O ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, afirma que a
Venezuela conta com os soldados e oficiais "melhores equipados da América
Latina", em mensagem dirigida ao governante Nicolás Maduro e publicada
nesta terça-feira (17), onde destaca "a disciplina exemplar e o espírito
da Força Armada Nacional Bolivariana".
"Quando
você se reuniu com os oficiais em dias recentes, foi possível apreciar que
estavam prontos para dar até a última gota de seu sangue pela Pátria", diz
o líder cubano a Maduro.
Em sua carta, datada na noite de segunda-feira (16), Fidel
Castro se refere à cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da América
(Alba) que será realizada hoje em Caracas.
"A República Bolivariana da Venezuela declarou de forma
precisa que sempre esteve disposta a discutir de forma pacífica e civilizada
com o governo dos Estados Unidos, mas nunca aceitará ameaças e imposições desse
país", escreve o líder cubano.Nessa reunião, segundo Fidel Castro, os
aliados bolivarianos analisarão "a insólita política do governo dos Estados
Unidos contra a Venezuela e o Alba".
Castro também destaca que a Venezuela "jamais admitirá
um retorno ao passado vergonhoso da época pré-revolucionária que deu origem ao
assalto dos shoppings e ao assassinato de milhares de pessoas, das quais
ninguém pode assegurar hoje o número".
Os países da Alba se reunirão nesta terça em Caracas a fim de
definir sua posição para a Cúpula das Américas que acontecerá em abril no
Panamá, e no meio da atual tensão entre EUA e Venezuela.
Na semana passada o presidente dos Estados Unidos, Barack
Obama, promulgou um decreto onde declara uma situação de "emergência
nacional" perante o "risco extraordinário" que considera a
situação venezuelana para a segurança do país americano.
O governo cubano expressou oficialmente seu "apoio
incondicional" à Venezuela perante essa decisão dos EUA que a ilha
considera "arbitrária e agressiva".
Em 10 de março, Fidel Castro -de 88 anos e retirado do poder
desde 2006- enviou outra mensagem também divulgada na imprensa cubana, em apoio
a Maduro onde lhe felicitou por seu "brilhante e valente" discurso
perante os 'brutais planos' dos Estados Unidos contra o país sul-americano.
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