quinta-feira, 31 de março de 2011

Homenagem aos heróis da democracia

A FAMÍLIA BRASILEIRA É ETERNAMENTE GRATA À LEALDADE E AO PATRIOTISMO DOS NOSSOS MILITARES DE 1935, DE 1964, E SE DEUS QUISER, DE SEMPRE!

E Bolsonaro caiu na rede


Este país está se tornando o paraíso dos boiolas. Boiola, como se chama no nordeste brasileiro, é o gay afetado, aquele que "arma barraco" por qualquer coisa.
Não tenho preconceitos, mas tenho plena convicção de que esta foi uma grande oportunidade de se conhecer os boiolas do Congresso Nacional e das redações dos jornalões e blogs.
Ademais, foi assim que se pode conhecer como um equívoco ( do Deputado incauto e por vezes grosseiro ) Jair Bolsonaro, pode ser explorado e deturpado.
E asim se faz com outras pessoas, em outras situações. Basta que queiram crucificá-la.
O deputado se confundiu e trocou as respostas de duas perguntas distintas.
Foi o suficiente para a esquerda boiola nacional se levantar e criar um caso de repercursão nacional.
Segundo Reinaldo Azevedo, Marcelo Tas, do programa CQC já opinou que o deputado deve ter se equivocado.
Qualquer pessoa alfabetizada verá que a resposta não se coaduna com a pergunta.
Mas o governo quer destruir Bolsonaro, e ele caiu na rede de intrigas.
Como os governistas sabem que ele não pode ser punido por dizer a verdade da tribuna da Câmara, querem pegá-lo construindo uma situação de preconceito.
Nese caso Bolsonaro não foi preconceituoso. Foi curto e grosso. Foi estúpido.
E pior: se equivocou dando margem a essa gentalha aparecer levantando bandeiras contra ele.
Vai pagar caro. A petralhada só queria uma oportunidade. Essa parece servir aos seus instintos rapineiros.

Cada caso é um caso

“Tem maioria na Câmara e no Senado, mas a cada votação sempre é necessário fazer uma avaliação caso a caso”.
Dilma Rousseff, na festa do doutorado internacional de Lula, confidenciando ao presidente de Portugal, Cavaco Silva, que o contrato de aluguel prevê que, antes de cada votação, deve ser examinado o reajuste de preço reivindicado pelo PMDB. (Augusto Nunes)

Gente que mente

Mentira Premiada - Concursos Públicos from Implicante on Vimeo.

Dez maravilhas da fauna do Planalto (1)

1.Ideli Salvatti não sabe colocar uma isca no anzol e imagina que samburá é um tipo de peixe. Virou ministra da Pesca para convalescer num empregão federal da surra sofrida nas urnas de Santa Catarina.
2.Aloízio Mercadante só domina a ciência da sabujice e seus conhecimentos tecnológicos são insuficientes para operar o twitter sem ajuda. Virou ministro da Ciência e Tecnologia por ter derrapado na candidatura reincidente ao governo de São Paulo.
3.Garibaldi Alves jamais estacionou numa fila do INSS e enxerga no Ministério da Previdência Social um abacaxi. Foi alojado no primeiro escalão para não atrapalhar a permanência de José Sarney no comando do Senado.
4.Edison Lobão não sabe a diferença entre uma tomada e um fusível, acha que raio provoca apagão e só viu as usinas de Angra a bordo de uma lancha. Oficialmente, o ministro de Minas e Energia é um senador maranhense que já foi governador. Na prática, quem está homiziado no gabinete controlado por José Sarney é Magro Velho, comparsa de Madre Superiora.
5.Fernando Pimentel nunca administrou uma empresa privada e só circulou por estabelecimentos comerciais como freguês. Ex-prefeito de Belo Horizonte, virou ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio para não ficar deprimido com o fracasso da candidatura a senador.
6.Fernando Haddad liderou duas tentativas de assassinato do Enem. Vai continuar no Ministério da Educação até aprender como se mata uma boa ideia.
7.Miriam Belchior aprendeu na Casa Civil, incumbida de administrar o PAC, como se faz para atrasar simultaneamente todas as obras do governo federal. Foi presenteada com o Ministério do Planejamento porque a viúva de Celso Daniel merece muita atenção.
8.Orlando Silva bateu o recorde panamericano de salto no orçamento nos Jogos de 2007. Continua no Ministério do Esporte para melhorar a marca na Copa do Mundo e garantir para o Brasil a medalha de ouro na Olímpiada de 2016.
9.Pedro Novais só conhece o circuito turístico dos motéis do Maranhão. Aos 80 anos, foi instalado por José Sarney no Ministério do Turismo para garantir que a República Dominicana continue recebendo a cada ano o dobro do número de estrangeiros que visitam o Brasil.
10.Alfredo Nascimento quase exterminou a malha rodoviária federal quando foi ministro dos Transportes de Lula. Derrotado na eleição para o governo do Amazonas, voltou ao cargo para liquidar o que sobrou.
Governar é escolher, sabe-se desde sempre. Essas 10 maravilhas da fauna do Planalto prestam serviços à nação por escolha de Dilma Rousseff, que logo estará cercada por 40 espantos. Todos serão expostos à visitação pública nos próximos posts.
A oposição oficial diz estar à caça de temas e argumentos para  fazer oposição. Pode começar pelo pior ministério da história da República. ( Augusto Nunes)

quarta-feira, 30 de março de 2011

O "doutorado" de Lula em Coimbra custa U$ 20 milhões. Por ano.

Está explicado o verdadeiro motivo para homenagem feita ao "Doutor" Lula pela Universidade de Coimbra. 10% do alunado da prestigiosa universidade (apenas no Brasil) é composta por bolsistas brasileiros. Nem a Espanha, ali ao lado, manda tanto aluno para a UC. As bolsas são pagas pelo governo brasileiro. Ontem, 900 bolsistas brasileiros formaram uma barulhenta claque paga para aplaudir o doutoramento do iletrado. Juntos estes bolsistas recebem, por ano, da Capes, cerca de U$ 20 milhões para estudar lá fora. O quanto é pago para Coimbra não é conhecido, mas deve ser basicamente a mesma coisa. Quem não fala inglês, francês ou italiano, costuma buscar o canudo em dinossauros como Coimbra em Portugal, Lion na Espanha ou o Museo Argentino, no vizinho ao lado. O unico ônus é ter que, uma vez na vida  e outra na morte, aplaudir um Lula virando doutor. Mas, como diria o poeta português Fernando Pessoa, tudo vale a pena, se a bolsa , ops!, se a alma não é pequena.
*Blog Coturno noturno

Bolsa gay: Até onde querem chegar?



A tentativa de ganhar votos fáceis não tem tamanho. A secretaria Nacional de Direitos Humanos do Governo Federal acaba de lançar o Plano Nacional de Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, que pasmem, promove o "Bolsa-Família Gay", o "Bolsa de Estudos Gay" e Cotas para professores Gays. Os que antes se intitulavam perseguidos pelo preconceito, hoje não nos deixa dúvida, são vorazes destruidores de famílias e sedentos pelo Poder e pela dinheiro público.

A China verde e amarela

Em 2010, a China comunista foi o país que aplicou mais capitais diretos no Brasil: US$ 17 bilhões, pouco menos de um terço do total de US$ 52,6 bilhões. A estimativa é da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização (Sobeet).
Os chineses trazem os capitais ‒ como na operação da Sinopec com a Repsol ‒ via paraísos fiscais. Eles procuram commodities e instalações de infraestrutura estratégicas.
Em maio, a Sinochem comprou, por US$ 3 bilhões, 40% do campo petrolífero de Peregrino e adquiriu sete companhias de transmissão de energia por US$ 1,7 bilhão, enquanto a ECE comprou a mineradora Itaminas por US$ 1,2 bilhão.
O presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang, calcula que as compras de empresas no Brasil por chineses podem ter superado US$ 20 bilhões em 2010.
A cifra deve ser somada aos US$ 10 bilhões que o China Development Bank emprestou à Petrobras. Até 2009, os investimentos chineses acumulados no país não passavam de US$ 400 milhões.
Em seu túmulo, Mao Tsé Tung, fundador do comunismo chinês deve estar esfregando as mãos.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Neurônio inspirado

“Glória Maravilha, que encanta as nossas vidas!”

