A batalha entre os
brasileiros decentes e os adoradores do camelô de empreiteira terminou três
dias antes de começar. Como aqui se previu, a seita lulopetista desistiu de dar
as caras na Avenida Paulista, depois ameaçou celebrar outra missa negra na
Praça Roosevelt e enfim se conformou com a capitulação sem luta. O que resta do
partido que virou bando vai ver pela TV a irreversível mudança na direção dos
ventos: agora, é o Brasil decente que manda nas ruas.
“Se quiserem me
derrotar, terão de me enfrentar nas ruas”, desafiou Lula em duas discurseiras
sucessivas. A bravata foi desmoralizada pela rendição desonrosa do exército que
já não há. O país que presta está perto de ganhar a guerra do impeachment. O
desfecho vitorioso ─ não custa insistir ─ depende do tamanho das manifestações
que ocorrerão daqui a poucas horas, sobretudo da programada para o coração da
maior cidade brasileira.
Se a onda de
protestos alcançar dimensões semelhantes às registradas há exatamente um ano, o
fim da Era da Canalhice virá em pouquíssimas semanas. Em 1992, em meio à crise
que desembocou na queda de Fernando Collor, o deputado Ibsen Pinheiro, então
presidente da Câmara, lembrou que o Congresso sempre faz o que o povo quer.
Sempre foi assim. Assim sempre será.
Quem decreta o
impeachment é a voz da rua. É o que pode acontecer neste 13 de março que tem
tudo para eternizar-se nos livros de História. Dilma Rousseff só ficará no
Planalto se os milhões de indignados se negarem a compreender que domingo
não é dia de ficar em casa. ( Augusto Nunes )
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