sábado, 31 de maio de 2014

A farsa dos movimentos sociais.


CARTA AO LEITOR

Leia a “Carta ao Leitor” na Revista VEJA, nas bancas. 

Une os governos de Lula e Dilma Rousseff o apoio ao que seus ideólogos chamam de “movimentos sociais”, que nada mais são do que grupos organizados para servir de massa de manobra aos interesses políticos radicais. O encarregado de organizar e manter vivos esses grupos é Gilberto Carvalho, que, de sua sala no Palácio do Planalto, atua como um ministro para o caos social. Essa pasta, de uma forma ou de outra, existe em todos os governos populistas da América Latina e se ocupa da cínica estratégia de formar ou adotar grupos com interesses que não podem ser contemplados dentro da ordem institucional, pois implicam o desrespeito às leis e aos direitos constitucionais. Ora são movimentos de índios que reivindicam reservas em áreas de agronegócio altamente produtivas e até cidades inteiras em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, ora são pessoas brancas como a neve que se declaram descendentes de escravos africanos e querem ocupar à força propriedades alheias sob o argumento improvável de que seus antepassados viveram ali. A estratégia de incitar esses grupos à baderna e, depois, se vender à sociedade como sendo os únicos capazes de conter as revoltas é a adaptação moderna do velho truque cartorial de criar dificuldades para vender facilidades.
Brasília assistiu, na semana passada, a uma dessas operações. Alguns índios decidiram impedir que as pessoas pudessem ver a taça da Copa do Mundo, exposta no estádio Mané Garrincha. A polícia tentou reprimir o ato, e um dos silvícolas feriu um policial com uma flechada. Atenção! Isso ocorreu no século XXI, em Brasília, a cidade criada para, como disse o presidente Juscelino Kubitschek no discurso de inauguração da capital, há 54 anos, demonstrar nossa “pujante vontade de progresso (…), o alto grau de nossa civilização (…) e nosso irresistível destino de criação e de força construtiva”. Pobre jK. Mostra uma reportagem desta edição que progresso, civilização e força construtiva passam longe de Brasília. As ruas e avenidas da capital e de muitas grandes cidades brasileiras são território dos baderneiros.
Há três meses, o MST, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mandou seus militantes profissionais atacar o Planalto. Gilberto Carvalho foi até a rua, onde, depois de uma rápida conversa, se combinou que Dilma receberia os manifestantes. “O MST contesta o governo, e isso é da democracia”, explicou Carvalho, o pacificador, que, com um dedo de prosa, dissolveu o cerco feroz. O MST é um movimento arcaico, com uma pauta de reforma agrária do século passado em um Brasil com quase 90% de urbanização e 80% da produção dos alimentos consumidos pelos brasileiros vinda da agricultura familiar. Por obsoleto, já deveria ter desaparecido. Mas Carvalho não permite que isso ocorra. O MST faz parte do exército de reserva e precisa estar pronto se convocado. Foi o que se deu na semana passada, quando João Pedro Stedile, um dos fundadores do movimento, obediente ao chamado do momento, atirou: “Só espero que não ganhe o Aécio Neves, porque aí seria uma guerra”. É impossível não indagar: contra quem seria essa guerra? A resposta é óbvia: contra a vontade popular e contra a democracia.
*Por Reinaldo Azevedo

sexta-feira, 30 de maio de 2014

O repto eleitoral de um militar brasileiro.