Dilma Rousseff, no autógrafo para Glória Pires, reafirmando a extraordinária criatividade do neurônio solitário.
*Augusto Nunes

Governo concede emissoras de rádio e TV a 'laranjas'

Filiação patidária.


BRASILEIRO NÃO PRECISA DE PARTIDO POLITICO! BRASILEIRO PRECISA DE VERGONHA NA CARA!

Negociação eleitoreira


Negociação antecipada:

“O PT definiu que tratará de maneira nacionalizada capitais estratégicas para nossa aliança nacional”.

Virgílio Guimarães, dirigente nacional do PT, explicando em dilmês rústico que a renegociação dos contratos de aluguel de abrangência nacional começará a ser discutida em 2012, durante a campanha para as eleições municipais.

domingo, 27 de março de 2011

“Do lápis ao iPhone”,

O carro chacoalha muito, parece que vai desmontar. Nove passageiros dividem os assentos do interior readaptado desse velho e lamuriento Cadillac que roda muito cedo pelas ruas de Havana. Em meio à decrepitude desse táxi transformado em lotação e ao forte cheiro de querosene, uma garota tira do bolso o último modelo do iPhone lançado no mercado, coloca diante dos seus olhos a tela sensível ao toque dos dedos e começa a assistir a um vídeo de humor para tornar menos enfadonha a viagem.
Nesta cidade tão peculiar, o empobrecimento e a modernidade dão as mãos, o anacrônico e o futurista convivem, como também o empoeirado e o reluzente. Vivemos uma época de contrastes.
Apesar da escassez e dos controles, os cubanos têm uma marcante predileção por circuitos e luzes. É raro encontrar algum compatriota que não saiba consertar um liquidificador ou desmontar uma ducha elétrica. Sem essas práticas de “engenheiros sem diploma” não teríamos conseguido prolongar a vida útil de muitos objetos dos quais necessitamos no nosso cotidiano.
Claro que existem aqueles que levam os consertos e as invenções ao extremo, construindo um ventilador com o motor de uma máquina de lavar, colorindo a tela do seu velho aparelho de televisão em branco e preto para parecer mais moderno ou fazendo de uma chapa de metal uma eficiente grelha para cozinhar.
Se a questão é transmitir informações, notícias e programas censurados, a criatividade também dispara e as soluções afloram. As memórias USB passam de mão em mão, transformando-se em periódicos improvisados clandestinos, imperceptíveis por seu tamanho minúsculo e aspecto inocente.
O apetite por esses artefatos eletrônicos é estimulado pelas restrições que o Estado impõe à sua distribuição. No mercado informal é possível obter tudo o que é proibido. Foi justamente nessas redes ilegais de distribuição que circularam, pela primeira vez, aparelhos de vídeo, fornos microondas, ventiladores de teto e aquecedores de água, quando sua venda era proibida em lojas.
Em 2008, quando Raúl Castro autorizou a venda de produtos de informática nas lojas oficiais, alguns de nós já estavam há muito tempo diante da tela de um computador que nós mesmos havíamos fabricado, um verdadeiro “Frankenstein”, montado pedaço por pedaço. Mas, na realidade, muitos desses equipamentos são computadores autistas, que não têm rapidez de conexão, o sopro vital em forma de kilobytes que lhes dá a vida para poder interagir no ciberespaço.
Agora mesmo, diante do impulso das redes alternativas de informação e da crescente presença de dispositivos de comunicação em mãos do cidadão, a resposta oficial não se fez esperar. Sob o título Las Razones de Cuba, nas noites de segunda-feira é transmitido um seriado produzido pelo Ministério do Interior em que, entre outras coisas, o uso da tecnologia que extrapole o institucional é satanizado.
Embora o roteiro seja repetitivo e às vezes cansativo, cada capítulo traz também alguma surpresa. Desde a descoberta de um agente secreto infiltrado nas fileiras do jornalismo independente até as confissões de um jovem que transformou uma antena parabólica numa prancha de surfe.
Há de tudo, com o tempero, é claro, de uma boa dose de teoria da conspiração e de antiimperialismo. Em 30 minutos, essa saga no pior estilo de um Big Brother apresenta também conversas telefônicas de clientes sócios da única empresa de celulares existente no país e gravações feitas com câmaras ocultas de cidadãos que não se escondem na hora de fazer suas críticas ou de se associar com base nas suas reivindicações.
Talvez essas revelações sejam o modo escolhido para nos fazer lembrar que os aparelhos tecnológicos não só permitem aos indivíduos escapar da possessiva máquina estatal, mas também servem a ela para nos vigiar.
Pela nossa telinha desfilam especialistas explicando as novas ameaças que se infiltram na ilha e oficiais da inteligência que pervertem o Twitter, o Facebook e a Web 2.0. Os ecos do Egito e Tunísia fazem com que a nossa polícia política procure estigmatizar a tecnologia, associando-a ao inimigo.
Improviso. A questão é impedir, a qualquer custo, que os cubanos se reúnam e se mobilizem por meio de redes sociais ou de telefones celulares. Para afastar essa possibilidade, o novo seriado traz uma advertência para os jovens, esses inquietos adolescentes cujos dedos são ágeis na hora de enviar um SMS, que estão fascinados pelo intercâmbio de arquivos via bluetooth. É hora de dar um susto nesses atrevidos e uma lição para aqueles que renegam o abraço institucional e se deixam subjugar pelo fluxo dos kilobytes.
Contudo, o efeito dessa reprimenda é muito pequeno no caso daqueles deslumbrados pelas teclas e pixels. A era do lápis, como a do monopólio estatal sobre a informação, está chegando ao fim. Uma mulher com um iPhone dentro de um carro caindo aos pedaços confirma isso, iluminando com sua tela a penumbra do ultrapassado, acelerando o chacoalhar de algo que está a ponto de desmontar.
*Tetxo de Yoani Sánchez, via site do Augusto Nunes

Lesando o consumidor



Clique para ampliar a conta
Tem sempre alguém querendo levar vantagem e arranjando um jeito de roubar quem quer que seja.
Não sei como conseguem adulterar uma calculadora para tirar vantagem.   Vejam que coisa...
Quando vamos a um restaurante, na hora de conferir a conta, geralmente só contamos se bebemos X refrigerantes, X pratos, etc...
Mas... VOCÊ SOMA OS VALORES PRA SABER SE A CONTA ESTÁ CERTA???
Então, um desafio: pegue a sua calculadora e some ESTA conta anexa.
A conta dá R$ 111,30, o FDP apresenta a fita da máquina (turbinada),somando R$ 173,20,e ainda pergunta se pode colocar 10%, que não foram inclusos, total R$ 190,52
Portanto, a partir de agora, calculadora em todas as notas, confira todas  "comandas" e principalmente marque todos os itens que foram pedidos na mesa.
Deixe o garçom perceber que há controle dos pedidos na mesa.
A conta vai sair bem mais barata, pagando tudo o que foi consumido. E só.

