O MPF divulgou nota de esclarecimento sobre a adoção da
condução coercitiva de Lula. É um recado ao próprio Lula e, especialmente, a
Marco Aurélio Mello, que ironizou o argumento usado pela Lava Jato para a
deflagração da Operação Alethea.
Na nota, os procuradores de
Curitiba lembram que já foram executados 117 mandados de condução coercitiva em
24 fases da Lava Jato, mas só agora surgiram críticas.
"Considerando que em
outros 116 mandados de condução coercitiva não houve tal clamor, conclui-se que
esses críticos insurgem-se não contra o instituto da condução coercitiva em si,
mas sim pela condução coercitiva de um ex-presidente da República"
"Assim, apesar de todo
respeito que o senhor Luiz Inácio Lula da Silva merece, esse respeito é-lhe devido
na exata medida do respeito que se deve a qualquer outro cidadão brasileiro,
pois hoje não é ele titular de nenhuma prerrogativa que o torne imune a ser
investigado na operação Lava Jato."
O MPF lembra que a legalidade da decisão adotada ontem já foi reconhecida pelo
próprio STF e que, diferentemente do que Lula apregoa, não bastaria convidá-lo.
Isso ficou claro no episódio envolvendo o MP de São Paulo.
"Após ser intimado e ter
tentado diversas medidas para protelar esse depoimento, incluindo inclusive um
habeas corpus perante o TJSP, o senhor Luiz Inácio Lula da Silva manifestou sua
recusa em comparecer."
E finaliza:
"Por fim, tal discussão
nada mais é que uma cortina de fumaça sobre os fatos investigados. É preciso,
isto sim, que sejam investigados os fatos indicativos de enriquecimento do
senhor Luiz Inácio Lula da Silva, por despesas pessoais e vantagens
patrimoniais de grande vulto pagas pelas mesmas empreiteiras que foram
beneficiadas com o esquema de formação de cartel e corrupção na Petrobras, durante
os governos presididos por ele e por seu partido, conforme provas
exaustivamente indicadas na representação do Ministério Público Federal."
*Via O Antagonista
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