Por Jair Bolsonaro, deputado federal (PP-RJ), capitão da reserva do Exército.
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            Biografia sumáriaJair Messias Bolsonaro (nascido em Campinas, SP, em 21 de março de 1955) é um militar da reserva e político brasileiro de orientação política conservadora, antimarxista, e antissocialista, que cumpre seu sexto mandato legislativo com Deputado Federal do Brasil, eleito pelo Partido Progressista, apesar de não se enquadrar no que o termo “progressista” quer dizer hoje em dia, ou seja, adepto do capitalismo de estado e do socialismo.
            É titular da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e da de Segurança Pública. Combate ao Crime Organizado, tanto na esfera pública quanto na privada e é suplente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados em Brasília. Já foi filiado ao PDC (Partido Democrata Cristão), ao PPR (Partido Progressista Renovador), ao PPB (Partido Progressista Brasileiro), ao PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), ao PFL (Partido da Frente Liberal) e atualmente faz parte do PP (Partido Progressista).
            Ganhou notoriedade nacional após dar declarações sobre questões polêmicas, comohomofobia,  preconceito racialsexismocotas raciais nas universidades e defesa do regime militar no Brasil, sendo classificado por alguns jornalistas e órgãos de imprensa como representante da “extrema direita” brasileira, seja lá o que isso queira dizer (Fonte: Wikipedia).
            Escreve o autor:
            Em 2005, embora sem pretensões de ser eleito, me lancei candidato à Presidência da Câmara dos Deputados com a intenção de evitar a eleiçãodo candidato do Governo, o então deputado Luiz Eduardo Greenhalg (PT-SP), o chamado “advogado das sombras”, que fez fortuna defendendo bandidos da esquerda que foram rechaçados pela contrarrevolução militar de 1964.
            A imprensa não quis me atribuir os louros da vitória, mas me considerei o grande vencedor.
            Nos 10 minutos em que tive direito a usar da palavra no plenário da Câmara, mostrei a real face do candidato do governo petista, escalado no passado para impedir o esclarecimento do sequestro, tortura e execução do prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel.
            Após minha intervenção, foi evidente a mudança de votos de muitos deputados, evitando um mal maior. Severino Cavalcanti foi o eleito no 2º turno.
            Hoje, a minha visão sobre política é bem definida. Segundo ela, caso este governo consiga mais um mandato, o que de "melhor" nos poderá acontecer será, ainda em 2015, nos transformarmos numa Venezuela e o de pior, numa Cuba de dimensões continentais.
            Entretanto, entendo que os desvios bilionários dos "companheiros", nos malfeitos na PETROBRAS e na ELETROBRAS, além de verdadeiros assaltos  aos Fundos de Pensões, só não são piores do que o roubo da nossa liberdade que se avizinha e se assoma no horizonte político do país.            Minha preocupação é fundamentada em fatos históricos, pois não há notícia de qualquer país que, sob um regime socialista/comunista, se observe seu povo tendo razoável nível de desenvolvimento em educação, saúde e renda, ou gozem de qualquer autonomia ou liberdade individual.            Os livros escolares, impostos pelo MEC às escolas públicas, com frases e gravuras que pregam o “marxismo cultural” que diz ser o capitalismo o inferno e o socialismo o paraíso, estão "envenenando" 30 milhões de crianças do ensino fundamental estatal. Abominam a propriedade privada, o lucro, o livre comércio e a meritocracia.            Meu nome, sem qualquer dúvida, encarna o sentimento daqueles que não suportam mais tal ação subversiva aos nossos princípios culturais e civilizacionais judaico-cristãos do PT e demais partidos de esquerda, que consiste em;
     > desvalorizar e sucatear as Forças Armadas;
     > impor o chamado "politicamente correto" da dialética do marxismo cultural;
     > a manter e elevar a altíssima carga tributária, sem o correspondente retorno à população de serviços públicos fundamentais pelo menos decentes;
     > a manter uma política externa aliada a ditaduras e a regimes autoritários;
     > a defender a falácia da falsa “democracia direta” com o intuito de desmoralizar e fechar o Congresso para impor a ditadura civil do Partido Único;
     > a promover o ativismo homossexual nas escolas;
     > a agir no sentido de desmoralizar a família com célula básica do tecido social brasileiro;
     > a promover o desarmamento dos cidadãos de bem capazes de ter, portar e usar armas de defesa pessoal;
     > a pautar pela falta de uma política de planejamento familiar, que não seja pelo aborto e o desrespeito à vida;
     > a incentivar, coordenar e financiar, com dinheiro dos impostos, as invasões do MST e “movimentos sociais” congêneres;
     > a promover a "indústria" das demarcações de “terras indígenas”;
     > a não permitir a redução da maioridade penal;
     > a não reconhecer a vital importância dos ruralistas e do agronegócio para o desenvolvimento do País;
     > a manter e ampliar políticas de destruição de valores morais e familiares nas escolas pela lavagem cerebral marxista da juventude;
     > a ser contra a pena de morte, a prisão perpétua e o cumprimento de trabalhos forçados dentro das penitenciárias para presos (ainda que consideradas cláusulas pétreas na Constituição);
     > a manter o exame de ordem, da OAB, nas condições atuais;
     > a estabelecer ‘cotas raciais’, que estimulam o ódio racial entre brasileiros e que, em muitos casos, são injustas entre os próprios cotistas;
     > a levar adiante a famigerada ‘Comissão Nacional da (in) Verdade’, que glorifica terroristas, sequestradores e marginais que tentaram implantar, pela ação armada, a “ditadura do proletariado” em nosso país;
     > a desejar o ‘Marco Civil da Internet’, cuja regulamentação, por decreto, dá início à censura virtual;
     > a manter na ilegalidade civil o chamado "Foro de São Paulo", onde ditadores e marxistas simpatizantes de ditaduras se associam ao narcotráfico e ao terrorismo internacional e onde se acoitam para planejar uma hegemonia marxista na América Latina;
     > a liberar recursos públicos para o BNDES para construir Porto em Cuba, metrô na Venezuela, bem como “perdões de dívidas” de ditaduras africanas e outros atos considerados como traições e desserviços à pátria;
     > a manter as escolas com professores desprovidos de meios para exercerem sua autoridade e a ensinarem matérias desvirtuadas pelo chamado ‘marxismo cultural’;
     > a manter uma ‘ajuda financeira’ de mais de R$ 1 bilhão por ano à ditadura cubana, via contratação de mão de obra escrava pelo programa "mais médicos" e outros assemelhados;
     > a manter os programas "Bolsa Família" e assemelhados, como simples compra de votos, sem exigir qualquer contrapartida de seus beneficiários, mantidos assim em currais eleitorais, além do programa "Brasil Carinhoso", que estimula a paternidade irresponsável;
     > a manter o Ministério da Defesa chefiado por civis incompetentes, como se não houvesse um oficial-general de quatro estrelas qualificado e confiável para o cargo;
     > a defender o atual Código Penal, que não garante punições justas ou sequer adequadas para os criminosos em geral, máxime , aos chamados de “colarinho branco”;
     > a promover e financiar, por baixo dos panos, a invasão e ocupação de terras e prédios públicos e privados por hordas de desocupados profissionais chamadas de “movimentos sociais”, sem legislação eficaz que puna tais práticas abusivas e ilegais;
     > a estimular e financiar milícias, chamadas de “black blocs”, para desvirtuar manifestações pacíficas de rua por parte de cidadãos de bem, ao promoverem o quebra-quebra, o vandalismo, o saque, a depredação e a queima de ônibus por qualquer motivação;
     > a priorizar a ‘política de direitos humanos’ para beneficiar criminosos em detrimento de suas vítimas, direcionada principalmente aos policiais e aos cidadãos de bem;
     > a continuar e intensificar o aparelhamento político da administração pública, inclusive pelo exagero de nomeações a título de confiança e sem o devido concurso público.
            Creio que a minha candidatura ao cargo de presidente da República seria o "fiel da balança" para a garantia de um 2º turno, comigo ou entreoutros candidatos.
            Não há preço que pague um possível debate meu com Dilma Rousseff, a pseudotorturada, cujo primeiro marido sequestrou um avião e rumou para Cuba com uma centena de reféns e o segundo (marido), que com ela passou a lua de mel assaltando caminhões na Baixada Fluminense. Afinal, seu passado não pode continuar sendo ocultado da população brasileira, bem como seu desserviço à democracia.
            Se um dia jurei dar minha vida pela Pátria, se preciso fosse, a perdado meu mandato de deputado federal é muito pouco para evitar a"cubanização" do Brasil, fato mais que provável de ocorrer, caso o PT vença mais uma eleição.
            Em 23 de abril passado protocolei Ofício junto ao Partido Progressista, colocando-me à disposição para concorrer ao cargo depresidente da República e para que meu nome fosse enviado para osinstitutos de pesquisa eleitorais, sendo o único candidato que,verdadeiramente, assume de peito aberto uma oposição às políticas doPT-PMDB e a chamada “base alugada”.
Por: francisco.vianna@terra.com.br [resistencia-democratica] resistencia-democratica@yahoogrupos.com.br

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Sem pressa.