Poder autoritário

Quando Lula tomou posse em 2003 muita gente festejou com o argumento de que era necessário passar pela experiência do PT no poder para o País apressar o passo na construção do futuro com mais harmonia e menos beligerância. Em seus 23 anos de existência até então, o PT fizera oposição agressiva, belicosa e sistemática a todos os governos que passaram pelo Planalto. Foi contra a Constituição de 1988, contra a eleição de Tancredo Neves, contra o Plano Real, contra o pagamento da dívida pública, contra as privatizações, contra o fim dos monopólios, contra as políticas monetária e cambial de FHC, contra o Proer, contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, contra a reeleição, enfim contra tudo o que não vinha do PT. E, é preciso reconhecer, na maioria das vezes foi bem-sucedido na adesão popular ao estilo "sou contra".
Ao chegar ao poder o partido tratou de esquecer os seus "contras" e renegou seus credos: não mudou uma vírgula na política econômica de FHC, que tanto combatera, não desfez as privatizações, respirou aliviado com o Proer, aprofundou o Plano Real, elevou juros, pagou e multiplicou a dívida pública, para alegria dos banqueiros, que tanto xingara no passado. Aprendeu? "
A prática é o critério da verdade", ensinou Karl Marx. Foi a prática de governar que levou Lula e o PT a enxergarem a verdade que repudiaram quando eram oposição. E aprenderam. Algumas vezes bem rápido, como ao conduzir a política econômica de FHC. Outras, nem tanto. Do acervo de lento aprendizado faz parte o estilo autoritário na relação com a sociedade, que explica o apoio político de Lula a ditadores e o desprezo pelos direitos humanos violados em países como Irã e Cuba. O autoritarismo está também na tentativa de Lula de criar conselhos para controlar a imprensa, a cultura e a liberdade de expressão e criação. Nisso sua sucessora aprendeu mais rápido. Para não deixar dúvidas, ela vive repetindo preferir "o barulho da imprensa livre ao silêncio das ditaduras". E critica abertamente a violação dos direitos humanos no Irã.
Por isso, se partiu de Dilma Rousseff, surpreendeu a tentativa de interferir na diretoria de uma empresa privada, a Vale, e tirar da presidência um executivo que já foi e deixou de ser o preferido do governo. Lula tentou e não conseguiu degolar Roger Agnelli desde a crise financeira de 2008, que levou a Vale a demitir funcionários. Por mais que as novas contratações na empresa tenham superado as demissões, alguns meses depois, Lula persistiu na degola porque a direção da Vale se recusou a instalar usinas siderúrgicas em Estados governados pelo PT e onde não fazia nenhum sentido econômico construí-las.
Se o desempenho de Agnelli não é satisfatório, cabe aos acionistas da Vale decidirem afastá-lo. Para o governo é constrangedor seu ministro da Fazenda, de quem se espera conduta séria e transparente, procurar às escondidas o dono do Bradesco, maior acionista da empresa, e pedir a cabeça de seu presidente. Não se sabe se o ministro da Fazenda foi incentivado por Lula, por Dilma ou se agiu por sua conta e risco. Mas, das três alternativas, a que causa surpresa e decepção seria ter a iniciativa partido da presidente Dilma. Trata-se de um descabido gesto autoritário que se imaginava página virada em sua conduta.
Se o governo não respeita o direito de uma empresa privada ser administrada por seus acionistas, imagine como age em empresas públicas, onde o acionista controlador não é identificado - porque são todos os brasileiros - e o presidente da República se considera o dono, por ter sido eleito pelo voto. Por isso as empresas estatais são usadas para abrigar políticos derrotados nas urnas (vide Geddel Vieira Lima, do PMDB, que acaba de ser nomeado vice-presidente da Caixa), privilegiar empresas amigas com empréstimos e prestar favores a políticos. Servem, enfim, a toda sorte de negociação de interesse de quem está no poder. Uma empresa pública deve servir ao interesse público, à população. No livro Em Brasília, 19 horas, o jornalista Eugênio Bucci narra sua saga em levar à Radiobrás o conceito de empresa pública. Não conseguiu.
*Texto de Suely Caldas, Jornalista, é professora da PUC-Rio

Mensalão: Prescrição e impunidade

Mais uma firula da lei, calcada nos passos curtos e demorados dos cursos processuais, pode proporcionar uma das mais vergonhosas concretizações de impunidade neste país.
Todos lembram-se dos participantes do mensalão - o maior escândalo político deste país - e todos sabem que esses mesmos partícipes da vergonhosa gangue, hoje estão ocupando cargos de impprtância na República.
Pois bem, anuncia-se que devdo a morosidade da justiça brasileira, todos se beneficiarão uma vez que será prescrito o crime de frmação de quadrilha de que são acusados quase todos os quarenta do mensalão.
É como se fora uma absolvição automática, um prêmio a safadeza. Lembro-me que o ex-presidente, hoje palestrista de luxo, dizia que iria fazer uma campanha para provar que tudo nçao passara de uma farsa.
Interessante. Farsa, mas o Procurador da República apresentou provas incriminando os réus. Farsa, mas o Supremo Tribunal Federal acatou a denúncia, vendo nelas fundamento para incriminar e punir os réus.
Sómente Lula nada viu, nada soube e diz "crer" numa farsa. É a iniqiudade dominando o país.
Lula era o maioral, o grande líder, dentre todos os partícipes...será que existe quem acredite que ele de nada sabia?
 A verdadeira farsa em curso, com mensaleiros já ocupando postos relevantes na politica,  tem justamente a finalidade de esvaziar o processo do mensalão.
O STF, ao decidir sobre a não validade imediata da Lei "Ficha Limpa" presenteou muitos criminosos com o direito de ocupar cargos politicos eletivos e deu-lhes a chance de zombar do povo e daqueles que, em nome da moralidade e do direito, lutaram pela punibilidade dos maus políticos.
Está provado, então, que pelo menos no meio político o crime compensa.

Os progressistas

- Caracterizam-se por defender as políticas econômicas e sistemas políticos dos países que menos progridem.  No século XX os chamados progressistas – auto qualificativo inexplicável – só defendiam os sistemas e países que menos progrediam. 
CRITICAVAM os EUA, com severas censuras por manter boas relações com SOMOZA, BATISTA ou FRANCO, exatamente o que fazem hoje com FIDEL CASTRO (a quem devotam um certo amor patológico), CHÁVEZ FRÍAS, EVO MORALES, DANIEL ORTEGA, RAFAEL CORREA, ZAPATERO e demais cepa esquerdizóide latino americana.
Ainda em pleno terceiro milênio – tentam fazer prevalecer a velha linguagem neoregressiva totalitária, com chavões e jargões, teorias da conspiração e outras exumações para a realidade contemporânea:
- “Assim o requer o movimento social.  Que se obteria do povo, amordaçando-o com os princípios de honradez e de justiça?
Os homens de bem são fracos e tímidos; só os velhacos são resolutos. 
A vantagem do povo, nas revoluções, é não ter moral.
Quem pode resistir a homens, para quem todos os meios são lícitos? 
Nem uma só das antigas virtudes nos serviria.  -
A religião era a poderosa armadura da família, da moral, da propriedade, da pátria e do Estado.  -
Empreendemos a corrupção em larga escala, a corrupção do povo pelo clero e a corrupção do clero por nós; a corrupção que nos levará, um dia, a enterrar a Igreja.- O regime mais propício ao desenvolvimento da luta de classe é o regime demagógico, igualmente favorável às intrigas da finança e da revolução.- O coletivismo não é, por conseguinte, um movimento popular, nem um fim.
É um meio de destruição.
- As organizações anti-revolucionárias lutam continuamente com falta de recursos, ao passo que esta dificuldade parece não existir, para os partidos socialistas revolucionários que dispõem, aparentemente, de recursos ilimitados.
- O coletivismo (socialismo, comunismo) não é um movimento popular, nem um fim; é um meio, um magnífico meio de destruição.
- O bolchevismo é, portanto, a aplicação lógica, na Rússia, do plano a cujo desenvolvimento assiste o mundo, desde 1789.
- O princípio de igualdade, a idéia de justiça e a exaltação determinam e condicionam o princípio de revolta.  A indisciplina e a ausência de noção de autoridade favorecem a sua realização, logo que se apresenta o objeto da revolução.
- Não só um partido anti-religioso, mas também um partido de luta de classes e de revolução social, que tem por objeto a destruição do chamado ‘regime capitalista’, isto é de propriedade individual, para substituí-lo por uma sociedade coletivista ou comunista, em que os bancos, as minas, as fábricas, os meios de transporte e as terras seriam explorados pelo Estado proletário.  (in PONCINS, Léon de - 1931).
*Texto por Rivadávia Rosa, por e-mail, via resistêcia democrática

sábado, 26 de março de 2011

Petrobrás importa gasolina, de novo.

