quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Levy, o viciado em aumentar impostos.

Levy e a tarefa de aumentar impostos para salvar o buraco criado pelo PT.
O lado positivo é que Joaquim Levy já mostrou que sabe equilibrar orçamentos e não tem muito problema em segurar gastos. O lado negativo é que ele costuma equilibrar orçamentos aumentando impostos.
Quando foi Secretário do Tesouro no primeiro mandato de Lula, Levy não teve nenhum problema em aumentar impostos. A alíquota da COFINS subiu de 3% para 7,6% ao passo que a base de cálculo da CSLL foi alargada, o que aumentou a arrecadação.
Vista por esse prisma, a indicação de Levy por Dilma realmente não é de todo incoerente. E já circulam pelos bastidores promessas de retorno da CIDE, elevação da alíquota do PIS e da COFINS sobre produtos importados, e aumento da tributação sobre cosméticos.
Já se fala também na volta da CPMF (que está sendo articulada por governadores do PT), na tributação de dividendos e na extinção dos juros sobre capital próprio (também projetos de deputados do PT).
Aparentemente, o ano de 2015 já está perdido. O estrago feito nos últimos anos foi enorme e o conserto não será nem rápido e nem indolor.
O trio Guido Mantega (Fazenda), Arno Augustin (Tesouro) e Márcio Holland (Secretária de Política Econômica) deixou um legado desastroso, de modo que o simples anúncio da saída destes senhores já é motivo de comemoração.
Após 4 anos de intensa aplicação, a Nova Matriz Econômica — que se baseou em política fiscal expansionista, juros baixos, crédito subsidiado, câmbio desvalorizado e aumento das tarifas de importação para "estimular" a indústria nacional — logrou apenas recessão, queda nos investimentos, queda na produção industrial, aumento nas falências, aumento na inadimplência, desânimo no setor de serviços e estagnação na criação de empregos.
A troca da equipe econômica, com a demissão de Guido Mantega, Arno Augustin e Márcio Holland, e a nomeação de Joaquim Levy, representa um reconhecimento tácito desse fracasso por parte de Dilma.
Já é um bom começo.
Mas o que tem de ser feito -- atacar a carestia, reduzir a dívida bruta do governo, e corrigir as distorções criadas pelo intervencionismo no setor elétrico estão entre as medidas mais urgentes -- não será tarefa fácil. Haverá perdedores.
Dilma terá de limpar a bagunça que ela própria criou. E terá de fazer isso tomando medidas impopulares. Caso ela seja bem sucedida em todos os desafios listados neste artigo, o máximo que ela irá conseguir é retornar o país ao ponto em que ele se encontrava no início de 2011.

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