A Folha de São Paulo tenta analisar, na edição de ontem, Domingo, com toda aquela bondade, o fracasso da "nova política" ou "política 2.0" de Marina Silva. Muito do apoio à senadora surgiu, de fato, de certo fastio com as estruturas partidárias tradicionais. O caciquismo, o patrimonialismo, a corrupção e a ineficiência dos serviços públicos impregnados pela lógica mais rasteira da política partidária, afinal, não desapareceram da vida pública e do noticiário ao longo dos 16 anos em que o PSDB e depois o PT comandaram o Executivo federal. Muito pelo contrário, diz editorial do jornal onde a ex-verde e atual sem cor, sem sabor e sem cheiro é colunista. A verdade é que Marina Silva é uma cacique de xale, pronta para ser dona de corações e mentes da juventude que gosta na natureza. Só não contava que este mesmo jovem não abre mão de um Big Mac e de uma boa mação transgênica. A sua atuação mentirosa, antidemocrática, radical, raivosa e contrária ao país no debate do Código Florestal escancarou quem ela realmente é: uma messiânica radical, muito mais próxima de um aitolá caboclo do que de uma líder moderna. O discurso de Marina Silva reduziu-se a mover seguidores contra a democracia em 140 toques do twitter. As redes sociais podem ser muito boas para palavrinhas de ordem e protestinhos pueris, mas o eleitor quer mais. Quer a verdade. Este tipo de estratégia não resiste ao jogo democrático, ao debate aberto, às verdades de um país cansado de ser manipulado por arautos da catástrofe e do fim do mundo. Marina Silva tentou fazer uma vigília denominada "Floresta faz Diferença" para milhões e teve míseros 700 espectadores, grande parte com nomes ingleses, alemães e americanos, das ongs que a patrocinam. Seu abaixo-assinado para 1 milhão de assinaturas não chegou a 13 mil em dois meses. A "nova política" é um rotundo fracasso, mas sobra uma saída para Marina Silva: que vá abrir uma seita lá na terra dos seus patrocinadores ricos, que querem fazendas lá e floresta aqui. Vai fazer o maior sucesso aquele look de Indira Ghandi dos trópicos e aquela voz de taquara rachada despejando frases feitas.
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