Petrobras está importando gasolina. Um caregamento chegará ao Brasil até o dia 15 de abril para garantir o fornecimento ao mercado doméstico, informou à Agencia Reuters nesta sexta-feira o diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa.
No ano passado a Petrobras importou 3 milhões de barris de gasolina de várias origens no início do ano, o que não fazia há cerca de 40 anos, em função de um mercado interno aquecido.
Costa informou que as refinarias da empresa estão trabalhando a plena capacidade e produzindo 380 mil barris diários de gasolina, totalmente absorvidos pela demanda interna.
"Estamos produzindo o máximo de gasolina em todas as nossas refinarias e se verificarmos que o estoque está abaixando e que precisa importar, iremos importar", afirmou Costa.

Brasileiro, o povo mais idiota do planeta azul

Mas, evidente que não são todos. Somente aqueles que elegeram esse governo de marionetes petistas. É claro que, os que não disseram sim aos ptralhas também têm o seu pé sujo. Não adianta dizer NÃO de quatro e quatro anos e ficar nos entrementes anuais indiferente aos rumos que estão sendo dados ao país.
Enquanto o governo "baba" manchetes na imprensa subjugada, como nesta da → Folha de São Paulo 'Arrecadação chega a R$ 64 bi' os juros continuam escorchantes, os mais altos do planeta azul, para atender a classe insaciável dos banqueiros. Aliás, o melhor negócio desse país, pois mesmo quando quebra dá lucro.
*Li no blog do Lúcio Neto 

Katia Abreu sai do DEM

Hoje a coluna de Ilimar Franco, em O Globo, informa que a senadora Katia Abreu(DEM-TO) está trocando o DEM pelo PSD. É fogo maia. Liderando uma frente suprapartidária pela aprovação do novo Código Florestal, lider da minoria no Congresso e membro de várias comissões importantes para a agropecuária, a senadora só teria perdas ao sair do partido. Fica, pelo menos por enquanto. Há, na nota plantada, uma nítida intenção de intrigar a senadora com a oposição e dar-lhe, também, uma pecha de adesista, quando informa que ela prefere Dilma Rousseff a Aécio Neves. Kátia Abreu tem sido cortejada por vários partidos e a tendência natural é que saia do DEM moribundo para uma legenda que ofereça condições para continuar defendendo um setor que representa um terço do PIB brasileiro. Se, hoje, existe um político no Brasil que esteja acima do embate situação x oposição, fazendo política para o bem do país, é a senadora do pequeno Tocantins.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Querem aniquilar a Vale?

Se você meu caro leitor tem ações da Vale e ama seu dinheiro venda o quanto antes.
O DESgoverno está de todas as formas manobrando para recolocar a empresa sob domínio do estado, uma empresa que só deu prejuízos até o dia em que foi privatizada, e dai em diante acabou se tornando a segunda mineradora do Planeta, poderá se tornar novamente o elefante branco estatal que atrasou o avanço do Brasil por décadas.
A PTralhada atrasadinha e gananciosa está de olho na mineradora, querem por que querem reverter a privatização. E só na cabeça de um primata vermelho e esquerdofrênico ainda habita a idéia do estado forte. O governo é mau gerente e isso está provado em todas as maracutaias financeiras que ele tem feito para deixar a PTrobras e Eletrobras "saudáveis". Sem contar as compras de navios que a PTrobras tem feito em estaleiros brasileiros pelo dobro do preço de mercado, apenas para garantir os empregos dos metalúrgicos que votam na camarilha vermelha.
A Vale está sendo acusada de demitir funcionários por conta da crise mundial, de cortar investimentos no país e comprar equipamentos e navios fora do Brasil. E por isso tem que ser estatizada novamente?
A desindustrialização das empresas particulares por conta da China, e dos altos impostos que demitem, que não investem, que compram fora do Brasil não é caso de atenção do DESgoverno?
O que eles querem na verdade é mais estatais para colocarem os macacos vermelhos empilhados nos cargos públicos com a unica intenção de socializar Banânia.
A Merdezuela já tem feito dessas e o que vemos é o país indo para o buraco. Agora cabe ao povo brasileiro se quer ser outra vez um país de terceiro mundo, ou quer realmente ser um dos líderes econômicos mundiais.
Se a Vale cair de novo nas mãos do DESgoverno é fatal sua quebra.
A inflação está nos rondando, os juros estão subindo, a inadimplência em alta, o emprego em desaceleração, as contas públicas estourando em TRILHÕES o caixa do país e o DESgoverno querendo estatizar novamente. Se o povo não abrir os olhos e na batida que vai, em breve teremos desabastecimento grave, aí sim quem sabe o povinho festeiro e omisso acorde.