No debate de que participou segunda-feira em evento promovido pelo Estadão e pela agência Corpora, o pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, criticou não só a política populista de preços dos combustíveis que estrangula o caixa da Petrobrás, mas, também, o excesso de participação da própria Petrobrás nos projetos de exploração de petróleo do pré-sal.
É uma situação que provoca enorme distorção de uma grande empresa que tem tanto mais prejuízos quanto mais fatura - como observou Campos -, mas que perdeu capacidade de investimento.
Na semana passada, a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, avisou que não há novos leilões de áreas programados para este ano. Ou seja, apesar do crescimento do consumo acima da capacidade de oferta e apesar do forte aumento da geração termoelétrica, cujos principais combustíveis são gás natural, óleo combustível e óleo diesel, a ANP não tem nenhuma pressa para acelerar a produção de petróleo e gás no Brasil.
Esta não é uma exigência de programação estratégica, como pode parecer. É apenas consequência da atual incapacidade da Petrobrás em dar conta do que lhe pedem.
A nova Lei do Petróleo exige que toda a exploração do pré-sal tem de ter a Petrobrás com pelo menos 30% de participação e como a única operadora. Magda argumenta que a ANP "não quer assolar o mercado com novas oportunidades" enquanto não maturar o projeto de Libra, que vai exigir investimentos de US$ 65 bilhões e o concurso de 12 a 18 plataformas. A verdadeira razão é que a Petrobrás não está dando conta do que tem de fazer.
Estrangulada em sua capacidade de investimento e, mais do que isso, pelos limites gerenciais da Petrobrás, a ANP acaba por impor o atraso da exploração não só do pré-sal, mas, também, dos demais segmentos convencionais, porque tem de concentrar seus recursos no que já tem.
Assim, mesmo depois de contar com centenas de bilhões de reais provenientes de pagamentos de royalties destinados ao financiamento da Educação e de outras atividades dos Estados e municípios, provenientes da exploração futura de petróleo, continua sem resposta a principal pergunta: em que ritmo o País quer ver exploradas suas reservas de hidrocarbonetos, num momento em que os Estados Unidos passam por uma grande revolução energética e a Rússia acaba de celebrar com a China o acordo de 30 anos de fornecimento de gás natural das reservas da Sibéria, à proporção de 38 bilhões de metros cúbicos por ano?
O que acontece no Brasil não é, portanto, consequência de uma decisão de longo prazo, que envolve uma estratégia de exploração de petróleo e de gás, de acordo com as necessidades e o interesse nacional, mas inevitável consequência de uma situação de fato, marcada por distorções e asfixias que o governo Dilma não tem interesse de resolver.
*Celso Ming - O Estado de S.Paulo - 140528

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Quanto ganha um professor no Brasil e nos Estados Unidos.

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Rio de Janeiro, Vitória e São Paulo pagaram os maiores salários em 2013

EDUCAÇÃO EM CIFRAS

Quanto ganha um professor no Brasil e nos Estados Unidos. Artigo publicado no 'Washington Post' revela quanto cada estado americano paga a professores.

As crescentes mobilizações dos professores da rede pública brasileira por melhores condições de trabalho retomam um antigo – e permanente – discurso sobre a polêmica remuneração da classe. Nas últimas semanas, a categoria organizou greves em pelo menos cinco cidades do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Teresina, Belém e Goiânia.
Piso salarial no Brasil
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o atual piso salarial dos professores em 2014 é de R$ 1.697,37. Ou seja, esse é o montante mínimo que as prefeituras e estados devem repassar aos profissionais da educação com jornada de trabalho de 40 horas semanais. O valor recebeu um reajuste de 8,32% em relação ao pago em 2013, de R$ 1.567.00.
Uma pesquisa realizada pelo portal Terra entre abril e maio de 2013 revelou quanto as principais capitais brasileiras pagam, na prática, por 40 horas semanais a professores da rede pública com formação mínima para o ensino médio.
Rio de Janeiro (R$ 2933,72), Vitória (R$ 2782,74), São Paulo (R$ 2600, 00), Campo Grande (R$ 2362.04) e Porto Alegre (R$ 2187,00) são as capitais que melhor remuneram a categoria, em uma jornada de 40 horas semanais. Com exceção de Fortaleza, Rio Branco, Bahia e Maceió, todas as demais regiões pagam o piso (ou valor superior) determinado pela lei federal do Piso Salarial. O Terra não conseguiu contato com a secretaria de educação de Macapá.
Remuneração nos EUA
Em matéria publicada nesta terça-feira, 27, pelo jornal americano Washington Post, um mapa relaciona os salários anuais pagos a professores em cada estado americano. Em Nova York, por exemplo, um professor ganha por ano US$ 75.279, enquanto no Rio de Janeiro, o estado brasileiro que melhor remunera seus professores, um profissional da mesma categoria  tem um vencimento anual de R$ 35.204,64.
Veja abaixo o gráfico do Washington Post mostrando o salário anual médio de professores de escolas públicas em cada um dos estados dos EUA. Os dados são de 2013. 
Em Nova York um professor ganha US$ 75.279 por ano (Reprodução/The Washington Post)

O que daria para fazer com o dinheiro gasto na Copa?


segunda-feira, 26 de maio de 2014

Brasil corre para tentar estar pronto a tempo para receber a Copa do Mundo, em junho.

