O jornal O Estado de São Paulo tem insistido muito nas confusões que a presidente Dilma Roussef vem produzindo, todas elas ligadas a sua pretensa competência na administração da economia.
. Dilma Roussef é economista, sim, mas há muitos e muitos anos não exerce funções na área. Além disto, seu conhecimento limita-se a uma mera graduação, porque não conseguiu levar adiante os cursos de mestrado e doutorado que começou.
. Como gerentona do PAC, Dilma Roussef não produziu resultados apreciáveis, a não ser o fato de ter concentrado 40% das obras nas mãos de uma única empreiteira, a Delta Construções.
. O PAC foi uma belíssima sacada política dos marqueteiros de Lula.
. Nos pronunciamentos desta semana, a presidente misturou duas questões muito diferentes, segundo o jornal:
- A incorporação de milhões de famílias pobres ao mercado de consumo e o desafio de remover obstáculos à expansão da economia nacional. Detalhe inquietante: a autora dessa confusão tem um diploma de economista.
. Ora, os números demonstram que a indústria brasileira vai de mal a pior e perte espaço nos mercados interno e externo, o que, claro, reduz gravemente o número de empregos. Assim, eis o que ensina o jornal:
- É um disparate, portanto, atribuir os problemas da indústria - mais precisamente, do segmento de transformação - a uma retração dos consumidores. A participação de bens importados no mercado brasileiro de consumo atingiu 22%, um recorde, nos quatro trimestres encerrados em março e essa tendência, ao que tudo indica, se mantém.
. Mais adiante, ensina O Estadão:
- Não basta dispor de fábricas para produzi-los. A indústria tem de ser capaz de produzi-los com preços e qualidade compatíveis com os padrões internacionais. Recorrer ao protecionismo é apenas uma forma de empurrar o problema para a frente e - pior que isso - de abrir espaço para problemas adicionais, como a elevação de preços e a estagnação da capacidade produtiva. Muitos brasileiros devem ter aprendido essa lição. A presidente parece tê-la esquecido.
. O governo tem ignorado a questão mais séria de todas para os atuais problemas da economia, que são os casos dos investimentos escassos e da diminuição da capacidade produtiva, o que não depende apenas dos juros altos, mas relaciona-se gravemente com o chamado Custo Brasil.
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* Polibio Braga
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