sábado, 30 de abril de 2016

Comunista gosta de gastar o dinheiro do povo.


Dilma é uma subversiva da ordem democrática; tem de responder por seus atos.


Governo decide sonegar informações a Temer e enfiar a mão no caixa; é a política da terra arrasada.


O PT tem uma essência golpista. Está na sua alma. Está no seu DNA. Está na sua essência. O partido já sabe que não há mais como salvar o mandato da presidente Dilma Rousseff. Então se organiza para as várias formas de retaliação. 


Há muito escrevi aqui que a tese do “golpe” tem um propósito: poder organizar ações de sabotagem como se fossem atos de resistência. E, obviamente, não são. 


Já sabemos que os ditos movimentos sociais pretendem infernizar a vida do país. Vamos ver até onde pretendem chegar. Dilma e seus assessores agora tramam coisas ainda mais perversas. 


Os petistas já disseram que não haverá nenhuma forma de transição para a gestão Michel Temer. A ideia é deixar o vice-presidente no mais absoluto escuro, sem dados sobre a real situação do governo. 


Mais: também estudam acelerar a liberação de verbas para os ditos “programas sociais”. Ou por outra: Dilma decidiu enfiar a mão do caixa e sonegar informações. 


É claro que isso caracteriza dois crimes: de responsabilidade e de improbidade.


Cabe indagar onde anda o Ministério Público Federal a essa altura. Dilma vai perder o mandato por ter violado o Inciso VI do Artigo 85 da Constituição: atentado contra a Lei Fiscal. Desde, no entanto, que a denúncia contra ela começou a tramitar na Câmara, já cometeu mais uma penca deles. 


E é evidente que isso não pode ficar impune. 


Lembro que, enquanto o Senado não aprova a julga a não a “impicha” de vez, ela segue sendo presidente da República, só que afastada. E, como tal, tem de responder por seu atos. 


Dilma é hoje uma subversiva da ordem democrática.
                 *Por Reinaldo Azevedo 

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Uma linha de investigação aponta Lula no comando".


                                                     (Foto: Ernesto Rodrigues/Folhapress) 
Um dos condutores da Operação Lava Jato, o procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima evita fazer juízos definitivos, mas não esconde a convicção a que chegou a força-tarefa que investiga o esquema de corrupção que corroeu a Petrobras. “Há uma linha de investigação que aponta Lula na cadeia de comando”, afirma nesta entrevista a ÉPOCA. Negociador-chefe dos acordos de delação premiada, Carlos Fernando não tem boas notícias para quem ainda busca esse entendimento: como já se sabe quase tudo sobre o caso, há cada vez menos espaço para novos delatores; quem quiser reduzir sua pena terá de contar algo muito valioso aos investigadores. “Precisamos punir as pessoas, não é possível fazer acordo com todo mundo”, diz Carlos Fernando. “Vai ter de trazer uma coisa muito extraordinária.” 

  
ÉPOCA – Qual a distância que a Lava Jato tem a percorrer para alcançar o chefe da quadrilha do petrolão? 


Carlos Fernando dos Santos Lima – Temos claro hoje que a pessoa do ex-presidente (Luiz Inácio Lula da Silva) tem uma responsabilidade muito grande nos fatos. Há uma linha de investigação que aponta ele na cadeia de comando. Temos indicativos claros de que havia conhecimento dele a respeito dos fatos e o governo dele era o principal beneficiado do financiamento da compra de base de apoio parlamentar. Infelizmente não estamos com esse processo aqui. O tempo será dado pelas circunstâncias da decisão do Supremo de mandar para Curitiba as investigações ou não.

ÉPOCA – No caso de Lula, há convicção de que houve crime na reforma do sítio de Atibaia e no caso do apartamento tríplex em Guarujá? Lula é, de fato, dono do sítio? 

Carlos Fernando – Infelizmente o material está fora daqui e não podemos fazer essa afirmação hoje. Existem diligências que não pudemos fazer. Há diligências que deveriam ser feitas, e não foram feitas. Não temos dúvida de que ele era a pessoa que tinha usufruto daquele sítio. Mas ainda precisamos fazer uma série de diligências. No tríplex é a mesma situação. Não temos nenhuma dúvida. 


ÉPOCA – A repercussão da condução coercitiva de Lula atrapalhou a operação? 
Carlos Fernando – Toda decisão envolvendo o ex-presidente teria repercussões. Insistimos que nós conduzimos 116 pessoas antes do ex-presidente – mas somente a do Lula gerou esse tipo de discussão. Qualquer coisa que fosse feita seria usada politicamente, porque a única defesa possível nesse caso é a defesa política. A condução foi baseada na verificação da interceptação telefônica, de que havia a montagem de um esquema de resistência a qualquer ato de nossa parte. Nossa preocupação foi tirá-lo do local para evitar o risco a ele, aos nossos agentes, e também impedir essa movimentação. Chegaram a dizer que algumas pessoas iriam acampar na frente do prédio para evitar qualquer tipo de atitude nossa. A condução se baseou em fatos concretos que indicavam a dificuldade de cumprir medidas. 

ÉPOCA – Vários acusados estão presos, mas os políticos estão sendo processados em velocidade mais lenta. Não há risco de a população se frustrar? 
Carlos Fernando – O foro privilegiado é o principal fator que causa essa disparidade de velocidade. É natural que o Supremo Tribunal Federal não esteja preparado para um número tão grande de pessoas. Não creio que o STF, por maior que seja a boa vontade, tenha condições de chegar à velocidade de um juiz de primeiro grau. Gostaríamos que houvesse uma discussão em nível constitucional sobre a reforma dessa questão do foro. O Brasil é um dos países com a maior quantidade de pessoas com foro privilegiado. Eu, por exemplo, tenho foro no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e não creio que isso seja republicano. Esses empecilhos só são superáveis se houver reforma constitucional. 

