segunda-feira, 16 de junho de 2014

Governo do ISRAEL diz que o Hamas está por trás do sequestro de três adolescentes Judeus.

Após prender representantes do alto escalão do Hamas na Faixa de Gaza, o Primeiro Ministro israelense adverte que o ato terá ‘severas repercussões’ para o grupo terrorista.

Benjamin Netanyahu fala durante a reunião semanal do gabinete no domingo de hoje em Jerusalém. (foto AFP)
O Primeiro Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou, na manhã de hoje, domingo, que o HAMAS, que ele os judeus consideram como sendo um grupo terrorista, foi o articulador do sequestro de três rapazes israelenses na Cisjordânia, na quinta feira passada, e prometeu “severas repercussões” para o grupo.  “Nesta manhã de domingo posso afirmar o que evitei fazer ontem, antes de uma onda de prisões de membros do HAMAS na Judeia e na Samária”, disse o governante judeu. “Os que perpetraram a abdução dos nossos adolescentes eram membros do HAMAS e isso terá graves consequências para os palestinos em geral”, acrescentou.  
Os estudantes de Yeshiva, Eyal Yifrach, 19, Gil-ad Shaar, 16, e Naftali Frenkel, 16, foram raptados quando pediam carona ao sul de Jerusalém, na noite de quinta feira, disseram as autoridades israelenses, pouco depois de iniciarem uma caçada humana em alta escala na Cisjordânia, na Judeia e na Samária, numa tentativa de localizar os três rapazes.
As FDI (Forças de Defesa de Israel) já prenderam 80 palestinos, incluindo membros veteranos do HAMAS e do grupo JIHAD ISLÂMICA (outro grupo considerado terrorista por Tel Aviv), ao longo da noite de sábado e madrugada de domingo e continuam buscar informação de inteligência militar que possam levar aos estudantes sequestrados.
Entre os presos se encontra Hassan Yousef, um dos fundadores do grupo HAMAS, junto com ex-“ministros” da OLP e da AP e membros do “parlamento palestino”, segundo a agência de notícias palestina Ma’na.
O porta-voz do HAMAS, Abu Zuhri, disse que a acusação do primeiro ministro israelense é “estúpida” e “concebida para quebrar o HAMAS”, como publicou a citada agência.  Abu Zuhri acrescentou que a tática não terá sucesso e que as medidas israelenses na Cisjordânia — incluindo a onda de prisões — indicam apenas o “estado de confusão” das FDI com relação aos sequestros.
Um porta-voz das FDI confirmou que o governo israelense e seu Serviço de Inteligência Militar (Mossad) têm inúmeras evidências de que o HAMAS está por trás dos sequestros dos rapazes.
Three kidnapped Israeli teens, from L-R: Eyal Yifrach, 19, Naftali Frenkel, 16, and Gil-ad Shaar, 16. (photo credit: courtesy)
Os três adolescentes raptados, da esquerda para a direita: Eyal Yifrach, 19, Naftali Frenkel, 16, and Gil-ad Shaar, 16. (Foto: cortesia do Mossad)
O HAMAS saudou o “sucesso” dos sequestros no sábado, mas um membro veterano do grupo terrorista negou qualquer envolvimento do grupo com o incidente, e disse até desconhecer os acontecimentos.
Dois pequenos e pouco conhecidos grupos terroristas palestinos assumiram a responsabilidade pelos sequestros na sexta feira, mas não está claro se estes gozam de qualquer credibilidade.
O Primeiro Ministro insinuou que o HAMAS, da Faixa de Gaza, que recentemente assinou um pacto de unidade com seu rival FATAH, da Cisjordânia, esteve por trás do ataque em seu discurso de sábado à noite, no qual ele atribuiu ao Presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, a responsabilidade pelo incidente e censurou severamente tal aliança com o HAMAS como parte do novo ‘governo palestino’.
“Agora, aqueles mesmos elementos da comunidade internacional que afirmaram que o acordo de unidade palestina do FATAH com o HAMAS promoveria o avanço das negociações, então constatando os verdadeiros resultados dessa união”, esbravejou Netanyahu, declarando ainda que nenhum acordo de paz pode ser conseguido com o HAMAS fazendo parte da Autoridade Palestina.
“Consideramos Abbas e a AP responsáveis pelos sequestros como atentados contra Israel perpetrados em seu território, seja na Judeia, na Samária (Cisjordânia) ou na Faixa de Gaza… Os sequestradores vieram da Autoridade Palestina”, acrescentou Netanyahu.

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