. É a própria capacidade de raciocinar que sai afetada neste processo, quando alguém – especialmente um jovem aluno – escuta um idolatrado professor dizer “A” e, no instante seguinte, negar o mesmo “A”. A confusão é enorme e o rapaz pode não se recuperar.
É o tema do artigo publicado hoje na Folha por Olavo de Carvalho, que vem condenando essa doutrinação ideológica deliberada no ensino brasileiro há décadas, acusando essa verdadeira máquina de produzir imbecis. Olavo cita um caso concreto de um desses professores esquerdistas, mostrando como essa turma cai em contradição e nega o que acabou de dizer no segundo seguinte. É o velho duplo padrão da esquerda, já bastante conhecido pelo leitor do blog.

O exemplo citado é sintomático, pois o vemos diariamente no discurso esquerdista. As milhões de mortes produzidas pelo comunismo nunca são responsabilidade direta do comunismo, ou são relativizadas, como se contar cadáveres fosse desnecessário ou mesmo insensível. Por outro lado, os menos de 500 mortos pelas duas décadas de regime militar são prova da violência, crueldade e agressão do anticomunismo. Olavo diz:
Quando um comunista esperneia contra o que chama de “contabilidade macabra”, tem, é claro, uma boa razão para fazê-lo. Contados os cadáveres, é impossível negar que o comunismo foi o flagelo mais mortífero que já se abateu sobre a humanidade. Diante disso, só resta apegar-se ao subterfúgio insano de que o macabro não reside em fazer cadáveres e sim em contá-los.
Somando à insanidade o fingimento, a proibição de contar tem de ser suspensa quando se fala de regimes “de direita”, donde se conclui que os 400 terroristas mortos no regime militar – a maioria deles de armas na mão – são um placar muito mais hediondo e revoltante do que os 100 milhões de civis desarmados que os heróis do comunismo assassinaram na URSS, na China, na Hungria, em Cuba etc.
[...]
Se nas universidades brasileiras há uma quota de 40 a 50% de alunos analfabetos funcionais, isso não se deve só a uma genérica “má qualidade do ensino”, mas ao fato de que há décadas o discurso comunista e pró-comunista onipresente espalha, nas mentes dos estudantes, doses maciças de estimulação contraditória e obstáculos cognitivos estupefacientes.
Quem nega a doutrinação ideológica marxista em nossas escolas e universidades ou vive em outro planeta, ou age com má-fé. E quem nega o efeito perverso disso na capacidade cognitiva dos alunos só pode ser um alienado. Mais fácil repetir que tudo não passa de paranoia anticomunista, o que já trai a própria alienação, comprovando justamente aquilo que se pretende negar.
* Texto por Rodrigo Constantino

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Perdendo a vergonha e o respeito.

Sobre os xingamentos recebidos pela governanta relembro a frase do filósofo alemão, Georg Lichtenberg (1742-1799): "Quando os que comandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito". Mais uma coisa: Lula da Silva sempre ataca a elite branca, o que é racismo. Ao que eu saiba ele não é negro nem pertence à classe proletária. Portanto, chega de hipocrisia e conversa mole. Basta o povo ir ao supermercado para constatar a herança maldita do reinado petista que já quase completa 12 anos.
Maria Lucia Victor Barbosa, via Facebook· 

terça-feira, 17 de junho de 2014

Chefão do PT pede a cabeça de jornalistas.