Até as obras de infraestrutura, estão atrasadas.
Brasil corre para tentar estar pronto a tempo para receber a Copa do Mundo, em junho. Com todos os atrasos, mortes causadas em acidentes na construção de estádios e custos que extrapolam os valores previstos, o jornal The New York Times também destaca com pessimismo que as prometidas melhorias no transporte público só ficarão prontas bem depois que os jogos já tiverem terminado.
No entanto, a reportagem especial publicada no último sábado pelo jornal americano vai além dos já tão conhecidos problemas da Copa e aponta que as obras do mundial estão longe de serem os únicos elefantes brancos que comprovam o “fiasco” brasileiro no gasto de dinheiro público em infraestrutura.

Assessora de filho de Zé Dirceu é presa em flagrante.


domingo, 25 de maio de 2014

Em busca da paz, Israel não tem alternativa senão agir unilateralmenete.

O Primeiro Ministro israelense disse a Jeffrey Goldberg, do canal de TV Bloomberg que Israel não quer agir de forma unilateral, mas que, com Mahamud Abbas da ANP não há como chegar a lugar algum e não há qualquer outra pessoa em Ramallah com quem possa negociar.
:: FRANCISCO VIANNA (da mídia internacional)
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O Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu na cerimônia de premiação do Prêmio Genesis, no Teatro de Jerusalém, na quinta feira de ontem 22 de maio de 2014 (foto:Ohad Zwigenberg/Pool/Flash90).
Numa entrevista publicada ontem, Netanyahu deixou claro que “a liderança palestina não está disposta a fazer concessões para a paz”, levantando a questão da ineficácia das negociações diplomáticas até agora encetadas. Entrevistado por Jeffrey Goldberg, da TV Bloomberg de Nova Iorque, o mandatário israelense culpou o Presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina – um arremedo de estado mantido por dinheiro externo via ONU) pelo colapso das negociações de paz que chegaram ao impasse pela negativa obstinada de Abbas em reconhecer o estado de Israel como legítimo. Abbas, por sua vez, deu a entender que Israel deva considerar a adoção de medidas unilaterais em relação à Cisjordânia.
Netanyahu também apoiou a decisão da administração Obama de não atacar a Síria em agosto passado, chamando a remoção de armas químicas que se seguiu a "um raio de luz em uma região dominada pela escuridão".
Tais declarações de Netanyahu, que exibiram um tom pessimista com relação ao conflito árabe-israelense e à possibilidade do retorno à mesa de negociações para uma paz duradoura, foram as primeiras manifestações oficiais do governo israelense desde a suspensão dessas negociações, no mês passado.
“Levando-se em consideração que a guerra é apenas o resultado da falência da diplomacia, as negociações são sempre preferíveis. Mas seis Primeiros Ministros israelenses, desde Oslo, falharam nessa busca de uma solução negociada e chegamos a pensar que estávamos à beira do sucesso com Yasser Arafat e sua OLP (Organização para a Libertação da Palestina), mas no fim Arafat recuou, da mesma forma que Mahmoud Abbas recuou agora também, porque, na verdade, eles não têm o poder legítimo de concluir estas negociações. Não há hoje, de fato, uma liderança palestina legítima disposta a atingir o objetivo de uma paz duradoura. O ‘conjunto mínimo de condições’, que qualquer governo israelense julgaria necessário não pode ser satisfeito pelos palestinos, da mesma forma que os palestinos não têm condições mínimas de construir e manter um estado regular por seus próprios esforços".
Questionado sobre a possibilidade de uma retirada unilateral de Israel da Cisjordânia, Netanyahu reconheceu que a ideia ganha força em todo o espectro político, mas advertiu que Israel não irá se arriscar a produzir uma nova ‘Gaza’, que foi assumida pelo Hamas após Israel ter forçado a retirada dos assentamentos judaicos na pequena faixa litorânea, como um gesto de boa-vontade por parte de Tel Aviv. "Muitos israelenses estão se perguntando se há determinadas medidas unilaterais que pudessem, teoricamente, fazer sentido. Mas as pessoas também reconhecem que a retirada unilateral de Gaza não melhorou em nada a situação ou promoveu a paz", disse o Ministro.
Após o colapso das negociações em questão, depois de nove meses, deixa um rastro de recriminações de lado a lado que se recusam a viver de acordo com seus compromissos pré-estabelecidos antes do esforço diplomático.
Apoiado pelo Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, no sentido de tentar manter as partes à mesa de conversações, Netanyahu culpou Abbas por não levar os americanos a sério. "O que Abbas fez? Nada. Ele simplesmente se recusou considerar os esforços de Kerry para tentar descomplicar e avançar sobre as questões centrais. Ele chegou a internacionalizar o conflito", disse ele, referindo-se à decisão do líder palestino para aplicar a 15 tratados internacionais, afirmando que Jerusalém quebrou um compromisso palestino de não se candidatar a um Estado na ONU.
Questionado sobre as atitudes palestinas em relação a Israel, Netanyahu disse: "Eu acho que a sociedade palestina é dividida em duas partes. A primeira clama abertamente pela destruição de Israel e a segunda se recusa a enfrentar essa solução extrema, mas se recusa também a enfrentar os demônios dentro de seu próprio campo. Em Israel, há um vigoroso debate sobre o que tal compromisso implicaria. Não existe tal debate na Autoridade Palestina. Não falo sobre o Hamas. Falo sobre os chamados moderados que se recusam a debater sobre as ‘condições mínimas necessárias’ para uma paz duradoura, não apenas a partir do ponto de vista de qualquer governo israelense, mas também sob o ponto de vista de qualquer israelense, seja ele judeu ou não. Esperam apenas que saiamos e fechemos os olhos para arrancarem os nossos assentamentos da Cisjordânia. Bem, eu estive lá, e fiz isso em Gaza. Nós fizemos isso em Gaza. E o que temos não é a paz, mas o lançamento de foguetes contra populações civis israelenses próximas à fronteira".
Netanyahu também descartou um congelamento dos assentamentos: "Não acho que tal congelamento iria funcionar", disse ele. "Após ter tentado uma vez, vi que isso não funciona. Os americanos disseram que “a única maneira de Abbas retornar às negociações seria a libertação de prisioneiros ou o congelamento dos assentamentos na Cisjordânia, portanto, escolham”. Nós escolhemos a libertação de prisioneiros, mas deixamos tudo muito claro, para os EUA e para os palestinos, exatamente o quanto iríamos construir, inclusive em Jerusalém. E construímos exatamente o que dissemos que iríamos construir em cada um desses locais. Não surpreendemos quem quer que seja com construções extras".
Netanyahu ressaltou o desejo de resolver o conflito palestino ao dizer: "espero que possamos resolvê-lo, para o nosso bem. Espero isso porque não acredito e não queremos um Estado binacional. Espero resolver o conflito porque gostaria de ter relações mais amplas e mais abertas com o mundo árabe e também para acabar com os ataques injustificados contra Israel. Mas estamos a avançar nesse sentido apesar de tudo. Não vamos hipotecar o nosso futuro para o amadurecimento da política palestina".
Referindo-se à Síria, Netanyahu disse que apoiou a decisão do presidente dos EUA, Barack Obama, de não atacar Damasco depois de um ataque químico devastador, dizendo: "Apreciei o esforço" para forçar o atual Presidente sírio, Bashar Assad, a desistir de seu arsenal químico. No entanto, ele observou que Assad não renunciou a todos os seus braços, e que isso preocupa Israel. "Estamos preocupados com a possibilidade de Damasco não ter declarado todo o seu arsenal químico. Mas o que foi removido foi removido. Estamos falando, acredito, de cerca de 90 por cento dele”, disse ele.Netanyahu destacou as diferenças de opinião com o governo Obama sobre como lidar com o programa nuclear do Irã. Reiterou que ao Irã deve ser negada a capacidade de armas nucleares, com o desmantelamento de sua capacidade de enriquecimento, enquanto os EUA dizem apenas que o Irã deve ser negado uma arma nuclear. Mas o Primeiro Ministro também elogiou a cooperação com a defesa feita pelos EUA, coisa que não tinha conseguido do ex-secretário de Defesa Chuck Hagel, visto por alguns como antissionista, antes de ter tomado posse.
"A relação tem sido verdadeiramente boa. Nossa cooperação de defesa e partilha de informações, que têm sido substanciais para ambos os países, e nosso trabalho em antimísseis e de defesa antifoguete terem sido muito bons... Mas, apesar disso, não se pode dizer que não podemos ter diferenças de opinião sobre o Irã". 
A entrevista foi publicada hoje em Israel, horas depois de Netanyahu ter agraciado o ex-prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, dono do império de notícias Bloomberg, com o prêmio Gênesis no valor de US $ 1 milhão. Bloomberg, um bilionário, disse que vai doar o prêmio para a caridade.