ÉPOCA – O novo ministro da Justiça criou alguma dificuldade para a Lava Jato? 

Carlos Fernando – Salvo a primeira manifestação dele, que pode ter sido mal compreendida ou não foi exatamente muito feliz, não tenho nada de concreto a falar. 


ÉPOCA – Há risco para as investigações em um eventual governo Michel Temer? 
Carlos Fernando – Nós não temos nenhuma opinião formada sobre essa ou aquela posição política. O doutor Temer é professor de Direito Constitucional e entende os limites republicanos no país. Cremos que não haverá nenhum perigo ou tentativa de limitar o alcance das investigações. 



ÉPOCA – Vocês estão preocupados com o cerceamento da Polícia Federal? 
Carlos Fernando – Temos essa preocupação porque é uma equipe muito produtiva e eficiente. A Lava Jato surgiu por uma investigação deles e depois se transformou no que é. E eles (os policiais) têm uma estrutura mais hierarquizada e com menos garantias que a nossa (procuradores). Temos também preocupação com tentativas de assassinato de reputação do juiz Sergio Moro, porque, seja qual for a decisão que ele tomou, tomou dentro de seu poder como juiz. Então tentativas de desqualificá-lo são inaceitáveis. Há ainda um risco de segurança e ele deve se proteger. É bom deixar claro que as investigações não são conduzidas pelo juiz: juiz tem apenas a função de tomar determinadas decisões. Investigações são feitas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal. 



ÉPOCA – Pelo menos cinco empreiteiras negociam acordos de leniência e de delação premiada. Esses acordos podem não sair? 

Carlos Fernando – Nós temos a função primordial de fazer acordos de leniência. (Mas) Nós entendemos que não é possível um acordo (de delação) com mais do que uma grande empreiteira. Estamos dispostos a conversar com aquela empreiteira que trouxer o melhor para o interesse público: mais provas, mais fatos novos e o maior valor de ressarcimento possível. Só há lugar para mais uma empreiteira. Precisamos punir as pessoas, não é possível fazer acordo com todo mundo. 


ÉPOCA – Só cabe mais um sócio ou executivo de empreiteira nas delações? 
Carlos Fernando – Sobre sócio ou executivo, isso vai ser analisado em conjunto com a Procuradoria-Geral da República. Não vou dizer que só há lugar para mais um, porque a questão é analisar o que cada um pode ajudar. Chegamos a uma fase em que nós estamos com tantas provas que realmente pouca novidade pode aparecer. Aquele que atender ao interesse público pode ganhar um acordo. Vai ter de trazer uma coisa muito extraordinária. 

ÉPOCA – Quase um terço dos réus da Lava Jato são delatores. Existe uma quantidade máxima? 

Carlos Fernando – Não existe número mágico. O número hoje de delatores corresponde a um terço, mas também temos um represamento de denúncias, porque não podemos inundar a 13a Vara Federal do Paraná com todas as denúncias ao mesmo tempo. Posso deixar bem tranquilo que essa proporção vai aumentar bastante com o tempo. Vai chegar um momento em que não vamos ter delatores e vamos ter oferecimento de denúncias na sequência. Não está fácil fazer acordo. Tanto é que acordos recentes são pequenos ou pontuais, com pessoas fora do radar, ou são tão grandes a ponto de gerar mudança de patamar nas investigações. 


ÉPOCA – Há uma tentativa de deslegitimar a Lava Jato? 

Carlos Fernando – Há medidas no Congresso que são incentivo à corrupção, como a lei do repatriamento, a medida provisória do acordo de leniência, tentativas de mudar o entendimento de que é possível executar pena com decisão só de segundo grau. Vamos denunciar isso. Estamos vacinados. 


ÉPOCA – Até quando vai a Operação Lava Jato? 

Carlos Fernando – Eu creio que, do mais importante, talvez até dezembro já tenhamos um panorama bem completo. Mas vamos ter anos e anos de acusações criminais com o material que temos. Temos uma série de filhotes da Lava Jato que vão se espalhar pelo Brasil. 


ÉPOCA – Como vocês lidam com as críticas de que poupam a oposição das investigações? 
Carlos Fernando – Enchem tanto a gente por conta disso... Para investigar, qualquer procurador tem de partir de um fato concreto – não posso abrir investigação para pegar fulano etc. e tal. Temos os limites da lei, não podemos sair e falar: “Agora quero pegar o governo do FHC”. Se aparecer crime do governo FHC, vou analisar se está prescrito ou não, daí podemos investigar. Boa parte dos crimes já está prescrita. E o mais importante: a maior parte do que aconteceu nos últimos 13 anos está na responsabilidade de um grupo de partidos. São 13 anos de um mesmo grupo político no poder, não temos como escapar disso.
                    *DANIEL HAIDAR, na Revista Época

“A Verdade Sufocada”, do Coronel CARLOS ALBERTO BRILHANTE USTRA.


