terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Estupro da Verdade ou Arakiri Petralha

Tudo é sintomático. A Presidenta Dilma Rousseff sofre um mal-estar (redundância, em seu desgoverno de continuidade ao Extalinácio). A viúva-traída do cadáver politicamente insepulto Celso Daniel e ministra do Planejamento, Miriam Belchior, baixa hospital com sintomas de estresse. O nervosismo aumenta exponencialmente.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anda derretendo dois pepinos que não consegue segurar direito: a demissão do presidente da Casa da Moeda por um funcionário de terceiro escalão e a próxima reunião do Conselho de Administração da Petrobras, na quinta (dia 9), quando acionistas minoritários ameaçam questioná-lo por supostos problemas na área financeira da estatal de economia mista.
Por que a petralhada anda tão nervosa? Eles sabem os reais motivos. Afinal, quem tem teme... Será que eles pressentem alguma ameaça que o resto da sociedade ainda não enxergou tão claramente? Será que existe algo ou alguém lhes colocando em risco a sobrevivência política e, por conseguinte imediato, ameaçando os lucrativos negócios que promovem na máquina capimunista tupiniquim?
Se a causa do nervosismo petralha não é facilmente identificável, pelo menos a reação deles aos problemas é mais que manjada. Sempre que se sentem sob ataque, acuados, eles partem para a velha marketagem de inventar fatos novos para serem explorados midiaticamente contra seus opositores diretos ou indiretos. Tudo para desviar a atenção dos críticos menos atentos e para reorientar a pauta do noticiário amestrado pelas verbas oficiais e pelos favores oriundos do poder estatal capimunista.
Semana passada, lembramos aqui o significado do termo Ação Psicológica. Esta tática de guerra de informação e contra-informação consiste em plantar uma informação ou uma estória contextualizada na mídia para criar pré-condições de aceitação na opinião pública para assuntos que interessam ao promotor da ação. A petralhada é especializada em tais ações de efeito psicossocial espetaculoso. O Caso Pinheirinho é o mais recente (mau) exemplo de petralhice e estupro à verdade.
O Senador Eduardo Suplicy, especialista em se fingir de sonso para promover ataques frios e calculadamente covardes aos adversários e inimigos, cometeu calúnia, injuria e difamação contra a Polícia Militar de São Paulo. Usando e abusando da impunidade parlamentar, ajudou a propagar a mentira inventada pela contra-propaganda petralha de que PMs da Rota praticaram abuso sexual e roubo contra uma família na ação de desocupação do Pinheirinho, um terreno ilegalmente ocupado por invasores em São José dos Campos. A cara de pau foi tanta que Suplicy ainda pediu “proteção às vítimas”, acionando os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.
Serviço perfeito! A mídia amestrada deu expansão rápida, imediata e profunda ao estupro cometido por Suplicy contra a verdade. O comandante da Polícia Militar, Coronel Álvaro Camilo, deu a versão correta dos fatos que jamais ocorreram. Só que o estrago já estava feito pela marketagem petralha. Sintomático é por que a petralhada tem sempre a PM de São Paulo como alvo preferencial. Eles temem uma instituição que tem um efetivo maior que o das Forças Armadas... Muito vivo nos oficiais e praças da corporação, o velho espírito da “Força Pública” sempre está pronto para combater, com coragem e honra, o Governo do Crime Organizado.
Os petralhas cometerão novos estupros contra a verdade neste ano eleitoral. Sabem que precisam cumprir a nada fácil missão de conquistar a Prefeitura de São Paulo. Este passo é fundamental para a manutenção do projeto de poder deles. Por isso, vão apelar para toda baixaria possível, principalmente contra o governador Geraldo Alckmin – que monta um consistente projeto de ampliação de poder que ameaça o PT – pelo menos no médio prazo.
O jogo da politicagem, que já é sujo, promete ficar ainda mais imundo. Até quando? Talvez até o juízo final de uma ruptura institucional que se avizinha em alta velocidade. Por enquanto, é o Governo do Crime Organizado quem dá o golpe em si mesmo. O auto-estupro bem que poderia ser denominado “Arakiri Petralha”...
* Texto por Jorge Serrão, Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.

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