Alberto Cantalice, vice-presidente do PT, divulga no site do partido lista negra de jornalistas. Um assunto para a Justiça e para a Polícia Federal
Alberto Cantalice, vice-presidente do PT, divulga no site do partido lista negra de jornalistas. Um assunto para a Justiça e para a Polícia Federal
O PT, saibam os senhores, pedem a cabeça de jornalistas para seus respectivos patrões. O partido tem nas mãos instrumentos para fazê-los: anúncios da administração direta e propaganda de estatais. Alguns cedem, outros não! Denunciei aqui a fala fala de um certo José Trajano na ESPN e AFIRMEI QUE ELE NÃO ESTAVA PENSANDO APENAS POR SUA CABEÇA. DEIXEI CLARO QUE ELE VOCALIZAVA PALAVRAS DE ORDEM DO PT. Muitos não acreditaram. Pois é…
A opinião do sr., Trajano sobre mim e sobre os demais que ele atacou (Augusto Nunes, Diogo Mainardi e Demetrio Magnoli) pode ser moralmente criminosa, mas não vai além do crime moral. Ele tem o direito de achar a respeito dos meus textos o que bem entender. E eu tenho o direito de responder. Se ele se sente bem com o seu oficialismo de contestação, aí é problema dele.
É diferente, no entanto, quando um político acusa jornalistas de cometer um crime. Aí a coisa pega. O sr. Alberto Cantalice, vice-presidente do PT e “coordenador das Redes Sociais do partido” escreveu um artigo no site do PT em que se pode ler esta pérola.
Cantalice acusação
Observem que os quatro da lista de Trajano estão também na de Cantalice, que vem ampliada. Não sei o que farão os outros. Sei o que eu farei. Estou anunciando aqui que vou processá-lo. E a razão é claríssima. Ele está me acusando se estimular a que outros “maldigam os pobres” e os discriminem em ambientes públicos. Se eu faço isso, então eu sou um criminoso. Violo um artigo da Constituição e da lei 7.716, alterada pela lei 9.459. Vale dizer: transgrido a Carta Magna do meu país e cometo um crime previsto em lei. ENTÃO O SR. CANTALICE VAI TER DE PROVAR O QUE DIZ. ELE VAI TER DE DIZER EM QUE ARTIGO E EM QUE MOMENTO EU PREGUEI A DISCRIMINAÇÃO CONTRA OS POBRES.
Para esclarecer a questão constitucional e legal. Estabelece o Inciso XLI da Constituição:
“XLI – a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais”.
Define a Lei 7.716, depois de alterada pela 9.459:
“Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Pena: reclusão de um a três anos e multa.(Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Como sabem os advogados, a discriminação por condição econômica tem sido considerada pelos juízes da mesma natureza das categorias acima previstas. Assim, o sr. Cantalice acusa esse grupo de jornalistas de cometer crimes que rendem até três anos de prisão. Vai ter de provar. Se não provar, incorre no crime de calúnia e difamação.
Atenção! Este senhor é o  “coordenador da redes sociais DO partido”, entenderam? Não é que ele seja o coordenador do partido para as redes sociais. Não!!! Levadas as palavras ao pé da letra os petistas julgam já ter privatizado as redes sociais. Não deixa de ser verdade.
O sr. Cantalice vai mais longe, Ele descobriu que esse grupo de jornalistas — e vejam quanto poder ele nos confere — é responsável pela vaia que Dilma levou nos estádios. Também ele recorre à metáfora canina para nos designar. Leiam:
Cantalice acusação 2
Muito bem! Vocês sabem o que isso significa: quando o maior partido político do país, que tem, de fato, milhares de seguidores — alguns deles podem estar dispostos ao tudo ou nada — nomeia um grupo restrito de jornalistas como propagador do ódio, acusando-o, adicionalmente, de responsável por vaiais e xingamentos de que foi alvo a presidente Dilma, isso corresponde, me parece, a um convite a uma ação direta.