Há quarenta anos, em 25/07/1966, a organização terrorista Ação Popular (AP) realizou um atentado no Aeroporto de Guararapes • Recipe/PE - que ocasionou duas mortes e treze feridos graves, entre os quais uma criança de sete anos. Esse atentado e considerado o marco inicial da luta armada no Brasil.
Diz o autor:
“Comandei o DOI/CODI/ll Exército, de 29/09/1970 a 23101/1974, período em que as organizações terroristas atuaram com maior intensidade. Neste livro conto como os órgãos de Segurança as derrotaram. Na luta armada, lamentavelmente, tivemos cerca de 500 vítimas, de ambos os lados, um número bastante reduzido se o compararmos com os demais países da Aménca Latina que também, enfrentaram o terrorismo. Além dos relatos procuro desfazer mitos, farsas e mentiras divulgadas para manipular a opinião pública e para desacreditar e desmoralizar aqueles que as venceram.”
Agrego:
Ofato é que todos os países no curso de sua história revelam eventos censuráveis quando examinado seu passado com isenção; em todos há genealogia de vítimas, cuja carga não pode ser eliminada por uma lei, decreto ou moção parlamentar, mas por uma consciência da realidade e instituições, pelo sistema de valores, cultura e de uma conduta cidadã[comportamento cívico] que sejam, em si mesmos, uma correção permanente e de superação de eventual legado trágico.
Porém, a revisão crítica do passado– não pode ficar a cargo de políticos ou do eventual governo de plantão, mas de historiadores, investigadores e estudiosos que examinando as ocorrências passadas em seu devido contexto, estabelecem as prioridades e correlações indispensáveis, avaliando as informações necessárias, considerando o seu devido contexto, e assim discernir e interpretar o passado, com objetividade e imparcialidade, condená-lo, aprová-lo ou até demonstrar admiração pelos fatos e personagens que o conformaram.
Assim, a revisão para ser honesta e eficaz, deve ser individual, livre, independente e pluralista; numa sociedade democrática, coexistem diferentes versões e interpretações dos eventos históricos. Esta diversidade é a melhor maneira de abordagem para deslindar a complexidade dos fatos e buscar a verdade histórica. Tal abordagem, obviamente não exclui a crítica, que é a única que a torna possível e justa.
Todavia, quando a verdade histórica torna-se monopólio do poder político, como ocorre nos governos de viés totalitário a possibilidade de conhecer a verdade é interditada, pois é substituída pelas mentiras e falsificações que o governante e a facção dominante impõe por motivos de propaganda ideológica, para distrair e auto justificar suas próprias mazelas gestadas na ineficiência, ineficácia e incompetência na governança pública.
Desta maneira não se deve confundir memória [seletiva] e história, constituindo-se emimperativo ético-jurídico a advertência de que é bom e saudável para uma sociedade que os políticos não se intrometam no domínio dos historiadores, justamente para evitar a nefastacontaminação político-ideológica.
É de fundamental importância que os cidadãos numa sociedade democrática tenham consciência crítica e mantenham viva a memória do passado, do bem e do mal que herdaram, conscientemente e com determinação para enfrentar o futuro e não para perseverar no erro. Por isso, o passado não deve ser manipulados por razões políticas nem ser convertido em jogo de malabarismos ideológicos confrontados na luta pelo poder.
Com efeito - estudar, conhecer, interpretar e compreender o passado é uma tarefa que exige rigor intelectual, paciência, integridade, probidade e talento, com um esforço sustentado ao longo do tempo por gerações de pesquisadores, de cujo escrutínio surge uma história que nunca para, em que os descobrimentos, conclusões e análises enriquecem e corrigem nuances, às vezes até de forma dramática.
Os museus ideológicos, mesmo com a derrubada do Muro de Berlim e a falência múltipla dos órgãos e instituições do comunismo ainda enveredam pelo revanchismo, pelo ódio, peloressentimento e até pelo masoquismo, resultante de uma forma distorcida de prazer para alguns políticos e ideólogos que se apegam a contemplação da tragédia do passado com tentativas explorá-las em benefício pessoal, esquecendo-se dos seus próprios crimes.
Assim, deve-se educar, informar corretamente as novas gerações a fim de os que foram reprimidos, humilhados ou vitimados pela violência injusta sirvam de exemplo histórico para que as tragédias não se repitam no futuro.
Não há melhor tributo às vítimas da intolerância, do fanatismo, do preconceito ou da barbárie [des] humana do que recordá-los, aprender com eles e, portanto, incutir na sociedade a cultura de tolerância, de respeito à diversidade, ao pluralismo político, religioso e cultural.
A própria conduta humana raramente é linear e inequívoca,  enquanto os fatos históricos, geralmente alteram seus significados e, sobretudo suas nuances, especialmente sob o olhar do espectador. Portanto, somente sob a perspectiva plural e democrática é que as sociedades democráticas podem fazer uma avaliação e uma crítica válida e honesta do passado.
As nuances históricas não são desculpas, mas alguns fatores devem ser observados para uma melhor compreensão dos acontecimentos, do por quê e como as coisas ocorreram; depreciá-las ou ignorá-las pode significar às vezes continuar matando os mortos e aqueles que se pretende quer ressuscitar.
O debate político que levou a aprovação da lei de anistia no Brasil foi amplo e democráticomediante o que se chamou de abertura ‘ampla, geral e irrestrita’ – foi mobilizado o conjunto da sociedade e o governo foi além do que preconizavam algumas facções ‘oposicionistas’.
Por fim, a vontade democrática da cidadania – promoveu o perdão e o esquecimento pelaanistia aos crimes praticados no período de 02 de setembro de 1964 a 15 de agosto de 1979 cuja Lei foi sancionada com igual espírito – tanto para os responsáveis como executores da repressão e, até para os terroristas, assassinos-justiçadores, seqüestradores, assaltantes, homicidas, vinculados as organizações subversivas.
Com efeito - a visão jurídica é clara com a luz meridiana, mas a visão ideológica é dominada pela memória seletiva.
Porém - a memória seletiva gestada pela cínica e perversa FALSIFICAÇÃO DA HISTÓRIA feita pelo esquerdismo - deixa pouco espaço para a discussão de um passado que somente o ódio revanchista não esqueceu.
Essa [des] memória foi engendrada perversamente mediante reiterada campanha midiática de forma descarada em que são denunciados sob o rótulo de crimes da ditadura, torturas, prisões, omitindo-se perversamente os crimes do ‘esquerdismo’, sobretudo os assaltos, seqüestros, assassinatos, ações terroristas e ‘justiçamento’ praticados pela ‘justiça revolucionária’ contra seus próprios integrantes. 
Segundo esta nova visão – apoiada na falsificação histórica somente a direita cometeu crimes e com essa percepção distorcida passam a ‘identificar e a denunciar’retrospectivamente cada vez mais os ‘excessos da ditadura militar’, superdimensionando unilateralmente em busca de uma NOVA MEMÓRIA SELETIVA em virtude da qual a direita e a esquerda não cometeram excessos equivalentes que devem ser perdoados reciprocamente pela Lei da Anistia, como o foi efetivamente.
Alguns segmentos que não representam a Nação, mas movidos unicamente pelo ódio revanchista querem erigir como verdade a existência de um só excesso, um só ‘demônio’, cuja recordação é revivida depois de mais de 45 anos, com o objetivo claro de promover um revanchismo contra os militares por supostas violações de direitos humanos durante a contra Revolução de 1964.
