A União Soviética foi o primeiro estado a ter como
objetivo ideológico e prático a eliminação da religião — ou, em outras
palavras, o extermínio físico de pessoas religiosas. Com o decreto de Lenine de
20 de janeiro de 1918, deu-se início à estatização das propriedades
eclesiásticas: igrejas, catedrais, capelas, pátios das igrejas e todos os
edifícios pertencentes a igrejas foram espoliados e saqueados, e todos os itens
valiosos (ouro, prata, platina, quadros, ícones, artefatos históricos) foram ou
roubados por comunistas ou vendidos ao Ocidente via burocratas do governo,
simpatizantes comunistas, e até mesmo viajantes simpatizantes do regime, como o
magnata americano Armand Hammer, que conheceu Lenine em 1921.
Ser religioso na União Soviética quase sempre
significava uma sentença de morte. O objetivo era o monopólio completo e
absoluto do estado sobre as idéias e o espírito das pessoas. E a maneira de
fazer isso era por meio da imposição de uma religião secular, o socialismo.
Praticamente todos os clérigos e milhões de devotos de todas as religiões
tradicionais foram ou fuzilados ou enviados para campos de trabalhos forçados.
Seminários foram fechados e publicações religiosas, proibidas.
O marxismo-leninismo almejava ser um socialismo
científico, capaz de apresentar a explicação universal para a natureza, a vida
e a sociedade. No entanto, quaisquer desvios em relação a esta ideologia,
especialmente o uso de métodos da tradicional ciência “burguesa”, eram punidos
com morte. A perseguição aos cientistas não alinhados — que deu origem ao lysenkoismo —
acabou se degenerando em um verdadeiro genocídio da classe. E a ciência russa,
que até então havia prosperado aceleradamente, entrou em rápido declínio.
* Via resistencia-democratica@yahoogrupos.com.br
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