Como Pequim deve governar o mundo

"Reforma e abertura" tem sido o mantra da China há mais de três décadas. O resultado tem sido não apenas o surgimento de uma nova superpotência econômica, mas de uma superpotência extremamente integrada à economia mundial. Uma grande questão é, então, como deveria a China usar sua influência. É uma questão que abordei no Fórum de Desenvolvimento da China, em Pequim. Meu argumento foi de que a China alcançou a grandeza e agora tem essa responsabilidade sobre seus ombros.
Esse colosso é hoje o maior exportador mundial e segundo maior importador (depois dos EUA), a menos que a União Europeia seja tratada como uma entidade unidade. A China detém os maiores superávits comercial e em conta corrente do mundo e possui um terço das reservas monetárias mundiais. Seu fluxo de poupança é o maior do mundo. É o maior importador de muitas commodities e determina os preços de muitos produtos. A influência da China é, em suma, tanto generalizada como crescente. Contudo, é também um país em desenvolvimento governado pelo Partido Comunista, combinação sem precedentes.
A China precisa desenvolver sua própria visão de como usar a sua influência. Ao fazer isso, terá de começar por uma definição de seus interesses e objetivos nacionais. O interesse da China, em minha opinião, está em um ambiente político e econômico mundial estável, pacífico e cooperativo. Somente em tal mundo poderá a China conseguir sustentar um desenvolvimento rápido.
Como deveria a China atingir seu objetivo? Em linhas gerais, a melhor maneira de fazê-lo seria mediante maior desenvolvimento do sistema mundial baseado em regras sobre uma base institucional. A alternativa óbvia seria um arranjo hierárquico, com a China no ápice. Mas tal abordagem, receio, resultaria em conflitos incontroláveis com as outras grandes potências. Com essa ideia em mente, consideremos comércio, pagamentos, finanças e recursos naturais.
Como crescente potência comercial mundial, a China é a sucessora natural dos EUA como guardiã do sistema de comércio aberto. Assim é importante que respeite normas e princípios do sistema e desempenhe um papel importante em seu posterior desenvolvimento. Como crescente potência comercial mundial, a China é a sucessora natural dos EUA como guardiã do sistema de comércio aberto. É importante, por isso, que a China respeite todas as normas e princípios do sistema e desempenhe um papel importante em seu desenvolvimento ulterior. A China deveria desempenhar um papel no sentido de levar a interminável Rodada Doha a algum tipo de conclusão. A China tem crescente interesse em proteger sua propriedade intelectual e, por essa razão, interesse correspondente em assegurar sua própria adesão a essas regras. A China também tem um forte interesse em proteger seu crescente investimento estrangeiro direto. Por essa razão, deve defender as regras de proteção dos investimentos diretos estrangeiros. Finalmente, como ator no comércio mundial, a China tem forte interesse em assegurar que os acordos comerciais regionais que cria, ou aos quais adere, sejam compatíveis com as regras mundiais.
Quanto aos pagamentos, a questão imediata diz respeito aos desafios criados, para a China e seus parceiros, em decorrência de seus enormes comércio e superávits em conta corrente. Felizmente, a própria China reconhece que o resultado revelou-se, internamente, desestabilizador. Chen Demin, ministro do Comércio da China, declarou recentemente que o objetivo agora é "estabilizar as exportações, ampliar as importações e reduzir o superávit". Além disso, acrescentou ele: "Espera-se que, neste ano, as importações cresçam mais rápido do que as exportações. A participação do superávit comercial no PIB poderá ficar abaixo de 3,1%, inferior à de 2010". De fato, os superávits comerciais chineses, embora ainda enormes, são cerca de metade do que eram antes da crise.
A China certamente reconhece que o acúmulo de enorme créditos soberanos sobre passivos externo "seguros" deve ser igualado por uma oferta correspondente. Infelizmente, a contrapartida da demanda é, hoje, a desestabilização dos déficits fiscais e externos dos EUA. A China pode ajudar a si mesma acelerando a liberalização das saídas de capital e aumentando a flexibilização cambial.
Além disso, a China precisa desenvolver uma estratégia para uma reforma do sistema monetário mundial coerente com a administração da interface entre seu desenvolvimento interno e a estabilidade mundial. Uma iniciativa desejável seria no sentido de maior coordenação da administração do câmbio com outras economias emergentes orientadas para exportações. É também de interesse da China garantir uma acomodação pragmática com seus parceiros nas discussões no Grupo das 20 principais economias. Isso deveria ter como foco indicadores de desequilíbrio, métodos de ajuste e provisão de liquidez para países em dificuldades.
No terreno financeiro, os objetivos chineses deveriam ser: primeiro, criar um sistema doméstico capaz de apoiar seu próprio desenvolvimento econômico; em segundo lugar, ajudar a promover um sistema mundial que fortaleça uma economia mundial razoavelmente estável; e, terceiro, proteger o primeiro dos excessos do segundo. Para conseguir essa difícil harmonização, as políticas chinesas deveriam pautar-se pelo entendimento de que, no longo prazo, seu sistema financeiro será o centro de irradiação do mundo financeiro mundial. Mas a transição para a plena integração não será apenas demorada, como também complexo e tensa, e a plena integração do setor bancário será particularmente perigosa.
Finalmente, abordemos o acesso aos recursos naturais. Pela primeira vez em sua longa história, a China é dependente do acesso a importações de matérias-primas industriais. Os chineses já são os maiores importadores mundiais de matérias-primas. Para a China, uma política nessa área é, potencialmente, da maior importância. Seu interesse imediato é obter acesso aos recursos naturais do mundo em termos favoráveis. Os chineses decidiram, muito razoavelmente, usar seu capital e mão de obra baratos para assegurar esse objetivo. Isso é não apenas de interesse da própria China, como também dos outros consumidores. Uma vez que os recursos naturais têm preços mundiais, qualquer aumento na oferta é para benefício de todos os consumidores.
Ainda assim, seria útil se um consenso pudesse ser alcançado em termos de investimentos e do comércio de recursos naturais. Um objetivo deve ser o de assegurar que os países exportadores de commodities - especialmente os pobres, com limitada capacidade de governança - beneficiem-se do investimento estrangeiro e das exportações de recursos naturais. A China será um ator central na consecução de tais acordos. Acima de tudo, o mundo precisa de um consenso em torno da convicção de que o princípio subjacente precisa continuar sendo o de livre comércio em mercados mundiais abertos. Os preços precisam ser definidos em competição mundial com, naturalmente, a possibilidade de contratos de longo prazo.
À medida que a China cresce, seu impacto no mundo se expande exponencialmente. É preciso conciliar os imperativos de seu rápido desenvolvimento com a necessidade de ter plenamente em conta seu impacto no mundo. Os chineses terão de desenvolver sua própria agenda, uma agenda que assegure seus objetivos vinculados a um rápido desenvolvimento doméstico e estabilidade externa. Não será fácil. A China não tem alternativa.
*Texto de Martin Wolf ,editor e principal comentarista econômico do Financial Times (http://bit.ly/hBn7Ye)

Pode vir por aí o “PV do B” ou “Partido da Marina”

Pelo visto, pode surgir o PV do B a qualquer momento. Marina Silva divulgou um texto nesta quinta em que faz severas críticas ao presidente do partido, José Luiz Penna (SP), acusado de sufocar a democracia partidária e de prorrogar o próprio mandato. Naquele estilo característico, escreve:
“Se deixarmos de lado a renovação política dentro do partido, acabou-se a moral para falar de sonhos, de ética, de um mundo mais justo e responsável com o meio ambiente. Podemos até continuar falando, mas soará falso, como voz metálica de robô.”
O texto de Marina vale por um “ou eu ou ele”. A ex-senadora poderia deixar o partido, junto com o seu grupo, e fundar um novo partido de matriz… verde! Certamente a Natura a acompanharia.
*Texto por Reinaldo Azevedo

Petistas roem-se de raiva: Dilma cria órgão que cederá aeroporto à iniciativa privada

A presidente Dilma Rousseff criou a Secretaria de Aviação Civil com poderes para transferir à iniciativa privada o direito de explorar os aeroportos.

. Vinculada à Presidência, terá status de ministério e foi criado por medida provisória numa edição extra do "Diário Oficial da União". Toda a estrutura da aviação civil, hoje sob o Ministério da Defesa, será transferida para a secretaria. Ela responderá por Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e Infraero (que administra os principais aeroportos). A presidente decidiu mandar a MP ao Congresso mesmo sem ter o nome do titular da pasta.
Os petistas, mais a esquerda, que adoravam o discurso estatizante da campanha, ficaram decepcionados porque a decisão soou como uma confissão, pelo governo, da incapaciade do Estado em gerir atividades econômicas.
*Li na Folha de São Paulo

quinta-feira, 24 de março de 2011

A TV cubana e Yoani Sanchez

Houvéssemos contratado uma agência de promoção ou um publicitário hábil que difundisse o trabalho dos blogueiros alternativos, provavelmente não haveríamos conseguido um reconhecimento tão amplo da nossa existência - até o interior de Cuba – como o conseguido graças ao programa sobre a “Ciberguerra”, exibido pela televisão oficial na segunda-feira passada. O resultado palpável é que o meu telefone não para, fiquei afônica de tanto falar com a gente que vem me exibir sua solidariedade e meus óculos escuros - grandes como olhos de coruja – já não são suficiente camuflagem para passar despercebida na minha cidade. A cada poucos metros as pessoas se achegam nas ruas, brindam-me com suas palavras de ânimo e até abraços apertados, desses que tiram a respiração.
O que está ocorrendo nesta Ilha em que os “apedrejados” por insultos oficiais tornaram-se tão sedutores? Onde ficaram aqueles tempos em que uma ofensa nos meios estatais representava anos e anos de ostracismo e satanização? Quando foi que terminou a ira espontânea contra os caluniados, o punho sincero sobre o rosto do estigmatizado? Juro que não estava preparada para isto. Imaginei que 24 horas depois da série de mentiras ditas nesse êmulo de Big Brother todos se afastariam, olhariam para a teia de aranha na parede quando eu passasse. Contudo, tornou-se tão diferente: a piscadela cúmplice, a palmada no ombro, o orgulho dos vizinhos porque certa mulherzinha tranqüila e débil, que vive no décimo quarto andar, parece ser o inimigo público número um – ao menos durante esta semana – até que apareça o próximo a ser apedrejado.
E não sou a única. Quase todos os outros blogueiros que apareceram em imagem e nome na “telenovela do MININT” estão passando por situações parecidas. Vendedores no mercado agrícola que lhes dão uma fruta ao passarem e taxistas coletivos que lhes dizem: “você não paga hoje senhor, vai pra casa”. Se os roteiristas desse tribunal televisivo houvessem calculado resposta semelhante a nível popular, acredito que teriam evitado mostrar nossos rostos na televisão. Porém já é tarde. A palavra “blog” agora está irremediavelmente ligada a nossos rostos, colada na nossa pele, associada com nossos gestos, atada as inquietações populares e se tornou sinônimo dessa zona proibida da realidade que é a cada dia mais magnética e mais admirada.

Desmesura.