sábado, 24 de maio de 2014

MTST: Dilma, toma que o filho é teu.

Antes de participar de cerimônia de inauguração do Itaquerão, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com representantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), no último dia 8 de maio. Participaram da reunião o prefeito Fernando Haddad, o coordenador do MTST Guilherme Boulos, além de outras quatro lideranças da organização. A conversa durou cerca de 20 minutos.
Um protesto organizado pelo MTST (Movimento de Trabalhadores Sem Teto) com apoio de grupos contra a Copa do Mundo nesta quinta (22), na zona oeste de São Paulo, reuniu 15 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. Ao fim do ato, o líder do MTST, Guilherme Boulos (o mesmo que sorri na foto ao lado de Dilma), ameaçou transformar o mês da Copa no "junho vermelho". Segundo ele, se não houver mais investimentos em moradia, não vai ter abertura da Copa, no dia 12.
A manifestação, que ocorreu de forma pacífica, bloqueou avenidas, fez o comércio fechar as portas e lotou estações de metrô da região. O ato, que começou no largo da Batata, passou pelas avenidas Faria Lima e Cidade Jardim e terminou na ponte Estaiada. O MTST calculou o número de manifestantes em cerca de 20 mil. Em seus discursos, Boulos ( com quem Dilma tratou diretamente) vem elevando o tom contra os governos federal, municipal e estadual.
Porém, ele mantém boa relação com as gestões petistas da presidente Dilma Rousseff e do prefeito Fernando Haddad --Dilma os recebeu na semana retrasada e Haddad já subiu num carro de som do MTST para dizer que pretende transformar um terreno invadido pelo movimento em área de moradia popular.
Por causa do ato, o fluxo na marginal Pinheiros foi interrompido no sentido Interlagos e piorou o trânsito já travado de ontem --os próprios sem-teto ficaram "presos" no engarrafamento da av. Faria Lima, causado pelo excesso de carros e pela chuva. O protesto passou por ícones do consumo de luxo, como o shopping Iguatemi, que fechou sua entrada principal.
O ato fez parte da série de manifestações organizadas pela Frente de Resistência Urbana, que tem como bandeiras a reforma urbana, com foco em moradia, emprego, saúde e educação. A manifestação tinha o apoio do Comitê Popular da Copa, que, na semana passada, reuniu 1.500 pessoas num ato que acabou em confronto entre manifestantes e PMs. Há duas semanas, o MTST invadiu sedes de empresas que construíram estádios que receberão jogos da Copa. "Empresários e a Fifa tiveram seu pedaço do bolo. O trabalhador agora quer sua fatia", afirmou Boulos.
COPA COM SANGUE
Boulos disse que a situação da invasão "Copa do Povo", perto do Itaquerão, deve ser resolvida em audiência nesta sexta (23). Segundo ele, sem garantias de moradia às famílias, haverá resistência. "Se a opção da construtora e dos governos for tratar a questão como caso de polícia e buscar garantir posse sem nada para as famílias, vai haver resistência. Se querem produzir uma Copa com sangue, essa é a oportunidade que eles têm."
(Folha de São Paulo)

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Economista critica o Brasil e diz que país é campeão mundial em fracassos.