Não é segredo para ninguém que certo tipo de militância não precisa de palavras explícitas para agir. O sr. Cantalice está pondo em risco a segurança de profissionais da imprensa. Talvez queria isto mesmo: calar a divergência por intermédio da inimidação e do terror. Que este post sirva de alerta à Polícia Federal e ao Ministério Público. Evidentemente, nenhum de nós deve esperar a solidariedade e o protesto de entidades de defesa da categoria. Sabem por quê? Porque os respectivos comandos da maioria delas pensam a mesma coisa. Também elas acham que deveríamos ser proibidos de escrever o que escrevemos, de falar o que falamos, de pensar o que pensamos. IMAGINEM O QUE ACONTECERIA SE UM GRUPO OU UMA ENTIDADE CONSIDERADOS DE DIREITA TORNASSE PÚBLICA UMA LISTA DE DESAFETOS. O MUNDO VIRIA ABAIXO. O PT repete a tática da ditadura militar e resolveu espalhar no mural da rede os nomes e as fotografias dos “Procurados”. 
Bando de fascistas!O petismo é a mais perfeita definição do que muitos chamam nos EUA de “fascismo de esquerda”. Qualquer pessoa que tenha lido o que escrevemos ou ouvido o que falamos sabe que pensamos coisas distintas sobre um monte de assunto. Nunca nem mesmo conversei com Guilherme Fiuza, por exemplo. Duvido que Arnaldo Jabor queira papo comigo.
Com isso, estou deixando claro que não formamos um grupo. Pode ser que os petistas estejam acostumados a conversar com quadrilheiros disfarçados de jornalistas. Não é o caso.
Eu, sim, acuso o governo do seu partido, sr. Cantalice, de financiar com dinheiro público páginas na Internet e blogs cujo propósito é difamar a imprensa independente, as lideranças da oposição e membros do Poder Judiciário que não fazem as vontades do PT. E o senhor certamente não vai contestar porque é autodemonstrável.
O PT começou a sua trajetória no poder hostilizando a imprensa que não se limitava a prestar assessoria ao partido. Depois, passou a financiar o subjornalismo “livre como um táxi”. Aí tentou (e tenta ainda) criar mecanismos de censura. Agora, já chega ao ponto de estimular, ainda que de modo oblíquo, a agressão aos profissionais que não rezam segundo a sua cartilha. A esmagadora maioria da categoria vai silenciar — até porque alguns fazem esse mesmo trabalho em suas respectivas colunas, não é mesmo? Ok. Hoje, somos nós. Amanhã, chegará a vez de vocês. É simples assim. E é sempre assim.
Vaias
Eu sou responsável pelas vaias? Eu não! Quem estimulou as manifestações de rua em junho foi o PT. Eu sempre as critiquei. Ademais, sabem o que motiva vaia em estádio, meu senhor? Eu conto: roubalheira, safadeza, associação com o PCC.
Sem contar que quero encontrar cara a cara com esse sujeito num tribunal. Quero perguntar quais são as suas credenciais e sua origem para falar em nome do povo. Quero opor as minhas às suas. Quero lhe dizer que o governo que ele representa financiou, por exemplo, a ação de sem-terra e índios que resultou em policiais feridos em Brasília. Quero lhe dizer que seus aliados deram suporte a coisas como a “Mídia Ninja” na esperança de que os alvos seriam os adversários. O tiro saiu pela culatra, a despeito das intenções da turma.
O sr. Cantalice quer saber onde estão os responsáveis pela hostilidade a Dilma nos estádios? Comece por se olhar no espelho. O PT estimula a desordem. O PT estimula o desrespeito às leis. O PT estimula o desrespeito a qualquer hierarquia. O PT estimula o desrespeito até mesmo à organização familiar. O partido esperava escapar do clima que ele próprio criou?
De resto, se as hostilidades a Dilma foram um “gol contra” dos que não gostam dela e se a maioria “abominam” (sic) aquele comportamento, o sr. Cantalice deveria estar contente, não é mesmo? O PT está empenhado em fazer do limão uma limonada. Ao isolar o grupo dos “jornalistas do mal”, ameaça, na prática, todos os outros. É como se dissesse: “Comportem-se, ou vocês vão entrar na lista negra”. E, claro!, muita gente vai se comportar e ainda achar pouco!
É claro que fico preocupado quando lembro que o sr. Cantalice pertence ao partido de Celso Daniel. Terei, é certo, de tomar as devidas providências para a minha segurança. E acho que os outros devem fazer a mesma coisa.
*Por Reinaldo Azevedo