A explicação de que Lula recusou o convite para o almoço com Obama para não "ofuscar" Dilma além de presunçosa é falaciosa. Pela própria composição do cerimonial não há "ofuscação" possível: quem aparece ao lado do convidado o tempo todo é a atual e não o ex-presidente.
Faz mais sentido a impressão geral de que Lula não foi para não ser "mais um" entre outros ex-presidentes. E para não passar pelo constrangimento de ouvir sem compreender a conversa na mesa, da qual fazia parte Fernando Henrique Cardoso.
Se o ex-presidente queria se fazer notar pela ausência, tornou-se percebido pela descortesia.
Não surpreendeu.
*Alvaro Pereira de Cerqueira, por e-mail,via resistencia democrática

Os petistas que copiavam...e clonavam.

Sérgio Pardellas, na IstoÉ:
Os irmãos do PT mineiro Weliton Prado e Elismar Prado, o primeiro deputado federal e o segundo estadual, haviam conseguido, aparentemente, um feito digno de louvor. Estreantes em suas respectivas Casas Legislativas, ambos foram considerados recordistas em apresentação de projetos de lei no início de ano. Na Câmara Federal, Weliton protocolou 114 propostas. Elismar superou o irmão. Formulou nada menos do que 243 projetos de lei, o que representa até agora 45% do total apresentado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Em razão disso, concederam inúmeras entrevistas e ocuparam o centro dos holofotes.
Mas o que, à primeira vista, parecia uma demonstração de criatividade e uma preocupação demasiada em tomar iniciativas em benefício de seus eleitores, agora se revela uma fraude. Cerca de 80% das proposições dos irmãos Prado não são originais, embora anunciadas pelos seus autores como se fossem. Foram plagiadas e representam cópias perfeitas de projetos de outros parlamentares. Muitas propostas clonadas pertencem a deputados reeleitos e com os quais os irmãos Prado dividem o mesmo plenário. “Eu nunca tinha visto coisa parecida”, surpreende-se Mozart Vianna, que foi secretário-geral da Mesa da Câmara por 20 anos e hoje trabalha no gabinete do senador Aécio Neves (PSDB-MG).
No dia 3 de fevereiro, Weliton apresentou proposta que determina a fixação da bandeira brasileira na fachada dos edifícios públicos. Ocorre que esse projeto, que alcançou grande repercussão na mídia no ano passado, é da lavra do deputado reeleito e colega de Weliton na bancada governista Sandro Mabel (PP-GO). O petista mineiro também não se constrangeu em clonar projetos do deputado Aelton Freitas (PR-MG), entre eles o que concede isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a veículos adquiridos por prefeituras. Procurado por ISTOÉ, Weliton alegou que ocorreu um problema no sistema de autenticação de matérias de seu gabinete. “Os equívocos já estão sendo corrigidos”, garantiu. O curioso é que, apesar de trabalharem em gabinetes separados por pelo menos 700 quilômetros, e certamente utilizarem computadores e sistemas diferentes, Weliton e Elismar adotam o mesmo modus operandi. Fazendo jus ao DNA do irmão, Elismar, em Minas Gerais, apresentou projetos idênticos aos dos deputados Domingos Sávio (PSDB) e Padre João (PT). Uma das propostas clonadas por Elismar foi considerada inconstitucional em legislaturas passadas: a que obriga as seguradoras a comunicar ao Departamento de Trânsito todos os sinistros de veículos registrados quando houver perda total.
A clonagem de propostas e a reapresentação de projetos já reprovados pelas comissões contribuem para manchar ainda mais a imagem do Legislativo. Além de denotar o despreparo e a esperteza de alguns parlamentares, o procedimento entulha o Legislativo de matérias e acaba atrapalhando a tramitação de outros textos. “O cara só está pensando na quantidade, não na qualidade”, reclama o deputado Arnaldo Faria de Sá, que apresentou uma “questão de ordem” sobre o assunto. “A Mesa da Câmara precisa tomar providências”, disse à ISTOÉ. “No Brasil, não precisamos de mais leis. Precisamos de homens públicos que observem as leis existentes. Tem que se observar o conteúdo e não a forma”, prega o ministro do STF, Marco Aurélio Mello. Mas, pelo visto, a moda pegou. Embora sejam os campeões de propostas, e plágios, os irmãos Prado não foram os únicos a lançar mão desse expediente na atual legislatura. Os deputados Sandes Júnior (PP-GO) e Roberto de Lucena (PV-SP) fizeram o mesmo. “Nem sei o que falar. É uma pena. Vai ver que ele foi mal assessorado”, disse a deputada Rebecca Garcia (PP-AM), que teve um projeto plagiado por Lucena. Desde o início da nova legislatura no Congresso, já foram apresentados pelos parlamentares 777 projetos de lei. Graças à iniciativa dos copiões, a quantidade clonada já representa quase metade dos projetos.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Escassez de políticos confiáveis

São Paulo, Estado mais rico da federação, não possui quadros políticos que ombreiem sua pujança econômica. Se não bastassem a tibieza dos tucanos Serra e Alckmin, vem agora o Kassab mostrar que também é um fraco.
A esperança dos brasileiros (44 milhões de eleitores) que não compactuam com as bandalheiras petistas estavam depositadas em São Paulo. Mas falta um líder de coragem, probo, para comandar uma frente contra esse partido fascista que está destruindo o Brasil.
Como pernambucano, lamento a fragilidade política de São Paulo e por isso prevejo que essa  personalidade surgirá novamente no Nordeste, apesar de todo o preconceito contra nossa região. Mas aqui ainda existe gente de coragem. São Paulo capitulou.
* Sergio Villaça, por e-mail, via resistência democrática

terça-feira, 22 de março de 2011

Justiça Federal decide contra terrorista

A Justiça Federal concedeu no dia 5 de Março, uma liminar para suspender a anistia ao ex-guerrilheiro comunista Carlos Lamarca.
Autor da ação, o Clube Militar do Rio pediu a anulação da portaria do ministro da Justiça,Tarso Genro, que concedeu anistia política post-mortem ao capitão Carlos Lamarca - com promoção ao posto de coronel e proventos de general-de-brigada, além de reparação econômica no valor de R$ 902.715,97, em favor de sua viúva, Maria Pavan Lamarca.
Em julho, a comissão de anistia do Ministério da Justiça havia concedido indenização de R$ 300 mil à viúva e aos filhos de Lamarca pelos dez anos em que estiveram exilados em Cuba. Com a promoção post-mortem, a viúva Maria Pavan Lamarca passaria a receber do Ministério da Defesa uma pensão de R$ 12 mil, correspondente ao montante pago para um general de brigada, do Exército..
A juíza Claudia Maria Pereira Bastos Neiva acatou a alegação do Clube Militar, de que Lamarca não poderia ser beneficiado pela lei de anistia porque desertou do Exército para entrar na luta armada contra o regime militar.
Além disso, em seu despacho, a juíza considerou "altamente questionável a opção política de alocação de receitas para pagamento de valores incompatíveis com a realidade nacional, em uma sociedade carente de saúde pública em padrões dignos, deficiente na educação publica, bem como nos investimentos para saneamento básico, moradia popular e segurança".
A liminar suspende os pagamentos e os benefícios indiretos, inclusive a promoção a general-de-brigada, até o julgamento do mérito da ação, ainda sem data definida. Os autores argumentam que, conforme o Decreto 3.998 , de 5 de novembro de 2001, só será promovido post-mortem o oficial que, "ao falecer, satisfazia as condições de acesso e integrava a faixa dos oficiais que concorriam à promoção pelos critérios de antiguidade ou de merecimento".
Sustentam, assim, que o Conselho de Anistia não pode fazer a promoção, mesmo com o referendo do ministro da Justiça.
Lamarca, que servia num quartel de Quitaúna, em Osasco, quando desertou do Exército para entrar na luta armada, foi comandante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), da Var-Palmares e do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), pelos quais combateu no Vale do Ribeira (SP) e no sertão da Bahia, onde foi emboscado e morto por tropas do Exército, em setembro de 1971.
*Fonte: Site do Reinaldo Azevedo

Casa de ferreiro...

