A nota da Procuradoria Geral da República confirmando a existência de contas na Suíça de Eduardo Cunha e seus familiares jogou um balde de água fria nos seus aliados na Câmara dos Deputados. Ontem à tarde estive no plenário e assisti parte da votação. Deputados que até então achavam impossível a queda de Cunha já admitem que sua situação é insustentável. Na nota, os procuradores da República afirmam que a investigação contra Cunha já vinha sendo realizada desde abril, e que agora não são indícios, são provas inequívocas de que ele participou do esquema que desviou bilhões de reais dos cofres da PETROBRAS.
Um deputado próximo a Cunha disse que nem mesmo pesos pesados da política resistiram a acusações que nem eram tão graves quanto essas, e citou as denúncias de Antônio Carlos Magalhães na presidência do Senado, Jader Barbalho em outra oportunidade, e até mesmo Renan Calheiros, que sucumbiu diante da denúncia de que uma empreiteira pagava as contas de uma jornalista com quem teve uma filha. Cinco deputados me confirmaram que aconselharam Eduardo Cunha a renunciar à presidência da Câmara para tentar manter o mandato. Acho dificílimo que ele consiga se sustentar como deputado diante de provas tão incontestáveis que estão em poder do Ministério Público.
A vaca de Eduardo Cunha começou a beber água no brejo.
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