sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Trump ameaça aniquilar completamente Coreia do Norte no seu 1º discurso à ONU.

TIMOTHY A. CLARY / AFP
O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa na 72ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York. 
NOVA YORK — Em seu discurso na 72ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente dos EUA, Donald Trump, adotou um duro tom para ameaçar a Coreia do Norte, dizendo que poderia aniquilar completamente o país asiático se não vir alternativa. Além disso, condenou nações que apoiam o regime de Pyongyang com fornecimento financeiro ou de armas, num pedido para que a comunidade internacional se una para isolá-lo. Chamando o líder norte-coreano Kim Jong-un de "Homem Foguete" — no mesmo apelido de deboche que já usara nas últimas semanas —, disse que o único futuro possível é a desnuclearização para a Coreia do Norte . 

— O desenvolvimento inconsequente pela Coreia do Norte de armas nucleares e mísseis balísticos ameaça o mundo todo — disse. — Os EUA têm grande força e paciência, mas se for forçado a defender a si mesmo ou a seus aliados, não teremos alternativa a não ser aniquilar completamente a Coreia do Norte. É hora de a Coreia do Norte perceber que a desnuclearização é o único futuro aceitável. 

Trump ainda agradeceu a China e Rússia pelos votos em favor de um novo pacote de sanções contra os norte-coreanos no Conselho de Segurança da ONU. E, em tom nada diplomático, voltou a debochar de Kim: 

— O Homem Foguete está numa missão suicida para ele e seu regime — disse Trump. 

Em seu discurso, também criticou duramente o acordo nuclear do Irã, a que chamou de "um embaraço para os EUA", e sinalizou que o tratado não deverá ser revalidado. Pediu que o governo iraniano liberte cidadãos americanos e de outros países injustamente presos. 

LUTA CONTRA O TERROR E VENEZUELA

Trump pediu apoio à luta contra o terror e disse que os países deveriam expulsar os terroristas — a quem chamou de "perdedores" — de seus territórios. O presidente afirmou que em oito meses de governo realizou mais ações contra o Estado Islâmico do que o governo anterior de Barack Obama. Também defendeu uma solução política na Síria e no Iraque. 

— Os EUA e seus aliados vão esmagar os "terroristas perdedores" e parar o crescimento do terror. 

O presidente relembrou o ataque químico em abril na Síria e acusou o regime de Bashar al-Assad de atacar seu próprio povo. Trump ainda afirmou que foi por isso que os EUA atacaram uma base aérea síria, por ter lançado gás químico contra a cidade rebelde de Khan Sheikhun. 

Trump também criticou fortemente o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que, segundo ele, lutou contra seu próprio povo e tomou o poder daqueles que foram eleitos, se referindo à Assembleia Constituinte em vigor no país, que ocupou o lugar do Parlamento. O presidente americano foi aplaudido quando defendeu a volta da democracia na Venezuela. 

— Não podemos esperar e assistir. Como um vizinho responsável e amigo, meu objetivo é reconquistar a liberdade, recuperar o país e reestabelecer a democracia. Agradeço aos países que condenaram o regime e apoiam os venezuelanos. 
                    *Por O Globo / Agências Internacionais

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