Segundo esta ‘nova’ percepção – e aí entra a manipulação da história, reitere-se -somente a direita cometeu crimes e com essa visão distorcida passa a ‘identificar e a denunciar’ retrospectivamente cada vez mais os ‘excessos da ditadura militar’, superdimensionando os fatos unilateralmente em busca de uma ‘NOVA’ MEMÓRIA, tentando com isso promover uma nova eperversa divisão da sociedade.
Pelo viés ideológico – verifica- se que nos países do Cone Sul - quem pegou em armas, assaltou, seqüestrou, roubou, assassinou, vitimou civis inocentes, alheios à ideologia revolucionária – foi reconhecido pelo poder público como vítima – recebe polpudas indenizações, pensões e aposentadorias, enquanto as VERDADEIRAS VÍTIMAS DA SUBVERSÃO ARMADA – foram esquecidas pelo mesmo poder
público, ou seja, os SUBVERSIVOS enriquecem a custa do dinheiro público e  asVERDADEIRAS VÍTIMAS permanecem no limbo jurídico, inclusive como ser humano, o que significa negação da própria pessoa humana.
Não se pode olvidar, ainda,  que o estímulo à luta de [sem] classes conduzidos e financiados pela tríade do mal – Moscou-Pequim-Havana – levou o Cone Sul [Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai], Chile e outros países da América Latina – a enfrentarem e padecerem de uma luta fratricida, em diferentes graus de violência – com assassinatos, inclusive de civis inocentes, forçando  os Estados a apelar até a leis de exceção para acabar com o terrorismo dos grupos subversivos que atuavam na época conectados e de acordo com as vinculações e conexões (MOSCOU-HAVANA-CHINA) existentes durante a ‘guerra fria’ e que somente foi superado, posteriormente pela VONTADE DEMOCRÁTICA DA CIDADANIA – promovendo o perdão e o esquecimento pela anistia aos crimes praticados no período, sancionada com igual espírito – tanto para os responsáveis como pelos membros dos órgãos legalmente incumbidos da repressão.
No BRASIL - A Contra-revolução ou movimento cívico militar de 1964 desencadeado com o apoio da população e da mídia, REPITO, da população e da mídia - em razão dos elevados níveis de corrupção, da divisão da sociedade civil ameaçada pela desordem e pela subversão, não teria sentido ou justificativa senão diante da ameaça à democracia, o desrespeito às normas republicanas e às regras Constitucionais, a agitação, a violência, o caos e anarquia que ameaçava o Estado de Direito.
Vale a pena citar a verdadeira memória histórica:
“As revoluções nas democracias, são causadas, sobretudo pela intemperança dos demagogos” e o motor dessa intemperança é acionado pelo ódio contra os ricos.ARISTÓTELES
 “As revoluções nascem espontaneamente de uma doença geral dos espíritos, induzida de repente ao estado de crise por uma circunstância fortuita que ninguém previu (...). Aquele que se jacta de tê-las maquinado nada mais faz do que delas tirar proveito.” ALÉXIS DE TOCQUEVILLE.
 “As revoluções se produzem nos becos sem saída.” BERTOLD BRECHT, teatrólogo e militante comunista.
A Contra-revolução ou movimento cívico militar de 1964 singelamente foi o corolário resultante da divisão da sociedade civil ameaçada pela desordem e pela subversão; restaurou-se a legalidade e os inevitáveis abusos são inerentes a qualquer processo político de origem violenta.
Também, no final da II Guerra mundial – os governos dos países beligerantes da EUROPA OCIDENTAL – concluíram a etapa mais trágica de sua história e invocando a necessidade uma ‘RECONCILIAÇÃO NACIONAL’ que deixasse para trás as divisões e enfrentamentos que havia desgraçado essas sociedades, foram sancionadas leis de anistia para os delitos e crimes relacionados com a guerra, com exceção dos CRIMES CONTRA A HUMANIDADE considerados/declarados IMPRESCRITÍVEIS. A ITÁLIA o fez em 1946; FRANÇA em 1951 e 1953; ÁUSTRIA em 1953 e 1956.
Porém nos países do Cone Sul em nossa América do Sul parece que o ódio, o revanchismo e o ressentimento não tem fim ...
O objetivo de dividir novamente a sociedade não encontra precedentes no mundo civilizado e a conseqüência mais nefasta e torpe de semelhanteinstrumentalização da recordação pelo viés ideológico dos fatos passados
é a generalização de um cinismo que, justificando-se em meias verdades, no estilo ‘a verdade’ é [re] escrita pelos vencedores [o governo de turno/plantão], torna difícil, ou pior ainda, irrelevante, a discussão séria e honesta sobre o passado.
A condição de vítima da violência seja ela estatal ou de grupos e facções terroristas – não admite graduações (investment grade) – nem diferente percepção moral (superioridade moral de uns em detrimento de outros); não pode e não deve haver vítimas boas e vítimas más, vítimas que se convertem em símbolo e vítimas que precisam ser ocultadas; um enfoque de tamanha crueldade, parcialidade e injustiça, afronta a dignidade humana e contribui somente para vitimizar novamente quem já foi vítima, da violência, além de ressaltar a índole dos promotores de tal disparate.
Os DIREITOS HUMANOS – devem ser entendidos e aplicados de formauniversal – jamais de forma parcial e seletiva.
O fato de a repressão ter sido promovida necessariamente por parte das forças de segurança do Estado – com o imenso aparato das Forças Armadas e órgãos policiais não deve servir para ocultar que também houve outro tipo de violência de múltiplas organizações armadas – que praticaram atos terroristas, seqüestros, roubos, assaltos e assassinatos, vitimando, inclusive civis inocentes – quer por motivação político-ideológica ou tendência sociopoliticacriminosa ou não e que ao invés de serem condenados são premiados, beneficiando-se da própria torpeza (a) (i) moral.
Pretender ‘excluir’ novamente por motivações ideológicas – seletivamente - quais são os delitos de lesa humanidade e quais devem ser as vítimas ‘genuínas’ e dignas de ser reconhecidas ou não – além de ser um arremedo jurídico, demonstra mais uma vez a gênese criminosa de quem pretendia transformar o Brasil numa Cuba de dimensão continental.
Nesse sentido qualquer depoimento honesto de militante do período é revelador da verdadeira índole dos revolucionários, a exemplo de DANIEL AARÃO REIS:
“... Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentassem como instrumento da resistência democrática. No reverso da moeda, nenhuma organização defendeu o terror indiscriminado, nem praticou ações que, na concepção, tivessem o objetivo de ferir ou matar pessoas que não tinham nada a ver com nada.” ENTREVISTA: DANIEL AARÃO REIS (ex-militante do MR-8, professor de história contemporânea da Universidade Federal Fluminense e autor de “Ditadura militar, esquerda e sociedade”) - in “O Globo”, de 23/09/2001.
O que não pode prevalecer prevalecer é um deficit de rigor histórico que afete decisivamente a visão sobre o passado, pela reinterpretação falsificada, no afã de recuperar o tempo perdido, como se a história pudesse ser reescrita e fosse possível, por obra de vontade e circunstâncias oportunas reencontrar, auto justificando oelo/inocência perdida – que é o que tem em comum as evocações dos anos 60, 70 para distrair e enganar o respeitável e distinto público.
CONCLUINDO: as vítimas da ‘ditadura’ – não satisfeitas com a ‘terceira geração de assaltos aos cofres públicos’, ressalvadas algumas exceções – querem agora a prevalência da visão ideológica ao invés de jurídica sobre os fatos, em prejuízo dapaz e da conciliação nacional.
Abaixo segue o link do ivro "A Verdade Sufocada" para download e constar de seus arquivos.
São 589 páginas em pdf. Raridade histórica que deve ser 
guardada para seus descendentes. Repasse para seus amigos, principalmente para os civis.https://drive.google.com/file/d/0B26NeaBb7Fo8TThKT09UamVYMlE/view

