O chefão Lula da Silva ficou tenso com a divulgação, pelo Diário do Grande ABC, de que seu afilhado político, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, é investigado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por eventual crime de formação de quadrilha, coação e ameaça de morte contra um promotor e uma juíza que atuam em um processo que se enrola há 20 anos. Confirma-se a previsão de que o PT e seus dirigentes sofrerão uma onde de ataques nas esferas policial e judicial. O objetivo é varrê-los do poder político que viabiliza esquemas empresariais em que faturam alto.
A ação contra Marinho corre em “segredo de Justiça”, porque o prefeito tem foro privilegiado para ser investigado diretamente em segunda instância. Quem comanda o processo é o desembargador Fábio Gouvêa, da 10ª Câmara de Direito Criminal, no Fórum João Mendes. O magistrado devolveu o caso à 3ª Vara Criminal de Santo André, pedindo mais informações. Não há data para a conclusão das investigações judiciais que investigam, além de Luiz Marinho, o assessor de Gabinete dele, José Albino (PT), os vereadores Manoel Eduardo Marinho - o Maninho (PT-Diadema) -, e Marcelo Lima (PPS-São Bernardo) e Ricardo Silva Rodrigues, ex-assessor do PPS.
A investigação decorre de denúncia anônima feita no dia 27 de dezembro à Secretaria Estadual de Segurança, afirmando que Marinho, Albino, Maninho e Ricardo articulavam ameaça a promotor e juíza no dia 18 de janeiro. A denúncia deu detalhes de como seria a ação, citando números dos telefones dos suspeitos e quais armas seriam utilizadas. No dia 28 de dezembro, o SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil de Santo André determinou a abertura de inquérito para apurar as acusações de ameaça contra o promotor e a juíza que trabalharam no processo da Estrada do Montanhão, que corre na Justiça há 20 anos. Como de costume, os investigados negam qualquer relação com o caso.
* Texto por Jorge Serrão - Alerta Total
Nenhum comentário:
Postar um comentário