Se a calculadora utilizada pelo marqueteiro João Santana e sua sócia – também esposa – Mônica Moura não estiver quebrada, por certo o casal esqueceu os princípios de aritmética. Além disso, Santana e Moura podem estar sofrendo de um mal que acomete tantos empresários: não saber o quanto cobrar.
Dono de empáfia insuportável, João Santana disse, tempos atrás, que recebeu da campanha de Fernando Haddad, em 2012, a bagatela de R$ 30 milhões em honorários, valor sobre o qual a Justiça Eleitoral despejou uma enxurrada de suspeitas.
Mônica Moura, tão presunçosa quanto o cônjuge e sócio, disse à força-tarefa da Operação Lava-Jato que os honorários da dupla referentes à campanha de Dilma Rousseff à reeleição, em 2014, somaram R$ 90 milhões. Mônica foi além e disse que dificilmente uma campanha presidencial gastaria mais de R$ 90 milhões em marketing, pois não há onde colocar tanto dinheiro.
O primeiro tropeço está na comparação entre a campanha para a eleição de Haddad e a de reeleição de Dilma. Se para eleger o prefeito paulistano o PT gastou R$ 30 milhões, para reeleger uma presidente incompetente e mitômana o partido gastou pelo menos R$ 200 milhões com marketing. Afinal, uma campanha presidencial com largas chances de sucesso custa por volta de US$ 400 milhões.
João Santana e Mônica podem não ter combinado o discurso, pois sequer imaginavam um dia contemplar o nascer do astro-rei de forma geometricamente distinta (o tal sol quadrado), mas há uma dissonância enorme nos depoimentos da esposa do marqueteiro predileto dos petistas.
Mônica afirmou aos investigadores da Lava-Jato que a Pólis Propaganda e Marketing, empresa do casal, recebeu US$ 50 milhões da campanha à reeleição (2012) de José Eduardo dos Santos, presidente de Angola, que está no poder há mais de quatro décadas, comandando com mão de ferro o povo angolano.
Ora, se para manter no trono um ditador covarde e sanguinário a dupla de marqueteiros cobrou mais de R$ 200 milhões, a reeleição de Dilma custou, em termos de marketing político, muito além dos R$ 90 milhões revelados pela sempre risonha Mônica Moura.
É por causa de desencontros como esse que prisões temporárias são transformadas em preventivas, até que os alarifes, que continuam apostando na impunidade, comecem a sentir o efeito devastador do cárcere. O Brasil torce para que Mônica Moura e João Santana se livrem do calor subsaariano que derrete o País, permanecendo mais alguns longos dias no clima sempre agradável de Curitiba, agora reforçado pela umidade que brota do piso da carceragem da Polícia Federal.
*http://ucho.info/acaraje-monica-moura-erra-nos-calculos-ao-falar-sobre-honorarios-e-complica-marqueteiro-oficial-do-pt
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