Então… É claro que Alberto Youssef, o doleiro que era um dos donos do Labogen, o laboratório de fachada que lavava dinheiro, pode estar mentindo. Mas vamos pensar: por que ele o faria? Com que propósito?
Em depoimento à Polícia Federal, no fim de março, Youssef afirmou que Alexandre Padilha, à época ministro da Saúde, encontrou-se com o então deputado André Vargas (PT-PR), em 2013, para tratar do acordo do Labogen com o ministério. O doleiro afirmou que ele próprio esteve presente à reunião, ocorrida no apartamento funcional de Vargas, em Brasília. Pedro Argese, diretor do Labogen, também estava lá. Relembro: Padilha assinou o contrato firmado com o “laboratório” como… testemunha!
Indagado pela Folha a respeito da afirmação de Youssef, o ex-ministro da Saúde, hoje secretário de Relações Governamentais da Prefeitura de São Paulo, disse não ter registro de encontro nenhum. O modo como os petistas se safam de questões assim dá o que pensar. Observem que Padilha não nega, de forma peremptória, que o encontro tenha existido. Ele apenas não tem registro… Ah, bom!
Sabem o que é mais curioso? Quando o Labogen assinou o contrato com o Ministério da Saúde, com Padilha como testemunha, a “empresa” já tinha a ficha suja na pasta. A Anvisa já havia determinado duas multas ao laboratório-lavanderia de Youssef. Mas não havia conseguido aplicar a punição porque não encontrou a empresa no local informado à Receita. Nem poderia, não é mesmo?
Ademais, como esquecer este vídeo gravado em 2010? Sabem como é… Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito.
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