TROPAS
americanas e brasileiras em MANOBRAS nas proximidades da FRONTEIRA com a
VENEZUELA podem preocupar Nicolás MADURO.
É
de conhecimento geral que manobras militares nas proximidades de países em
conflito sempre são usadas como advertência, uma espécie de “estamos de olho
em você”, “podemos alcançá-lo” e, invariavelmente, como um teste de
projeção de poder até áreas que podem ter a necessidade de ser alcançadas em
uma operação real e de grande porte em futuro próximo. Justamente o que ocorre
essa semana nas próximidades da Coréia do Norte.
A
região onde se dará o exercício conjunto entre brasileiros,
norte-americanos, colombianos e peruanos dista 600 km aproximadamente da
Venezuela e cerca de 1.600 km de Caracas. Mas, a grande concentração de tropas
e principalmente a movimentação de militares norte-americanos deve com certeza
acender uma luz vermelha nas tropas leais a Nicolás Maduro.
Ainda
que BRASIL e VENEZUELA vivam um momento de instabilidade nas relações
diplomáticas, uma abordagem militar à Venezuela não é obviamente cogitada no
exercício conjunto em planejamento. Caso o fosse o grande efetivo militar
provavelmente se concentraria na Colômbia, país que oferece melhor e mais
rápido acesso por terra (600 km) à CARACAS, capital da VENEZUELA e sede do
governo de Nicolás Maduro.
É
verdade que a região atualmente é observada com atenção e que tanto Colômbia
como a GUIANA – que não participa do exercício – já foram víitimas de
insinuações e ameaças por parte de Nicolás Maduro. Justamente por isso
atualmente a região é considerada como potencial causadora de
instabilidade na América do Sul. Contudo, o BRASIL e países
fronteiriços têm como tradição exercícios com foco em defesa territorial e não
na projeção de forças.
Intervenção
militar na VENEZUELA.
A
magnitude e complexidade da mobilização militar na hipótese de intervenção
externa na VENEZUELA vai bem além do que vai aqui ser tratado. Por questões
obvias algumas abordagens sequer podem ser cogitadas e, ressalte-se, não há
qualquer intenção por parte do Brasil e aparentemente, EUA, em discutir
abertamente isso nesse momento.
Os
EUA tem tropas estacionadas em tempo integral em PORTO RICO, que fica a 800 km
de CARACAS.
Nicolás
Maduro, como foi informado pela Revista Sociedade
Militar, em 2016 declarou que a VENEZUELA está preparada para
uma invasão norte-americana. Talvez isso na verdade fosse uma espécie de
provocação, e até mesmo viesse a calhar para o referido presidente. A esquerda
sul-americana sabe como ninguém se fazer de vítima e posar de herói da
democracia.
Logística e
operação em exercícios militares
A
logística que precede e acompanha uma grande movimentação na região amazônica
não é algo simples. As Forças Armadas brasileiras detém a técnica e a
familiaridade necessária à movimentação de uma força militar na
região.
Quem,
como eu, serviu na Amazonia, sabe que a logística realizada em tempo de
paz é encarada como se fosse realizada numa situação real de combate, em
menor dimensão é claro. Contudo, quase sempre é em um exercício militar de
grande porte que se tem a oportunidade de identificar os principais óbices para
a realização de grandes movimentações e apoio a efetivos em operação nas
áreas remotas.
Portanto,
o convite feito pelo MINISTÉRIO da DEFESA para que norte-americanos
participem de uma operação conjunta no NORTE da AMAZÔNIA brasileira é sim um
movimento muito importante e com grandes significados para aquisição de
conhecimento e estreitamento de laços entre os militares participantes.
As
conversações já se iniciaram há algum tempo e apenas o convite formal foi agora
publicado em alguns grandes portais de notícias. Segundo o Exército brasileiro,
a Operação América Unida será realizada em novembro, por 10 dias e contará
com um comando multinacional formado por militares do Brasil, EUA, Perú e
Colômbia.
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