quinta-feira, 28 de abril de 2016

O medo faz Defesa de Lula pedir afastamento de procurador da Lava Jato.


O pavos da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
BRASÍLIA - Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolaram, nesta quarta-feira, 27, no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), um pedido para que um dos principais integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, seja afastado das investigações que envolvem o petista.

A defesa alega que o procurador tem dado “declarações de pré-julgamento” e expressando “juízos de valor” sobre Lula na imprensa sem “nenhum fato concreto, julgamento justo ou mesmo apuração concluída”. Os advogados também acusam Carlos Fernando de “ter afrontando o princípio da presunção da inocência e sigilo de Justiça, e por ter revelado um anseio pessoal em envolver indevidamente o ex-presidente na Lava Jato”.


Os advogados pedem também que o Conselho atue para que o procurador não dê mais declarações sobre as investigações que envolvem o ex-presidente e seus familiares. A petição lembrou que o próprio procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em mensagem enviada no mês passado aos membros do Ministério Público, pediu para que os procuradores evitassem radicalização e partidarização de investigações criminais.


No fim de semana, em entrevista à revista Época, Carlos Fernando afirmou que há uma linha de investigação que aponta Lula como o chefe do esquema de desvios da Petrobrás. Nesta quarta, ele deu declarações semelhantes à Rádio Jovem Pan.

Atualmente, as investigações sobre o ex-presidente estão sob os cuidados do Supremo Tribunal Federal e não da força-tarefa responsável pela Lava Jato.

O relator do caso no CNMP, responsável por tratar de questões administrativas relacionadas a procuradores do Ministério Público, será o conselheiro Leonardo Henrique de Cavalcante Carvalho.
                    *Via Isadora Peron , no O Estado de S.Paulo 

terça-feira, 26 de abril de 2016

Lula é tratado como se tivesse foro privilegiado.

Lula está na mira da Lava Jato; Lula teve a nomeação para o ministério da Casa Civil sustada, por ser clara tentativa de obstrução da Justiça.

E o que aconteceu de efetivo até agora?
Nada.


O juiz Sergio Moro foi obrigado por Teori Zavascki a encaminhar a Rodrigo Janot os autos dos inquéritos em que Lula é citado. E, obviamente, tudo encontra-se parado até Janot mandar a sua avaliação para Teori — que, por sua vez, avaliará se devolve os autos para Moro ou não.



O STF também adiou para depois da decisão do Senado sobre o impeachment o julgamento do mandado de segurança contra a nomeação de Lula. Os ministros acreditam que, se os senadores aceitarem a denúncia contra Dilma Rousseff, o mandado perderá o objeto e, assim, eles evitarão expor-se a um caso "polêmico".


