sábado, 10 de outubro de 2015

É a crise Dilma!


A crise continua apertando o bolso do brasileiro e deixa difícil honrar as contas. Dados da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram que, até setembro, 38,9% da população adulta do país (na faixa entre 18 e 94 anos) estava com o nome registrado no cadastro de devedores, o equivalente a 57 milhões de pessoas. Só nos nove primeiros meses do ano, houve um aumento líquido de 2,4 milhões de CPFs negativados em todo o território nacional.

Somente no mês de setembro, o número de consumidores com contas atrasadas aumentou 5,45% em relação ao mesmo período de 2014. Em agosto, a variação anual já havia sido significativa, de 4,86%.
Em nota, a CNDL aponta “a perda de dinamismo da economia” e a “deterioração das condições do mercado de trabalho” como fatores que determinaram o aumento da inadimplência. Diante desses fatores, os indicadores de inadimplência “retomaram a trajetória de aceleração a partir do início desse ano”.

A quantidade de dívidas individualmente não pagas também subiu 6,63% no mês passado na comparação anual. Quando considerado o mês imediatamente anterior, contudo, o número de débitos não quitados caiu 0,91%. A maior parte das dívidas continua sendo com os bancos, quase metade (48,17%) de tudo que é devido tem como cobrador instituições financeiras. Esses débitos aumentaram 10,32% em setembro. Mas foram as contas de água e luz que lideraram o crescimento. Apesar de representarem apenas 7% do total de dívidas, esse tipo de débito aumentou 12,55% em setembro, na comparação anual.

— O atraso nas contas de água e luz é preocupante porque significa que o consumidor não está dando conta de pagar a maior parte das suas dívidas, mas não é preocupante do ponto de vista de espalhar um risco de crédito.

QUEDAS NAS VENDAS
Além dos dados de inadimplência, preocupa o comércio a queda nas vendas, que estão em trajetória de recuo há oito meses consecutivos. Em setembro, as vendas a prazo caíram 6,87% ante o mesmo mês de 2014.

Na avaliação do SPC da CNDL, o “brasileiro está reticente quando o assunto é consumo”.— O segundo semestre do ano passado foi ruim, mas esse segundo semestre começou muito pior do que o de 2014 – disse Marcela. Por isso mesmo, o dia das crianças – considerado pelo setor uma prévia do Natal – será fraco. Uma pesquisa da CNDL mostra que os consumidores prometem gastar em média R$ 160 (por família) nesse dia das crianças. A quantia é 43% menor do que a informada no mesmo levantamento em 2014.

O dado, diz Marcela, se soma ao resultado de todas as datas comemorativas desse ano. Na Páscoa, o recuo nas vendas foi de 4,93%, no dia das mães, de 0,59%. Dia dos namorados e dos pais tiveram quedas de 7,82% e 11,21%, respectivamente.


Diante de tantos números e perspectivas ruins, as expectativas para este fim de ano e para o início de 2016 já foram contaminadas. — O varejo começa o ano que vem numa toada muito aquém do que começou no ano passado. O crescimento dessa atividade vai ser menor, tem menos impulso nessa economia. Não deve ter uma entrada de 2016 boa.
*Texto: http://coturnonoturno.blogspot.com.br/2015/10/mais-de-um-em-cada-tres-brasileiros.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário