Prefeito é acusado de formar quadrilha com a mulher e os três filhos para desviar dinheiro público
Com 71 anos de idade, o prefeito de Barra do Corda (MA), Manoel Mariano de Sousa, o Nenzim, até hoje não aprendeu a separar o público do privado. Eleito pelo Partido Verde, ele é acusado pela Polícia Federal de liderar uma quadrilha que desviou pelo menos R$ 50 milhões dos cofres públicos, em dois mandatos. A quadrilha de Nenzim tem um perfil familiar. Ele foi ajudado pela esposa, Francisca Teles de Sousa, a Santinha, e por três filhos que teriam participado das falcatruas com um bando de laranjas. No início de fevereiro, Nenzim e Santinha tiveram de fugir para não serem presos. Seus advogados conseguiram, porém, um habeas corpus no STJ que os mantêm soltos até hoje. A Polícia Federal apreendeu com o grupo um avião, um helicóptero, vários carros (Pajero, Hilux e Honda CRV), joias e relógios Rolex. “O crime principal é o de lavagem de dinheiro”, disse o superintendente em exercício da PF no Maranhão, Eugênio Ricas. “O prefeito não tem como explicar a evolução patrimonial gigantesca em tão pouco tempo.”
Um dos filhos de Nenzim investigados por pertencer à quadrilha é o secretário de Finanças do município, Pedro Alberto Teles de Sousa. Ele chegou a ser preso com sua irmã, Sandra Maria, mas ambos acabaram libertados por força de uma liminar do STJ. O terceiro filho acusado é o deputado estadual Rigo Teles (PV). Embora declare que só tem o mandato de deputado como ocupação, Rigo aumentou seu patrimônio declarado em 154%, passando de R$ 2,2 milhões em 2006 para R$ 5,6 milhões em 2010. No grupo de apoio, segundo a PF, ainda despontam, entre meia dúzia de laranjas, a nora e o genro de Nenzim, que teriam emprestado seus nomes para negócios escusos. Para lavar o dinheiro desviado, o prefeito fazia saques em espécie na conta da própria prefeitura. Esses saques começaram a ser feitos em 2003 e envolviam quantias entre R$ 100 mil e R$ 150 mil.
Na conta conjunta de Nenzim e Santinha foram movimentados R$ 5,9 milhões, de 2003 a 2007. Entre 2008 e 2009, houve saque de R$ 6,7 milhões. Pela conta de uma microempresa em nome de Santinha e da filha circularam R$ 17,4 milhões entre 2008 e 2010. Há grandes cifras transitando também pelas contas do Partido Verde no município. Para os delegados, a maior prova de que Nenzim desviou dinheiro está nos cartórios da cidade. Um levantamento inicial enumerou 100 imóveis no nome do prefeito, embora na declaração apresentada ao TSE só estejam incluídos cinco imóveis.
Com 71 anos de idade, o prefeito de Barra do Corda (MA), Manoel Mariano de Sousa, o Nenzim, até hoje não aprendeu a separar o público do privado. Eleito pelo Partido Verde, ele é acusado pela Polícia Federal de liderar uma quadrilha que desviou pelo menos R$ 50 milhões dos cofres públicos, em dois mandatos. A quadrilha de Nenzim tem um perfil familiar. Ele foi ajudado pela esposa, Francisca Teles de Sousa, a Santinha, e por três filhos que teriam participado das falcatruas com um bando de laranjas. No início de fevereiro, Nenzim e Santinha tiveram de fugir para não serem presos. Seus advogados conseguiram, porém, um habeas corpus no STJ que os mantêm soltos até hoje. A Polícia Federal apreendeu com o grupo um avião, um helicóptero, vários carros (Pajero, Hilux e Honda CRV), joias e relógios Rolex. “O crime principal é o de lavagem de dinheiro”, disse o superintendente em exercício da PF no Maranhão, Eugênio Ricas. “O prefeito não tem como explicar a evolução patrimonial gigantesca em tão pouco tempo.”
Um dos filhos de Nenzim investigados por pertencer à quadrilha é o secretário de Finanças do município, Pedro Alberto Teles de Sousa. Ele chegou a ser preso com sua irmã, Sandra Maria, mas ambos acabaram libertados por força de uma liminar do STJ. O terceiro filho acusado é o deputado estadual Rigo Teles (PV). Embora declare que só tem o mandato de deputado como ocupação, Rigo aumentou seu patrimônio declarado em 154%, passando de R$ 2,2 milhões em 2006 para R$ 5,6 milhões em 2010. No grupo de apoio, segundo a PF, ainda despontam, entre meia dúzia de laranjas, a nora e o genro de Nenzim, que teriam emprestado seus nomes para negócios escusos. Para lavar o dinheiro desviado, o prefeito fazia saques em espécie na conta da própria prefeitura. Esses saques começaram a ser feitos em 2003 e envolviam quantias entre R$ 100 mil e R$ 150 mil.
Na conta conjunta de Nenzim e Santinha foram movimentados R$ 5,9 milhões, de 2003 a 2007. Entre 2008 e 2009, houve saque de R$ 6,7 milhões. Pela conta de uma microempresa em nome de Santinha e da filha circularam R$ 17,4 milhões entre 2008 e 2010. Há grandes cifras transitando também pelas contas do Partido Verde no município. Para os delegados, a maior prova de que Nenzim desviou dinheiro está nos cartórios da cidade. Um levantamento inicial enumerou 100 imóveis no nome do prefeito, embora na declaração apresentada ao TSE só estejam incluídos cinco imóveis.
Um dos aviões apreendidos pela PF, um bimotor EMB810-C, estava registrado no nome de Moacir Mariano Silva, apontado como laranja. Silva mora numa casa de taipa, mas, com renda mensal de R$ 1,2 mil, emprestou sua conta bancária para Pedro Teles movimentar R$ 4,5 milhões em 2008 e 2009, segundo relatório do Coaf. O deputado Rigo Teles assumiu ser proprietário do avião, mas a aeronave não aparece em sua gorda declaração de bens. Já o helicóptero apreendido estaria em nome de uma enfermeira que é sobrinha do deputado Rigo Teles. O prefeito já havia sido condenado no ano passado a devolver R$ 1,6 milhão aos cofres públicos e pagar multa de R$ 70 mil, em quatro processos do TCU, por irregularidades em obras públicas no pobre município de Barra do Corda.
*Texto por Hugo Marques, na IstoÉ.
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