Agora é
assim: basta que seis analfabetos universitários — uma categoria que cresceu
muito (há números a respeito) na era petista resolvam fazer um protesto contra
autoridades brasileiras em Paris e pronto!
Isso vira manchete no Estadão Online.
Se for contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB), então, aí é mel na sopa.
Abro o Estadão Online e encontro lá os seguintes título e texto:
Isso vira manchete no Estadão Online.
Se for contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB), então, aí é mel na sopa.
Abro o Estadão Online e encontro lá os seguintes título e texto:
Alckmin e PT são alvo de protesto em Paris “O governador Geraldo Alckmin
(PSDB) e o PT foram alvo de um protesto de estudantes brasileiros em Paris. Com
cartazes nos quais se lia (sic) frases como “Alckmin, o vândalo é você” e “PT
de mãos dadas com o facismo (sic) tucano”, os jovens pediam a libertação dos
presos no protesto de terça-feira à noite, entre os quais um jornalista detido
entre os manifestantes.
(…)”
(…)”
Já falo
sobre o jornalista”. Mais adiante, a gente lê: “A manifestação em Paris reuniu menos de dez brasileiros que se
concentraram em frente ao Hôtel de Matignon, a sede do primeiro-ministro da
França, Jean-Marc Ayrault, com quem Alckmin se encontrou às 18h.”
Menos de
dez? Quanto é menos de dez? Informo: SEIS!
Já contei
aqui que a minha primeira providência quando fui chefe de jornal foi proibir a
palavra “esposa”. A segunda foi exigir o uso adequado do “cerca de”. Havia
textos que diziam coisas como “cerca de 37 pessoas…” Pois é: “menos de dez” se
insere entre as coisas contáveis, não?
Personalizando ou não? Outra coisa notável no texto e na edição do
Estadão é que, no caso do tucano, há a personalização: “Alckmin” foi alvo do
protesto. Já Fernando Haddad — que é, afinal, quem reajustou a passagem — é
poupado. Nesse caso, o protesto foi contra o… PT!
Quem são os espancadores da língua? Vejam esta foto.
Informa ainda o texto do Estadão: “A ideia [do protesto] foi da jornalista Jaqueline Nikiforos, mestranda em Literatura da Sorbonne.
‘Foi em solidariedade às pessoas presas, às manifestações e às reivindicações contra o aumento da tarifa de transporte em São Paulo’, justificou.
‘Nós somos contra todas essas prisões. O esforço de se manifestar dessas pessoas não pode ser reduzido a vandalismo.’
Bia
Barbosa, mestranda e jornalista que colabora com o portal de esquerda Carta
Maior, também participou da manifestação e protestou contra a prisão do também
jornalista Pedro Ribeiro Nogueira, detido entre os manifestantes. ‘Ele defendeu
uma menina e está sendo acusado de formação de quadrilha, para você ter uma
ideia’, argumentou. (…)”
Retomo Ah, bom! A “Carta Maior” é aquele site de esquerda
financiado pela Petrobras, onde brilham a sabedoria e a destreza ortográfica e
sintática de Emir Sader. Olhando um dos cartazes do protesto, faz sentido…
Quanto à
tal Jaqueline Nikiforos… Fiz uma pesquisa rápida e descobri que a moça tinha
sido assessora do ex-deputado Raul Marcelo, do PSOL. Seria filiada? Recorri ao
site de consulta do TSE e batata! Trata-se de uma militante do PSOL em… Paris!
Convenham! Ninguém é de ferro! Socialismo com liberdade é o tipo de casamento
só possível às margens do Sena. Duro é encarar esse troço na periferia de
Diadema.. Analfabetismo Vejam a foto. Uma das moças segura um cartaz que
diz: “PT de mãos dadas com o facismo tucano”.
Sim, “fascismo” está escrito sem “s”. Alguém diria: “Pô, Reinaldo, é que eles já estão confundindo a sua língua de origem com a do país estrangeiro”.
Bem, só para lembrar, também o idioma de Voltaire inclui o “s” em “fascisme”. É claro que ainda não existia tal vocábulo no tempo de Voltaire, mas estupidez já havia… Sim, resta a hipótese do analfabetismo nos dois idiomas — além do analfabetismo político.
Sim, “fascismo” está escrito sem “s”. Alguém diria: “Pô, Reinaldo, é que eles já estão confundindo a sua língua de origem com a do país estrangeiro”.
Bem, só para lembrar, também o idioma de Voltaire inclui o “s” em “fascisme”. É claro que ainda não existia tal vocábulo no tempo de Voltaire, mas estupidez já havia… Sim, resta a hipótese do analfabetismo nos dois idiomas — além do analfabetismo político.
É
impressionante que a selvageria a que se assistiu nas ruas de São Paulo seja
chamada de direito de manifestação pela elite deslumbrada que estuda em Paris.
É
impressionante que essa elite deslumbrada não saiba escrever “fascismo”,
embora o pratique com grande destreza.
É
impressionante que uma manifestação de seis — SEIS — militantes políticos ganhe
destaque na imprensa brasileira.
Eis o
estado geral das artes.
*Texto por Reinaldo Azevedo
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