Criado com a missão de analisar a conduta e o decoro dos colegas, o Conselho de Ética da Câmara tem parte dos seus integrantes com problemas na Justiça. Levantamento feito pelo Congresso em Foco mostra que 20% dos membros do colegiado enfrentam inquéritos e ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF). Juntos, eles somam 19 processos no Supremo. É a mais alta corte do país que tem a prerrogativa de investigar e julgar deputados federais e senadores.
A nova composição do Conselho de Ética, formada por 15 deputados titulares e 15 suplentes, foi instalada na última quarta-feira (16). Os parlamentares já têm uma missão: analisar o caso envolvendo a colega Jaqueline Roriz (PMN-DF). No início do mês, veio à tona um vídeo onde ela aparece, junto com o marido, recebendo R$ 50 mil das mãos de Durval Barbosa, delator do esquema de propina que deu origem à Operação Caixa de Pandora.
Após a instalação do conselho, o site fez uma busca pelo nome de cada parlamentar no acompanhamento processual do Supremo. É possível procurar também pelo número do processo e de protocolo, e pelos advogados. Somente ações que tramitam em segredo de Justiça não aparecem na consulta. A partir daí, foi possível identificar que seis deputados são investigados e até mesmo réus no Supremo. Somente inquéritos e ações penais ativos entraram na lista.
Entre os enrolados com a Justiça, o deputado que tem o maior número de processos é Abelardo Camarinha (PSB-SP). Tramitam atualmente na corte, de acordo com a pesquisa, quatro ações penais, onde ele já é réu, e nove inquéritos, em fase de investigação. A maior parte dos casos está dentro da classificação direito penal. São processos envolvendo crimes de responsabilidade, crime da Lei de Licitações, crimes de imprensa, crime ambiental e até crime contra a honra.
* Leia mais em Congresso em foco

Fracasso do socialismo na Venezuela

Tenho amigos na Embrapa que têm ido à Venezuela, para repassar tecnologia de ponta em unidades de produção organisadas em moldes rigorosamente socialistas e com fartos recursos, com toda tecnologia material possível e existente. O princípio é o "de cada um conforme sua capacidade" e a cada um de modo igualitário. Ou seja, todo mundo recebe a mesma coisa, independente da capacidade de trabalho individual. Pois bem, é um fracasso total. Os amigos prevêem um colapso na "soberania alimentar" venezuelana. Quanto mais "socialista" o setor, maior o fracasso.Quero lembrar que, diante do fracasso da experiência socialista na Rússia e leste Europeu, as viúvas do regime, inconformadas, inventaram a seguinte teoria para justificar o fracasso, para manter a crença de que a ideologia é correta, a prática é que foi inadequada. Pois bem, afirmam que o regime só deve ser ocorrer nos países que estão na última fase do sistema capitalista, ou seja, nos países desenvolvidos: inglaterra, França, Alemanha, US... O comunismo na Rússia teria sido , então, um erro da prática, e não da teoria....Entretanto, na Venezuela está se dando o mesmo "passo errado" dado na Rússia, pois essa Nação é, em todos os níveis, subdesenvolvida, apesar de seu petróleo. A questão é que a ideologia marxista -leninista é onipotente e satisfaz necessidades subjetivas, psicológicas de pessoas com graves sentimentos de insignificância, vindo então a onipotência da ideologia tapar esse defeito no Ego de seus militantes. Ser um ditador ou simplesmente apoiar uma ditadura qualquer é pouco para tais pessoas. Elas têm que aderir a uma ditadura, a um pensamento onipotente. Mandarei um artigo "Shakespeare, Freud e as loucuras do poder", tentando aprofundar essa leitura.
* Valfrido Medeiros Chaves, por e-mail, via resistência democrática

Golpe de mestre: Aécio aniquila o que resta da oposição brasileira

O PSD nasce morto e o DEM comete haraquiri.  O que era um partido moribundo vira em dois em estado de coma. É o resumo da ópera. Diz a rádio corredor que o" maestro" Aécio Neves (PSDB-MG) atinge,assim, os seus objetivos.
Sai o DEM da influência dos tucanos paulistas, esfacelando o poder de barganha do partido no maior colégio eleitoral do país, mas na massa falida o que mais interessa: o tempo de TV.
As raposas estão soltas. Que se cuidem quem tem galinhas...

segunda-feira, 21 de março de 2011

Avaliação de Kassab despenca em pesquisa do Ibope

Adaptação da charge de BIRA
A aprovação da gestão de Kassab (DEM) foi fortemente abalada no último ano, segundo dados da pesquisa Ibope, encomendada pelo movimento Nossa São Paulo. A pesquisa foi realizada em dezembro de 2009 e os resultados foram divulgados na manhã desta terça-feira, 19.
Em relação à pesquisa anterior, de novembro de 2008, passou de 12% para 26% a quantidade de pessoas que avalia a administração municipal como ruim ou péssima. Dentre os que a consideram ótima ou boa, o percentual caiu de 46% para 28%.
Os números coincidem com a queda nos índices de outros indicadores de bem-estar na cidade. Por exemplo, aumentou de 6% para 28% a quantidade de pessoas que afirma temer alagamentos.
Também apresentaram altas o receio em relação ao trânsito (16% para 18%), atropelamentos (7% para 13%), assaltos ou roubos (57% para 65%) e torcidas de futebol (6% para 11%).  ( Fonte: Estadão)
COMENTO: O prefeito de São Paulo, na ânsia de partir para os braços de Dilma Roussef, fundando um partido e caindo fora do DEM, negligenciou de suas funções como gestor público.
O vôo de Kassab é um vôo de galinha: Não vai mais do que alguns centimetros a um palmo do solo. É claro que Kassab tem votos e prestígio político, mas não sózinho.
Os caciques do PT e do PSB não vão abrir mão de suas prerrogativas e status dentro de seus partidos, para abrir espaços de grande amplitude ao neo dilmista. Sua presença será para somar, mas não usufruirá da "divisão". Ao contrário, terá que se esmerar para espalhar benesses aos "novos colegas" e, para isso, terá que dividir  bolo da Prefeitura de São Paulo, alvo dos petistas famintos de poder. E não seja surpresa se, ao conquistar a prefeitura de São Paulo, os neo "cumpanhêros" de Kassab lhe aplicarem um belo pé-na-bunda.

Saia justa ministerial

A promoção de um encontro entre empresários brasileiros e americanos, com Barack Obama, quase causou um incidente diplomático.
Os agentes de segurança, presentes ao evento, condicionaram o acesso dos participantes a uma revista eletrônica, comum em eventos com o presidente americano.
Ao contrário dos demais presentes, alguns ministros brasileiros, que se fizeram presentes para assistir o evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria, queriam se recusaram a revista.
Não adiantou, tiveram que se submeter ao procedimento. Mas, para fazer charme, alegaram protestar e se retiraram após “fazer presença”.
Lobão, Mercadante, Paulo Bernardo, Fernando Pimentel e Guido Mantega se retiraram do recinto mas ninguém sentiu falta. E ninguém, além deles, protestou. Somente eles se acharam mais importantes e acima de qualquer suspeita.É, pode ser!

A "lealdade" de Lula

domingo, 20 de março de 2011

Lua de mel

O jornal Folha de São Paulo, está em lua de mel com o governo Dilma. Abrindo espaços generosos para a "presidenta", elaborando pesquisa de aprovação popular na "hora certa" e "metendo o malho" nos seus opositores, a Folha demonstra, cada vez mais, agir como se fora um veículo "chapa branca".
O jornal parece que agora abraçou a causa de Kassab e abre generosos espaços para que ele critique a forma do DEM se "opor" à Dilma.
A Folha, é certo, não mudou muito, mas Kassab " quanta diferença!"

