Deu no GLOBO: “O governo vai usar os bancos públicos para estimular investimentos e aumentar o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos). A ordem é acelerar o financiamento de grandes projetos de infraestrutura. Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reuniu com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho; da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda; e do Banco do Brasil (BB), Aldemir Bendine, para pedir agilidade na aprovação de financiamentos, acelerando, por exemplo, a análise de risco”.
No afã de ver o PIB crescer no curto prazo, eis que o governo “pede” aos bancos públicos, responsáveis pela metade do crédito no país, para “acelerar” a análise de risco. Traduzindo: isso quer dizer afrouxar os critérios de risco. O importante é dar o financiamento, mesmo que aumentando os riscos. Se a coisa ficar feia, se a inadimplência aumentar muito, isso será mais à frente. Pode ser que a presidente Dilma já tenha até sido reeleita. Quem liga para os pepinos lá no futuro “distante”, após as eleições?
Na mesma matéria, consta que “Fontes da área econômica avaliam que o ciclo econômico baseado na expansão do consumo está esgotado e que apenas o retorno dos investimentos é capaz de reativar a economia”. Se for verdade, é boa notícia, ainda que bem tardia. Resta avisar aos membros da equipe que suas medidas contribuem para afastar investimentos. E também resta explicar o motivo pelo qual a Caixa resolveu aceitar até prata agora na penhora de bens para novos financiamentos, como relatou a rádio CBN. Em breve, o banco estatal aceitará latão para expandir o crédito popular!
O que fica disso tudo é o alerta de que governos cuidando do crédito são como raposas vigiando o galinheiro. Muitos ainda acusam o mercado pela bolha de crédito americana. Ignoram que as impressões digitais do governo estavam em todas as cenas do crime. No Brasil, estamos vendo dia a dia como o próprio governo faz de tudo para criar uma bolha creditícia. Quando ela estourar, não venham jogar a culpa no mercado!
*Por Rodrigo Constantino via Instituto Liberal
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