Em resumo, o STF, atacado pelo petista em conversa telefônica grampeada pela Lava Jato, continua a tratar Lula com reverência e medo.

A reverência é descabida. Como ex-presidente da República, ele não tem foro privilegiado. Como ex-presidente da República, os seus crimes deveriam ser examinados pelos magistrados com mais rapidez do que a dispensada ao cidadão comum, visto que milhões de brasileiros confiaram-lhe o voto e por Lula foram traídos.

O medo é inexplicável. Os ministros do STF realmente acreditam que o petista é capaz de retaliar o tribunal ou incendiar o país, uma vez que tenha a posse definitivamente anulada? Qual é a "polêmica" nessa matéria?

Ao privilegiar indevidamente Lula, seja por reverência, medo — ou, pior, partidarismo —, a mais alta instância da Justiça brasileira desaponta e cria um ambiente de insegurança jurídica que contamina todas as esferas da vida nacional.
*Por Mario Sabino

O PSDB e a ética da responsabilidade.

Por Mario Sabino
Há cerca de dez anos, quando entrevistei longamente Fernando Henrique Cardoso para a Veja, por ocasião do lançamento do livro "A Arte da Política", o ex-presidente discorreu sobre a "ética da convicção" e a "ética da responsabilidade".
FHC lançou mão desse conceitos do filósofo alemão Immanuel Kant para explicar as alianças que fez para conseguir governar nos seus dois mandatos. Ele aliou-se a políticos dos quais discordava e mesmo condenava do ponto de vista individual -- ou da ética da convicção --, visando ao bem comum. Desse modo, como presidente da República, atendeu à ética da responsabilidade.
Hoje, parte do PSDB recusa-se a participar do governo Michel Temer sob pretexto de querer mudar a forma de como se faz coalizão de forças no Brasil.
Ainda que seja parcialmente verdadeiro, está claro que também falam alto conveniências eleitorais. O próprio Fernando Henrique Cardoso disse que o problema da participação dos tucanos é que, se tudo desse certo, o PMDB levaria os louros; se tudo desse errado, a culpa seria do PSDB.
Além de o raciocínio estar errado -- ao ajudar no impeachment, o PSDB casou-se com o PMDB nas alegrias e tristezas --, o fato é que FHC e uma parte do tucanato deixaram de lado a ética da responsabilidade para com o Brasil.
Vivemos um momento grave nos planos institucional, político e econômico. O PSDB não precisa gostar do PMDB e de Michel Temer.  O PSDB pode até acreditar que perderá eleitoralmente. Mas é imprescindível que integre com os seus ótimos quadros a próxima administração, se não quiser entregar o país de volta ao PT -- e ao caos.
A ética da responsabilidade deve prevalecer sobre a ética da convicção.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

As idéias bolivarianas de Dilma Roussef.

PT e governo conseguiram propagar a ideia de uma ruptura de ordem institucional, num ato típico de governos chavistas quando são confrontados dentro da Lei.

Numa ação típica de “agitprop”, agitação e propaganda, o PT disseminou a ideia de que haveria um “golpe” em andamento no Brasil, sob o disfarce de um processo de impeachment. Disciplinada, a militância foi em frente. 



Inclusive um diplomata, ministro Milton Rondó Filho, lotado como ministro na Secretaria de Estado de Relações Exteriores do Itamaraty, posto estratégico. De lá, ele difundiu o alerta do “golpe” pelo mundo. Depois, devidamente desmentido. É no mínimo curioso que Rondó trabalhe na parte internacional do Fome Zero (!?), algo extravagante no Itamaraty. Coisas do aparelhamento. 



Mas, pelo menos na militância, o “golpe” fantasioso se espalhou. Depois, teria na própria presidente Dilma ardorosa propagadora, e passaria a fazer parte da tese de defesa dela, com a qual o ex-ministro da Justiça e ex-deputado petista, José Eduardo Cardozo, transferido para a Advocacia-Geral da União, já esgrimiu na Câmara e no Supremo Tribunal, mas sem sucesso. 



O governo lulopetista segue o padrão de regimes bolivarianos ainda espalhados pelo continente, os quais ao primeiro sinal de fortalecimento da oposição — dentro da Lei — denunciam “golpe”. 



Nenhuma novidade, portanto, que os atuais cabeças desses governos — Evo Morales (Bolívia) Nicolás Maduro (Venezuela) e Rafael Correa (Equador) — repitam a cantilena do “golpe”. Já os governos, equilibrados, de Argentina (agora), Chile, Peru e Colômbia agem dentro das normas universais da diplomacia. Não comentam assuntos internos brasileiros. Até porque nada acontece fora da ordem institucional. Dilma e companheiros estão isolados na fantasia golpista. 



Isso acontece a poucos dias de uma cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), organismo inventado por Lula e Hugo Chávez para se contrapor aos Estados Unidos, o “Império". Lá deverá ocorrer uma catarse bolivariana de apoio a Dilma. 



A denúncia do “golpe” já entrara no Planalto, por meio dos comícios que a presidente e o PT promoveram nos salões do Palácio. Derrotada na Câmara, no domingo, o discurso padrão voltou no primeiro pronunciamento e rápida entrevista concedida por Dilma, na segunda. 



Retornou ao cantochão do “golpe", o que já fizera em entrevistas à imprensa estrangeira. Ela tem toda a liberdade de falar o que quiser, mas ao propagar mentiras sobre a situação institucional do país incorre em grave erro, porque se trata da presidente manchando, de maneira deliberada, a imagem no exterior da própria República. 