O negro, a mulher e o circo

Por Guilherme Fiuza:
Os intelectuais de esquerda estão confusos. Com a visita do presidente dos Estados Unidos ao Brasil, está difícil escolher o tema do manifesto contra alguma coisa. Obama é negro e yankee. E agora? Com Bush a vida era muito mais fácil. Bastava copiar um dos panfletos do cineasta Michael Moore, maldizer o poder dos brancos, corpulentos e egoístas, e sair para o abraço no Teatro Casa Grande. Mas esse imperialista negro e magro é uma dor de cabeça para os indignados. O dicionário dos progressistas entrou em curto. Isso só pode ser coisa da CIA.
O governo do PT estava tranquilo até outro dia, fazendo carinho em Kadafi para libertar o mundo das garras yankees. Aí veio a realidade - essa entidade alienada - atrapalhar o conto de fadas revolucionário. No mesmo momento em que exaltar o ditador líbio se tornou uma coisa, por assim dizer, meio cafona, o presidente americano resolve baixar no Brasil. Para bagunçar ainda mais os estereótipos, Obama tem origem árabe - o que na cartilha da esquerda é sinônimo de bonzinho. Que palavra de ordem gritar para um monstro do bem?
A militância petista decidiu, por via das dúvidas, vaiá-lo. Afinal, acima das atenuantes politicamente corretas, o homem é o chefe da Casa Branca. Não dá para ser condescendente com um inimigo do companheiro Fidel. Mas essa decisão provocou um racha no partido. O governo popular já tinha decidido que, em lugar do velho rosnado terceiro-mundista, seria melhor seguir a linha da apoteose do oprimido: o encontro triunfal da primeira presidente mulher com o primeiro presidente negro.
Aí as vaias de partidários de Dilma a Obama iam estragar o enredo. Mas as bases do PT no Rio de Janeiro sustentaram que não dava para ver um presidente americano passar sem protestar. A direção do partido então resolveu a parada. Deixou de lado a conversa de liberdade para as minorias e, enchendo o companheiro Fidel de orgulho, baixou a censura de opinião para todos os filiados. Mais democrático do que isso, só se mandasse os dissidentes passarem o fim de semana em Teerã, para um workshop com o camarada Ahmadinejad sobre radioatividade.
Tudo pela tolerância - desde que com as coisas certas. Recentemente, um grupo de negros protestou nas ruas do Rio contra um bloco carnavalesco que homenageava Monteiro Lobato. Isso é tolerável. As "Caçadas de Pedrinho" não estão protegidas por lei, podem ser avacalhadas à vontade. Mas se alguém reagir a quem as está avacalhando pode ir preso. Reduzir um clássico da literatura a uma pinimba ideológica não é crime. Segundo os valores do Brasil de hoje, o que cada um faz ou pensa pode não ser tão importante quanto a cor da sua pele. Cuidado com quem você vaia.
O presidente da nação mais poderosa do mundo é, antes de tudo, um negro - pelo menos segundo a moderna ditadura dos estereótipos progressistas. E o grande projeto do novo governo brasileiro é ser chefiado por uma "presidenta", ordenhando essa panaceia sexista até a última gota. Ninguém sabe direito o que faz ou pensa Dilma Rousseff, mas na era do slogan o que importa é a excitação do imaginário. Talvez por isso, um governo prestes a completar três meses de vida sem um único projeto relevante gaste os tubos com proselitismo feminista.
No Dia Internacional da Mulher - a data mais machista do calendário mundial -, o governo federal veiculou na TV uma propaganda diferente. Mostrava uma menina mulata em variadas situações de brincadeiras infantis. E uma locutora dizendo que, no Brasil de hoje - o da "presidenta", bem entendido -, ela poderá ser o que quiser quando crescer. Espera-se que possa mesmo. De preferência, tendo ideias próprias, e não carregada na carona de algum padrinho populista.
Duas mulheres foram escaladas para receber Obama, o negro, em sua chegada a Brasília. As duas diplomatas infelizmente não são negras, mas o respeitável público há de perdoar essa gafe. Se elas declararem que não gostam de Monteiro Lobato, fica tudo certo. Como se vê, a cota de criatividade das "ações afirmativas" na recepção brasileira ao presidente americano não tem limites. Mulheres e negros jamais serão os mesmos depois de todo esse folclore politicamente correto. Espera-se que não gastem todas essas esmolas morais em cachaça. Melhor psicanálise.
No aquecimento para o grande circo das minorias, Dilma recebeu a cantora Shakira. Fez pose com o violão que ganhou da colombiana para combater a pobreza. O feminismo não poderia prescindir dessa imagem. Mas se o negócio é vender símbolos, está faltando uma foto com a Bruna Surfistinha. Ela não é militante, nem engajada, mas pelo menos é sincera.
E não ganha a vida com slogans.

sábado, 19 de março de 2011

Eles e ela

Numa foto histórica, Dilma tem a sua direita dois homens que mudaram o país, para melhor, estabelecendo a estabilidade e desenvolvimento que vemos até hoje.
À sua esquerda, dois homens que em nada contribuiram para o desenvolvimento e progresso do país. Um mantém sob seu jugo a política do Estado, eternamente, mais pobre do país. Outro, que representa e nada faz para desengessar a economia do segundo mais miserável Estado do país, envergonhou a nação a ponto de ser enxotado, pelo povo e seus representantes, da Presidência da República.

Estilo japonês

Na Folha.com:
Passados já tantos dias da tragédia que se abateu sobre o Japão, permanecem impressionantes tanto as novas imagens que surgem do momento mesmo do avanço do mar sobre gentes e casas e tudo o mais quanto a paz e a ordem que reina no país.
São quase sufocantes as imagens e depoimentos que podem ou ser considerados de gente extremamente ordeira e civilizada, ou de gente passiva e conformada.
Das filas imaculadas para receber alimento e ajuda à limpeza de ruas onde não existem mais cidades, tudo remete a uma ordem, a uma arrumação, a uma disciplina que soa paradoxal e no mínimo incômoda para nós outros, latinos facilmente descontrolados.
Isso é o que mais impressiona nos relatos que chegam: a falta de revolta. Seja da mulher que diz não se impressionar com nada daquilo porque já viveu o inferno nuclear sobrevivendo à bomba de Hiroshima, seja da filha do trabalhador que aceitou a tarefa de salvar o reator nuclear destroçado como se aquilo fosse a sua sentença de morte, seja da rodinha de desabrigados cozinhando sob a neve e o frio inclementes.
Curioso, este povo, que aparentemente está a esperar que alguém resolva o problema que é de todos, como se o problema não fosse responsabilidade de ninguém.
Certo, o terremoto e a onda gigante não são mesmo, mas, e os reatores nucleares em colapso? E a decisão de construir esses reatores em áreas sujeitas a terremoto --todo o Japão, aliás? E a falta de informações corretas sobre o que está acontecendo e sobre os verdadeiros perigos para a população?
Estive duas vezes no Japão, tenho muitos amigos por lá e não há dúvida de que o que é no mínimo peculiar a ordem e a hierarquia reinante em todo e qualquer canto. Um país lindo, de cultura milenar absolutamente respeitável, povo cordato e generoso, ao menos com seus visitantes temporários --os depoimentos dos dekassguis não atestam isso-- encantam a qualquer um.
Mas tudo obedece a uma rigidez mandatária severíssima, em que como numa onda todos temem profundamente os que estão hierarquicamente acima de si.
Insurgir, revoltar, questionar não estão no repertório sobretudo dos funcionários das empresas que garantem ao Japão o posto de segunda economia do planeta (agora dizem que é a China a segunda, mas tudo bem...). Uma organização severa que contamina o dia dia das pessoas e, mais surpreendente, até mesmo a mídia.
O Japão sempre foi exemplo para o Ocidente no que se refere a recuperação, superação e conquistas.
Mas permanece sendo um mistério quanto ao temperamento de seu povo. Povo, aliás, que neste momento merece a mais respeitosa solidariedade.
Solidariedade ao povo japonês é o que pretende prestar a celebração multi-religiosa que ocorre neste domingo (20), na Igreja de São Gonçalo, praça João Mendes, centro de São Paulo.
Estão convidados "todas as pessoas de todas as crenças e sem crença que queiram se reunir em prol das vítimas dos terremotos, tsunami e perigos nucleares, solidarizando-se com o povo japonês e com todo o povo da Terra", avisa a monja budista Coen Souza, que participará da celebração.