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Para Jakobsen, se as pessoas votarem certo nas
próximas eleições, a situação do país vai melhorar.
SITUAÇÃO ECONÔMICA PREOCUPANTE

Economista critica o Brasil e diz que país é campeão mundial em fracassos.

Em visita ao Brasil, o economista dinamarquês Steen Jakobsen diz que modelo econômico adotado pelo governo brasileiro estava fadado ao fracasso desde o começo.

O dinamarquês Steen Jakobsen, economista chefe e CIO (executivo encarregado de investimentos) do Saxo Bank, na Dinamarca, disse que o Brasil atravessa uma das piores situações políticas possíveis e que o cenário macroeconômico do país é preocupante.
“A situação macro do Brasil é a pior dos países que eu já visitei. E eu visito 35 países por ano”, disse Jakobsen, durante o evento “Criando Sucesso Operando em Mercados Globais”, realizado na última terça-feira, 06, em São Paulo.
O economista culpou o governo Dilma pela situação. Segundo ele, o governo adotou um modelo econômico que “é uma verdadeira festa”, mas que estava fadado ao fracasso desde o começo.
“O Brasil tem os políticos que merece, porque são vocês, brasileiros, que votam errado e colocam eles lá. A atual presidente, por exemplo, não sabe o que quer e está completamente perdida. Além disso, o Banco Central também está perdido e os conflitos aumentam a cada dia. A falta de reformas e as decisões políticas fora do tom deixaram a situação insustentável”, disse Jakobsen.
Brasil, o campeão mundial em fracassos
Para Jakobsen, se as pessoas votarem certo nas próximas eleições, a situação do país vai melhorar, mas se Dilma for reeleita pode ser positivo, “pois o Brasil precisa de uma crise de verdade, com uma magnitude enorme, para ver se toma jeito”. Segundo o economista “o Brasil é o campeão mundial em fracassos e ainda não mudou”.
Na avaliação de Jakobsen, sediar a Copa do Mundo foi uma das piores coisas que o Brasil já fez. “O dinheiro que deveria estar indo para lugares extremamente carentes, está indo para coisas inúteis. O Brasil só estará pronto para receber uma Copa do Mundo em 20 ou 30 anos”, disse o economista.
Em meio ao caos econômico, Jakobsen  indicou algumas opções seguras para investimento, como a renda fixa e os títulos públicos do Tesouro Direto. “O brasileiro precisa aproveitar essa taxa de juros altíssima, afinal, pelo menos para alguma coisa ela tem que servir. Depois das eleições, se tudo der certo, os brasileiros podem voltar a pensar em bolsa de valores”.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

A rede de corrupção na Petrobras.

Diretor teve carta branca de R$ 6,5 bilhões para criar rede de corrupção que está destruindo a Petrobras.
Por quase três anos, a Petrobras deu carta branca para que o ex-diretor da área de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, negociasse como bem entendesse a contratação de novos fornecedores e a celebração de aditivos para as obras da refinaria Abreu e Lima. Paulo Roberto tomava decisões sem ter que passar pelo conselho de administração ou mesmo pela diretoria colegiada da Petrobras.
Essa liberdade, apurou o Valor (Jornal Valor Econômico), significou a aprovação de mais de R$ 6,5 bilhões em contratos e aditivos para a refinaria, uma cifra bilionária que, efetivamente, não foi alvo de avaliação prévia da diretoria da própria Petrobras.
Os gastos de Abreu e Lima constam das centenas de transações registradas nas 123 atas do conselho de administração da refinaria, as quais o Valor teve acesso. O conselho da refinaria funcionou entre março de 2008 e dezembro de 2013. A Petrobras havia constituído uma operação separada da estatal para cuidar especificamente de Abreu e Lima, porque tinha a expectativa de que a venezuelana PDVSA viesse a fazer parte de uma futura sociedade no empreendimento, o que acabou não se concretizando. De concreto mesmo, o que se sucedeu foi uma sequência de operações capitaneadas pelo conselho de administração da refinaria.
Esse conselho reinou absoluto entre março de 2008 e dezembro de 2013, quando finalmente a Petrobras desistiu de ver cumprida a promessa feita pelo ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez e decidiu absorver de vez 100% da refinaria às suas operações. Neste meio tempo, foram assinados mais de 150 aditivos pelo então presidente do conselho Paulo Roberto Costa e por seu sucessor no posto, José Carlos Cosenza. Então gerente-executivo de refino da Petrobras, Cosenza já era membro do conselho desde junho de 2008.
Esses aditivos somaram mais de R$ 4,1 bilhões. A maioria deles está vinculada a contratos firmados originalmente pela própria Petrobras, ou seja, antes da constituição do conselho de Abreu e Lima. Além dos aditivos, vieram os novos contratos assinados com empreiteiras, prestadores de serviços e fornecedores de equipamentos, um conjunto de novas contratações que ultrapassa a marca de R$ 2,5 bilhões.
Paulo Roberto Costa, que estava preso desde março no âmbito da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, foi liberado há três dias, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki.
O distanciamento que a alta cúpula da Petrobras mantinha das decisões tomadas pelo conselho da refinaria ficou claro ontem após as declarações dadas pelo ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras do Senado. Gabrielli minimizou o fato de o conselho de Abreu e Lima ter assinado mais de 150 termos aditivos. "Não é tanto aditivo. Sabe quantos contratos tem a refinaria Abreu e Lima? 260 contratos. Não sei quando aditivos têm por contrato", disse Gabrielli.
Presidente da Petrobras entre 2005 e 2011, Gabrielli justificou o cheque em branco que a estatal entregava ao conselho. "A refinaria funcionava como uma empresa subsidiária da Petrobras. "Ela é que tinha a competência de tomar essas decisões. Da mesma forma que a BR Distribuidora toma decisões, sem a diretoria da Petrobras tomar conhecimento", comentou. "A diretoria e o conselho da Petrobras acompanham os resultados finais. É uma refinaria que tinha decisões no âmbito na Rnest (Abreu e Lima), e que não chegava à diretoria da Petrobras."
Na lista de aditivos que a estatal não analisou estão decisões de peso, como a tomada em outubro de 2012, quando o Consórcio Ipojuca (Queiroz Galvão e Iesa Óleo e Gás) viu seu contrato saltar para R$ 3,218 bilhões, após obter aditivo de R$ 385,177 milhões. Em setembro do ano passado, foi a vez do Consórcio Rnest (Odebrecht e OAS) ser atendido em aditivo de R$ 332,660 milhões, ampliando seu contrato para R$ 3,650 bilhões.
A relação de novos contratos assinados pelo conselho também inclui transações de grande porte, como, por exemplo, o contrato firmado em dezembro de 2010 entre Abreu e Lima e o Consórcio Alusa CBM (Alusa Engenharia e Construtora Barbosa Mello), no valor de R$ 651,760 milhões. A Petrobras foi questionada sobre mudanças no acompanhamento de aditivos e contratos da refinaria, bem como sobre seus responsáveis. A estatal informou que não vai comentar o assunto.
(Valor Econômico)

