Não é fácil acordar domingo com uma notícia dessas. Às vezes fico na dúvida se meus leitores gostam mesmo de mim ou se são sádicos. Uma leitora me mandou a seguinte notícia: UFPE vai oferecer cursos de graduação a jovens do campo. Aí você pensa que são cursos para agricultores, para os filhos dos pequenos produtores rurais que dão duro para tocar honestamente seus negócios. Mas não é nada disso! É molezinha com dinheiro público para invasores do MST mesmo:
A UFPE está construindo com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) o projeto pedagógico de cursos de graduação a serem oferecidos pela Universidade a jovens do campo ligados ao MST, com recursos do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), nas áreas de Medicina e Pedagogia, no Centro Acadêmico do Agreste (CAA).
No último dia 23, o reitor Anísio Brasileiro esteve reunido com Jaime Amorim e outras lideranças do MST, na Fazenda Normandia, na Rodovia BR-104, em Caruaru, que hoje é considerada o símbolo da luta pela terra em Pernambuco. Na fazenda, funciona um núcleo de formação de professores para o campo. “Fizemos a visita para dar continuidade à construção do projeto pedagógico de turmas de graduação a serem oferecidas pela UFPE a jovens do campo e também fortalecer nossas relações com os movimentos sociais”, destacou o reitor, acrescentando que há interesse do MST também em turmas do curso do Direito.
“Nosso interesse é ajudar a fortalecer a identidade dos jovens que moram no campo”, disse Anísio Brasileiro, que participou também, no dia 23, em Caruaru, na sede da Fafica, do Seminário de Conclusão do Curso de Aperfeiçoamento em Educação do Campo para Professores (as) de escolas Multisseriadas do Campo, promovido pelo Núcleo de Pesquisa, Extensão e Formação em Educação do Campo (Nupefec), do Centro Acadêmico do Agreste da UFPE. O seminário foi coordenado pela professora Iranete Lima.
O reitor destacou ainda que a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc) vai realizar evento, que acontecerá até o final do ano, sobre a cultura e a juventude do campo, bem como projetos na área de agricultura familiar. Há interesse de que a Universidade e o Hospital das Clínicas possam adquirir produtos oriundos destes grupos sociais.
Identidade? Cultura? Repararam nos termos usados? Falar em conhecimento objetivo, em formar médicos de verdade, isso é coisa para quem ainda não viu a luz que foi acendida por Paulo Freire. E a pedagogia? Nada mais adequado: esses jovens invasores serão os professores de amanhã, para produzir invasores em massa, defensores da “reforma agrária” nos moldes do Zimbábue. Tudo pago com o nosso dinheiro!
Não basta a UFRJ, por exemplo, ter um reitor comunista que veste, literalmente, o boné do MST. Não basta o próprio MST ter um programa de “ensino” para os “sem-terrinha” que os deforma na mentalidade marxista desde cedo. É preciso fechar parcerias entre as universidades federais e os criminosos do MST, que levam o terror para o setor agrícola, que defendem um modelo ultrapassado de reforma agrária, que se julgam acima das leis para invadir e pilhar.
Essas pessoas vão ter privilégios em nossas universidades federais. Você nem sabia. Só tem que pagar a conta. E depois louvar Paulo Freire, o “patrono” da “educação” brasileira…
Rodrigo Constantino
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