segunda-feira, 17 de junho de 2013

Hassan Rohani é o novo presidente do Irã.

Os eleitores iranianos escolheram em primeiro turno, para Presidente, um candidato moderado, que não gozava da preferencia do líder religioso supremo, o aiatolá Khamenei, que prometeu retomar o diálogo com os EUA e de promover uma agenda de liberdades civis. Lembrar, porém, que ainda continuará nas mãos dos clérigos, liderados por Khamenei e da poderosa Guarda Revolucionária, o poder efetivo de definir a agenda em todas as decisões importantes, como o programa nuclear e as relações com o Ocidente.
Único clérigo entre os seis candidatos que disputaram a Presidência do Irã neste fim de semana, Hassan Rouhani, de 64 anos, foi declarado vencedor ao obter mais de 18 mihões de votos logo no primeiro turno. Experiente, ele já ocupou postos importantes e pretende dar vazão a propostas reformistas, entre elas a potencial retomada do diálogo com os Estados Unidos, maior inimigo da República Islâmica.

O resultado surpreendeu os analistas, que esperavam a definição do pleito em eventual segundo turno. Um dos favoritos na corrida presidencial, o prefeito de Teerã, Mohammad Baqer Qalibaf, ficou num modestíssimo em segundo lugar.

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, ainda terá de confirmar o resultado das eleições no próximo dia 3 de agosto. Em seguida, o novo presidente deverá ser empossado no Parlamento.

A participação da população foi estimada em 72%. Cerca de 50 milhões de iranianos estavam aptos a votar.

A expectativa é que Rouhani, que já criticou abertamente o atual líder Mahmoud Ahmadinejad, tente colocar em prática sua agenda de reformas, embora no país o presidente não estabeleça as políticas mais importantes, como o programa nuclear, as relações com o Ocidente ou as ações militares – áreas sob o comando de clérigos chefiados pelo aiatolá.

Em debates televisivos, durante a campanha, ele levantou assuntos polêmicos, como o isolamento do Irã na comunidade internacional, a crise econômica e os efeitos das sanções das potências e o programa nuclear.

Ele sinalizou também a intenção de retomar o diálogo com o maior inimigo da República Islâmica, os Estados Unidos, país com o qual Teerã cortou relações diplomáticas em 1979.

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