terça-feira, 20 de maio de 2014

Aos crédulos úteis.

Onze anos em sete meses? Mais de 11 anos depois de ter chegado ao poder, e só às vésperas do início oficial da campanha eleitoral - que já colocou nas ruas - para tentar obter mais quatro anos a partir de janeiro de 2015, o governo do PT anuncia ter pronto um grande plano de obras rodoviárias para todo o País.
Decerto o País carece, e não é de hoje, de uma malha rodoviária extensa e, sobretudo, em boas condições de operação para facilitar a circulação de bens e pessoas, reduzir os riscos de acidentes e evitar custos adicionais a seus usuários, razão pela qual seria muito bem-vinda uma ação eficaz do poder público nesse sentido.
No entanto, não é crível que o governo tenha êxito com seu novo e mirabolante plano rodoviário - "mais de uma licitação por dia até o fim do ano", anuncia o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), general Jorge Fraxe. Faltando pouco mais de sete meses para o encerramento do terceiro período presidencial do PT, a elite desse partido fez muito pouco na área de infraestrutura.
O Dnit e os planos rodoviários sintetizam os graves problemas que marcaram os 11 anos e meio da gestão do PT, retardaram os investimentos, implicaram perdas para os contribuintes e deixaram rastros de irregularidades, como favorecimentos para empresas privadas e ganhos ilícitos para ocupantes de cargos públicos.
O atual diretor-geral do Dnit foi colocado no posto para, em primeiro lugar, fazer uma limpeza no órgão que, há três anos, foi apontado como centro de um esquema de propinas e superfaturamento de obras. O Dnit foi controlado até meados de 2011 por pessoas indicadas pelo PR, partido da base governista no Congresso e que havia indicado também o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. Afastado durante as investigações das denúncias de que representantes do partido teriam montado no Dnit um esquema de recebimento de propinas de empreiteiras, o diretor-geral na época, Luiz Antônio Pagot, foi depois demitido e substituído pelo atual.
No início de sua gestão, o general Fraxe reviu contratos para afastar do Dnit as suspeitas que ainda restassem de atos irregulares e procurou dar ao órgão a competência técnica que dele se espera, dadas suas responsabilidades na ampliação e manutenção da extensa malha rodoviária federal. O Dnit não conseguiu, porém, desfazer sua imagem de lentidão.
Mesmo que o Dnit passasse a agir com a presteza exigida pela carência de infraestrutura no País, qualquer programa rodoviário federal seria tolhido, como tem sido, pela formação ideológica dos governantes petistas, contrária à participação do capital privado na prestação de serviços públicos.
Apesar da notória escassez de recursos públicos para a execução de obras, o governo do PT resistiu durante anos à participação do capital privado no setor rodoviário. O governo Dilma, quando finalmente aceitou a realidade, o fez de maneira equivocada, impondo aos investidores condições insustentáveis do ponto de vista econômico e financeiro. Interessante para o usuário, a chamada modicidade tarifária veio, porém, acompanhada da imposição de limites muito baixos para o cálculo da rentabilidade da operação ao longo do período de concessão, o que limitou o interesse dos investidores.
O fracasso, em setembro do ano passado, do leilão de concessão da Rodovia BR-262, entre Espírito Santo e Minas Gerais (não houve ofertas, dadas as condições impostas), obrigou o governo a rever as regras para os leilões seguintes.
O programa rodoviário, enfim, chegou com muito atraso, e os obstáculos criados pelo governo, além de sua limitada competência gerencial - notória também nos planos de concessão de ferrovias e de terminais portuários, que ainda não saíram do papel -, devem reduzir o ritmo de seu avanço.
O governo Dilma promete fazer, em sete meses, 400 licitações, investir R$ 8 bilhões em estradas, contornos, anéis rodoviários, pontes, viadutos e travessias de cidades, num total de 6,4 mil quilômetros de obras. Conhecendo seu histórico, dá para acreditar?
O Estado de S.Paulo....

segunda-feira, 19 de maio de 2014

A greve no ensino Municipal em São Paulo.

Desde que anunciou a concessão do abono, há uma semana, o prefeito Fernando Haddad, do PT, alardeia que o Município passará a pagar um dos maiores pisos salariais do magistério público do País. Os professores da rede municipal recebem salário de R$ 2,6 mil. Com o abono, passarão a receber R$ 3 mil. O problema é que o anúncio da concessão desse benefício foi feito às vésperas do início da campanha eleitoral e o abono somente será incorporado aos salários a partir de 2015 - e assim mesmo em mês que ainda não está definido, uma vez que a medida depende de autorização da Câmara Municipal e o projeto somente foi enviado esta semana pela Prefeitura.
A greve dos docentes e servidores municipais da área de educação coincidiu com o anúncio, pelo governador Geraldo Alckmin, do PSDB, de um aumento de 7% nos salários dos 415 mil profissionais ativos e inativos da rede estadual de ensino básico. O reajuste será pago em julho e é o quarto aumento concedido a essas categorias nos últimos três anos. Desde 2011, docentes e servidores da Secretaria Estadual de Educação já tiveram 45% de ampliação salarial.
* Fonte: O Estado de São Paulo

China leva seu "chão de fábrica" para a África.



