O vazamento de documentos secretos do âmbito das investigações da Operação Lava Jato tem desconcertado os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do governo Dilma. O caso mais recente foi o do banqueiro André Esteves, que teve acesso a documentos sigilosos da delação premiada do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, que vinha sendo negociada com a Justiça. André Esteves, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e do advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, foram presos na quarta-feira (25) sob a acusação de tentarem obstruir as investigações.
Como informa a coluna da jornalista Mônica Bergamo, publicada no jornal Folha de S. Paulo, o documento ao qual André Esteves teve acesso continha até anotações manuscritas feitas por Cerveró. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ressaltou que o fato “revela a existência de perigoso canal de vazamento, cuja amplitude não se conhece”, e classifica como “genuíno mistério” o fato de que um documento “guardado em ambiente prisional, com incidência de sigilo, tenha chegado às mãos de um banqueiro privado em São Paulo”.
O caso reacende desconfianças de que pessoas envolvidas nas investigações da Operação Lava Jato, com acesso privilegiado a documentos, venham se aproveitando de tal condição para revelar ilegalmente dados sigilosos sobre a apuração a interessados.
O clima de desconfiança é tamanho que pairam acusações de instalações de grampos ilegais em departamentos da Polícia Federal para policiais investigarem uns aos outros.
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