Golpe com a participação do Supremo, no Brasil, seria candidato a entrar no Guinness, no quesito bizarrice. Assim como a repetição de que teve “54 milhões de votos” também é oca. Como está previsto na Carta, com mais votos ou menos, o chefe do Executivo pode ser denunciado e impedido, sem macular o Estado Democrático de Direito. Aliás , o impeachment é um instrumento muito conhecido do PT, que o acionou várias vezes no passado. 



Enquanto luta pelo que considera direitos seus, pelas vias legais, a presidente deve é governar para que, seja qual for o desfecho do processo no Senado, o país volte o mais rapidamente possível à normalidade.
                    * Texto do editorial do O Globo

Burrice petista?

Se Dilma Rousseff continuar agarrada ao cargo, o governo não terá dinheiro para pagar os salários.
As manobras do PT e de Renan Calheiros para retardar o impeachment, de fato, vão levar ao bloqueio da máquina administrativa, porque o Congresso Nacional não vai aprovar o projeto de lei que altera a meta fiscal.
Se isso acontecer, o PT nunca mais conseguirá eleger um vereador.
E Michel Temer será visto como o salvador da pátria.
*Via O Antagonista

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Delator revela plano do governo para ministro do STJ sabotar Lava Jato.



A presidente Dilma Rousseff em encontro no Palácio do Planalto, dia 1º de abril (Foto: AP Photo/Eraldo Peres)
A presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, dia 1º de abril. Delator revela mais detalhes sobre operação para abafar Lava Jato. (Foto: AP Photo/Eraldo Peres)


Em delação premiada, Diogo Ferreira, braço direito do senador Delcídio do Amaral, detalhou a proximidade do ex-petista com o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Marcelo Navarro, antes de sua nomeação ao cargo. Conforme antecipou ÉPOCA, o documento foi homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki na última quinta-feira, 14. Ferreira disse aos procuradores que agendou encontros entre Navarro e o senador, e que ouviu em diversas ocasiões que a estratégia era nomeá-lo para o STJ com o objetivo de barrar a Lava Jato. Ferreira disse que Delcídio citava nominalmente Marcelo Odebrecht como maior beneficiário da estratégia. O ex-chefe de gabinete apresentou ainda mensagens de WhatsApp trocadas com Navarro para marcar encontros com Delcídio. Segundo ele, atenção semelhante não era dispensada a nenhum outro candidato da lista tríplice de indicados ao STJ. Da lista, Navarro foi o único a ir ao gabinete de Delcídio. Foram três visitas.


imagem - Whatsapp - Marcelo Navarro (Foto: Reprodução)

imagem - Whatsapp - Marcelo Navarro 

(Foto: Reprodução)
ENCONTROS Imagem de troca de mensagens entre Marcelo Navarro e Diogo Ferreira


Ferreira contou aos procuradores que Delcídio revelou o teor da conversa mantida com a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, em que a petista pediu para que Delcídio obtivesse de Navarro um "compromisso de alinhamento com o governo para libertar determinados réus importantes da Operação Lava Jato". Ainda segundo o delator, o mesmo compromisso já havia sido obtido do ministro Joaquim Falcão, que era alinhado com Navarro.

Diz o trecho da delação: “que o Senador contou ao depoente, depois dessa reunião, que ele e o então Ministro da Justiça precisavam atentar para a importância dessa nomeação, porque ela envolvia a substituição do Ministro convocado Trisotto e a relatoria da Operação Lava Jato; que a partir dai o Senador Delcídio do Amaral e o Ministro Jose Eduardo Cardozo passaram ater contato muito mais frequente; que, em determinado fim de semana, não distante no tempo da reunião que anteriormente narrada, o depoente se encontrou com o Senador Delcídio do Amaral no hotel Golden Tulip, onde este residia, e contou ao depoente haver tido, no mesmo fim de semana, encontro particular com a Presidente Dilma Rousseff, a qual lhe pedira, na ocasião, que obtivesse de Marcelo Navarro o compromisso de alinhamento com o governo para libertar determinados réus importantes da Operação Lava Jato; que, segundo o Senador Delcídio do Amaral, a Presidente Dilma Rousseff falou expressamente em Marcelo Odebrecht”.

Ferreira disse que não participava das reuniões dentro do gabinete de Delcídio, mas que, em uma ocasião, durante um encontro de Delcídio com o então ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, Ferreira foi chamado à sala para informar os números dos habeas corpus dos ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró e Renato Duque. Terminada a reunião, Delcídio disse a Ferreira que a intenção era obter parecer favorável de Navarro, já ministro do STJ, em relação aos habeas corpus. Ferreira revelou ainda que, pouco tempo depois, quando Navarro foi ao gabinete do senador, ao se despedir, disse a Delcídio: "Não se preocupe, está tudo entendido". 


PAGAMENTOS À FAMÍLIA CERVERÓ


Na delação, Ferreira também complicou ainda mais a situação do ex-presidente Lula e do filho do pecuarista José Carlos Bumlai, Maurício Bumlai, trazendo ambos para o centro das tentativas de impedir a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Ele relata ter participado de encontros com Maurício, de quem recebeu dinheiro para ser entregue à família de Cerveró. Foram três entregas de R$ 50 mil feitas por meio do advogado de Cerveró, Edson Ribeiro -- todas em São Paulo. Segundo a delação de Delcídio, homologada em março, Lula seria principal articulador da estratégia de "comprar o silêncio" de Cerveró.

Ainda de acordo com Ferreira, Delcídio havia citado como plano B para os pagamentos aos honorários de Ribeiro, o banqueiro André Esteves, que havia se prontificado a ajudar. No documento, o delator diz que Esteves estava especialmente preocupado com a delação de Cerveró devido a negócios com bandeiras de postos de combustíveis e operações na África. O BTG adquiriu, em 2013, metade da operação de exploração da Petrobras na África, criando a chamada PetroÁfrica. O negócio foi fechado por US$ 1,5 bilhão, enquanto o mercado precificava a mesma fatia acionária por US$ 4 bilhões. Conforme ÉPOCA revelou, a delação do lobista Hamylton Padilha, que participou das negociações, deverá esclarecer a diferença de valores.