Alta dos custos trabalhistas na China estimula migração para países africanos. 
- Charlie Shoemaker for The Wall Street Journal​​

CHINA LEVA SEU CHÃO DE FÁBRICA PARA A ÁFRICA

Os oito técnicos sul-africanos da linha de montagem monitoram o processo por computador e recebem incentivos para trabalhar rapidamente. Em menos de um ano de operação, eles estão produzindo no mesmo ritmo que seus companheiros chineses: uma placa a cada 70 segundos.
Mas há um problema. As fábricas da Hisense na China usam metade dos trabalhadores para fazer o mesmo produto. Na África do Sul, cada técnico monitora uma máquina. Na China, duas.

"Passo a passo", diz Jerry Liu, gerente-geral da fabricante de eletrodomésticos para o Oriente Médio e a África. "Nós vamos chegar lá."
Diante da alta dos custos em casa e em meio a percepções negativas das suas práticas trabalhistas na África, os chineses estão instalando novas fábricas no continente e contratando mais africanos. Esses esforços vão testar se os mestres da produção de baixo custo podem ser tão produtivos na África quanto são em casa. Muitos apostam que sim.
"A China é um investidor resiliente", diz Martyn Davies, diretor-presidente da Frontier Advisory, consultoria que atua na China e na África.
A montadora China FAW Group Corp. está construindo uma fábrica na África do Sul para produzir caminhões. A Huajian Group, fabricante de calçados, planeja investir mais de US$ 2 bilhões na Etiópia nos próximos dez anos para tornar o país uma base de exportação para a Europa e a América do Norte. Os chineses também produzem tubos de aço e têxteis em Uganda.
Os crescentes custos trabalhistas na China são um dos motivos que tornam a África tão atraente. O salário médio mensal de um trabalhador com baixa qualificação nas fábricas da Etiópia, por exemplo, equivale a cerca de 25% do valor pago a um chinês com qualificação semelhante, segundo o Banco Mundial.
Conforme a diferença salarial cresce entre os trabalhadores chineses não qualificados e os de outros países da Ásia e da África, até 85 milhões de postos de trabalho fabril podem deixar de existir na China nos próximos anos, diz Yifu Lin, ex-economista-chefe do Banco Mundial.
A África também é um mercado atraente para os produtos chineses fabricados no continente. Ela abriga seis das dez economias que mais crescem no mundo, segundo o Fundo Monetário Internacional, e muitos países ali estão reduzindo sua dependência de recursos naturais, como petróleo, metais e pedras preciosas.
Mas sua infraestrutura deficiente e distribuição desigual de qualificações corroem as vantagens de custo. O estudo do Banco Mundial estima que um chinês que trabalha fazendo camisetas, por exemplo, pode produzir o dobro de um etíope por turno.
A reação da China à diferença no nível de produtividade tem sido enviar mais chineses à África. A China informa que, em 2013, enviou 214.534 trabalhadores para o continente, cerca de 25% do total de trabalhadores que o país enviou para o mundo todo. O número é 18% superior ao de 2011, segundo o Ministério do Comércio da China, que não divulgou dados referentes a 2012 nem informações por setor. Analistas suspeitam que os dados oficiais subestimam consideravelmente os números porque não incluem empreendedores e comerciantes chineses que atuam na África.
A expansão da China na África, porém, tem causado atritos. Uma pesquisa do Instituto de Ética da África do Sul, que faz pesquisa e treinamento, revelou que 46% dos entrevistados na África tinham uma impressão negativa das práticas chinesas de emprego e 19%, positiva. Outros 55% concordaram com a afirmação de que as companhias chinesas na África empregam só chineses.
Na Angola e no Zimbábue, as empresas chinesas trazem chineses para realizar tarefas das mais básicas, como dirigir caminhões ou assentar tijolos. Na Etiópia, empregados que trabalham em estradas reclamaram que os supervisores chineses cortaram os cabos de suas pás ao meio para que não possam se apoiar nelas para descansar. Na Zâmbia, os chefes chineses nas minas jogaram água fria em funcionários que cochilavam, segundo entrevistas com mineiros.
A Sinosteel Corp. não queria choques culturais em seu ambiente de trabalho. Por isso, quase todos os seus cerca de 3.000 funcionários que atuam nas minas, fábricas e braços comerciais são contratados localmente, segundo Wei Zhong, vice-gerente-geral na África do Sul. "Se você traz muitos trabalhadores chineses, isso vai gerar conflitos", diz.
Importar trabalhadores chineses não foi uma opção para a Hisense, diz Li, o gerente-geral da empresa na África. É preciso fornecer moradia e alimentação aos chineses, diz ele, uma estrutura que é financeiramente inviável.
Mas a firma enfrenta escassez de mão de obra qualificada, como engenheiros e técnicos, na África do Sul. A Hisense decidiu instalar sua fábrica num local onde antes operava uma fábrica de TVs que havia fechado vários anos antes, e contratou várias pessoas que haviam trabalhado na empresa. Além disso, fez programas de treinamento. Ela ofereceu para os técnicos de nível básico um salário mensal de US$ 580, bem menos que a média de US$ 800 que paga na China, diz Liu.
O Fundo de Desenvolvimento China-África, financiado pelo governo chinês, comprou uma fatia minoritária da fábrica, exigindo que a Hisense contratasse os trabalhadores localmente. Hoje, 95% dos seus 600 funcionários são sul-africanos.
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