Gilmar Mendes, ministro do STF, vota contra proibição de financiamento privado de campanhas eleitorais (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)
Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),votou contra a proibição de doações de empresas a campanhas eleitorais de partidos na quarta-feira (16). Saiu derrotado. Na quinta, os colegas de STF concluíram seus votos e determinaram, por oito a três, a proibição. A votação acabou, mas o ministro não desligou a metralhadora contra o PT. Nesta sexta-feira, como já tinha feito na quarta e na quinta, voltou a atacar o partido em seminário na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Mendes declarou que o PT pratica "cleptocracia" (nome para estado governado por ladrões). "Na verdade o que se instalou no país nesses últimos anos e está sendo revelado na Operação Lava Jato é um modelo de governança corrupta, algo que merece o nome claro de cleptocracia, isso que se instalou", afirmou no discurso reproduzido pelo jornal O Estado de S. Paulo.
O argumento é o mesmo que usou na quarta para embasar o voto contrário à proibição do financiamento privado de campanhas eleitorais. O PT, segundo Mendes, já desviou dinheiro suficiente para abastecer suas campanhas até 2038. Por isso proibir as doações de empresas seria injusto com outros partidos.
"O plano era perfeito, mas faltou combinar com os russos. Eles têm dinheiro para disputar eleições até 2038", disse nesta sexta, em discurso reproduzido pela Folha de S. Paulo.
O PT, na quinta, soltou nota em repúdio às declarações do ministro do STF. Rui Falcão, presidente do partido, escreveu que "esses destemperos anti-PT têm se tornado usuais nas falas do ministro, tanto nas sessões do STF quanto nas entrevistas que costuma ofertar aos mais diversos meios de comunicação", conforme relatou o G1. Prometeu, inclusive, avaliar ações judiciais contra Mendes.
RCN
Nenhum comentário:
Postar um comentário