Delação de Diogo Ferreira (Foto: Reprodução)

Delação de Diogo Ferreira (Foto: Reprodução)
Trecho da delação de Diogo Ferreira, homologada pelo STF (Foto: Reprodução)


Nas mensagens trocadas entre Diogo e Edson Ribeiro, o advogado de Cerveró cobra uma conversa com André Esteves dizendo que está sendo pressionado pela família do ex-diretor da Petrobras. Segundo o delator, os pagamentos feitos por Bumlai haviam cessado a pedido do próprio Bernardo Cerveró, que avisara não precisar mais do auxílio porque o pai faria delação. Contudo, meses depois, o advogado da família pediu para que os auxílios fossem retomados, desta vez, por Esteves.

*Por ANA CLARA COSTA E FILIPE COUTINHO , na Revista Época

Hitler descobre conversa de Lula com Dilma.


terça-feira, 19 de abril de 2016

Impeachment: Antes de votação, petistas estimavam ter apenas 130 votos.


As poucas ausências no plenário frustram expectativas do governo 
Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo 
BRASÍLIA — O governo já admitiu derrota na votação da Câmara que define a autorização para a abertura do processo de Impeachment realizada neste domingo. Segundo fontes do Palácio, as chances de mudar o resultado "são zero". Às 20h28m, o placar mostrava 213 votos a favor do impeachment. São necessários 342 para a aprovação. A informação foi antecipada pelo colunista Jorge Bastos Moreno em seu blog. A presidente Dilma deverá fazer um pronunciamento à imprensa, não em rede, condenando a decisão e advertindo que vai lutar até os últimos momentos pela preservação de seu mandato no julgamento do Senado. (TEMPO REAL: acompanhe a discussão e a votação do impeachment na Câmara)




Líderes do governo se desentenderam sobre chances de evitar o impeachment da presidente. Quando a oposição tinha 206 votos a favor do impeachment, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) admitiu que a oposição iria ganhar devido ao efeito manada. Ao saber da declaração, o deputado Silvio Costa (PTdoB-PE) afirmou que ainda está no jogo e que Orlando errara na conta. 



- Esse resultado sinaliza que oposição vencerá. Deputados do PP, PR e PMDB não cumpriram sua palavra e votaram contra (o governo). Dificilmente haverá uma reversão - disse Orlando, quando o governo tinha 53 votos e 3 abstenções de um total de 262 deputados. 



Orlando diz que fez uma projeção com base nos votos que ele esperava ter contra o impeachment e que mudaram de lado a partir do Paraná. No estado, segundo suas contas, pelo menos 5 parlamentares trocaram de lado, provocando um "efeito manada" que atraiu o voto de deputados que não querem estar do lado derrotado: 



- Em vez de analisar o mérito, quer estar bem do lado vencedor e não pensa nas consequências desse ato. Infelizmente esse é o parlamento brasileiro, presidido por alguém como Eduardo Cunha. 



Segundo Orlando, Temer prometeu "mundos e fundos" para ter votos a favor do impedimento. O comunista afirmou, ainda, que o governo deve acolher o resultado "com humildade" e se preparar para o julgamento no Senado: 



- Aqui foi uma análise meramente política. O Senado vai fazer o julgamento do mérito. E acredito que no Senado dá pra reverter. 



Ao saber das declarações de Orlando Silva, Silvio Costa saiu correndo do plenário para desmenti-lo: 



- Orlando, você está louco? Admitir derrota? A gente ainda está no jogo - gritou na direção do colega. 



- Calma, Silvio. Vamos ganhar - respondeu Orlando. 



Para as câmeras de TV, ainda exaltado, Costa afirmou: 



- Não perdemos nada. Se ele admitiu a derrota, o deputado Orlando Silva não sabe fazer conta. 




GOVERNO PROJETOU 130 VOTOS


Antes da votação, integrantes do governo contabilizavam apenas 130 votos contrários à abertura do processo na Câmara. Com a baixa contagem de votos pró-governo, na reta final, a principal aposta do Palácio do Planalto passou a ser as abstenções e ausências de deputados, mas apenas dois deputados não registraram presença na votação e só houve três abstenções até 20h28m. Para o governo, o ideal era que esse número fosse mais significativo. 



— A situação está muito difícil. O efeito manada está acontecendo e estamos perdendo votos. Nossa última conta já estava em 130. Agora é trabalhar pelas abstenções e faltas — afirmou um governista que articula o placar do impeachment no início da votação. 



Com isto, o clima no Palácio do Planalto passou a ser de pessimismo. A lista de apoios tem reduzido sensivelmente desde a manhã deste domingo. O governo, que chegou a contabilizar sábado cerca de 180 votos, hoje, amanheceu com 140 e nas últimas horas não conseguia superar a marca de 130 deputados. Ainda tentando reverter votos, o sentimento é de que não há mais como convencer e o que oferecer aos parlamentares. 



— É uma votação grotesca — disse um auxiliar presidencial. 



Prevendo o pior cenário, o governo projeta o andamento do processo no Senado. 



— No Senado, o processo se dará dentro de bases jurídicas, não como essa votação arbitrária da Câmara — avaliou um interlocutor do governo.
                    *Por Jorge Bastos Moreno / Júnia Gama / Simone Iglesias / Tiago Dantas 

Dilma perde a batalha do impeachment na Câmara e processo seguiu para o Senado.


Brasil rumo à mudança...