domingo, 27 de julho de 2014

Depois da derrota de Dilma, Lava Jato deve aprofundar desvios bilionários na Petrobras para políticos.

O Fundo BB Millenium (operado em 2006 e 2007, com a ajuda de grandes bancos transnacionais e brasileiros), as operações da Petrobras International Finance (PFICO, que sofreu uma “cisão parcial” em 16 de dezembro de 2013, em estranha decisão da Assembleia Geral da companhia) e os negócios da BR Distribuidora (desde que a empresa teve o capital fechado, no começo do governo Lula, em 2003). Estes são os possíveis alvos de investigação da Operação Lava Jato, que apura um mega esquema de lavagem, superior a R$ 10 bilhões, envolvendo o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e uma penca de políticos que ainda não figuram como alvos judiciais.
A petralhada está com o coração apertadinho. Alguns já começam a enfartar – como ocorreu ontem com o doleiro Youssef. Todos já sabem que, depois de confirmada a derrota reeleitoral de Dilma Rousseff, um jato ainda maior e mais forte de denúncias de corrupção tende a atingir o núcleo duro dos petistas – com efeito muito mais devastador que o Mensalão. A tese geral é que não dá para acreditar que Paulo Roberto Costa agia apenas para ele mesmo, em parceria com o doleiro Youssef, sem o envolvimento de outros políticos graúdos – petistas ou não. A esperança dos petistas é que os tucanos, prováveis vencedores na eleição presidencial, desistam de ir fundo nos problemas da Petrobras.
Investigadores da Operação Lava Jato têm certeza de que a maior parte do dinheiro envolvido na megalavagem veio de desvios em contratos superfaturados com empreiteiras e fornecedores da Petrobras, usando offshores (empresas de fachada registradas em paraísos fiscais fora do Brasil). Investidores internacionais acreditam que, se forem rastreados os negócios da PFICO, da BR Distribuidora, e do fundo BB Millenium, o esquema de Youssef e Paulo Costa ficará maior – em bilhões de dólares.
Ontem, Youssef foi acusado pelo Ministério Público Federal de ter realizado 1.114 contratos de câmbio fraudulentos, envolvendo US$ 78,2 milhões, com duas empresas offshores no First Curação Bank nas Antilhas Holandesas. O doleiro é suspeito de cometer 3.649 vezes o crime de evasão de divisas. Entre 2011 e 2013, remeteu para o Exterior cerca de US$ 450 milhões. O dinheiro sairia do Brasil para pagamentos de importações fictícias de empresas operadas por laranjas.
Agora, os companheiros petralhas acompanham, com uma lupa banhada a ouro, as consequências da Operação Monte Branco, iniciada pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal de Portugal, para apurar transferências ilegais entre gestores de fortuna, em um dos maiores escândalos globais de lavagem de dinheiro. Os lusitanos suspeitam da ligação entre os esquemas investigados lá e a Operação Lava Jato brasileira. O dinheiro sujo ajudou a abastecer esquemas de campanha política, tráfico de drogas e diamantes, em uma conexão entre Brasil, Portugal, África e paraísos fiscais.
Previsão Médica
Pelo menos um famoso político brasileiro, lá do Nordeste, quase enfartou por causa dos escândalos e da crise no Banco Espírito Santo, de Portugal.
Tem muito petralha perto de passar muito mal, se forem investigados, com mais profundidade, os mecanismos de lavagem de dinheiro no circuito Brasil-Portugal-África.
E se o juiz Sérgio Moro continuar pegando na veia, chegando às conexões lusitanas de alguns negócios do doleiro Youssef, vai ter mais gente envolvida na Lava Jato com graves problemas coronarianos.
Exemplo da Cruz Vermelha
Foi salutar a decisão da Cruz Vermelha de divulgar, publicamente, todo o trabalho investigativo da britânica Moore Stephens, que identificou R$ 25 milhões em gastos sem comprovação e movimentações suspeitas de recursos na entidade, aqui no Brasil, entre os anos de 2010 e 2012.
Doações e contribuições voluntárias foram para o saco da corrupção, principalmente nos escritórios do Maranhão, Ceará e Petrópolis.
A presidente da Cruz Vermelha Brasileira, Rosely Sampaio, pedirá na Justiça a punição dos dirigentes envolvidos nas fraudes e a reparação dos danos à imagem da instituição – que é ligada à Federação Internacional da Cruz Vermelha.
Touro na unha da Dilma
Desde dezembro do ano passado, o Alerta Total antecipa que a Oligarquia Financeira Transnacional rompera com Dilma Rousseff e investiria na derrota dela.

Por isso, foi surpresa nenhuma a contra-propaganda contra Dilma feita pelo Banco Santander aos clientes “select”, com renda superior a R$ 10 mil.
Itaú e Bradesco, de maneira mais discreta, já tinham detonado o PT há muito tempo...
O governo petista é tão ruim que, mesmo lucrando astronomicamente como de costume, os bancos querem a sua substituição –provavelmente pelo Aécio Neves, que não deve fazer grandes mudanças no sistema financeiro...

E você acreditou, Chapolim Colorado?
Vamos trabalhar, Ministério do Trabalho?
O desempregado José Ruela da Silva, cartão do cidadão número 12492605142, esteve ontem no Poupa Tempo da Sé, em São Paulo, para dar entrada no seguro desemprego, mas vai ficar na mão por causa da “burrocracia”.
A empresa em que trabalhava (uma das maiores do mundo em seu ramo) vacilou e não registrou no site do Ministério do Trabalho as informações sobre os três últimos salários recebidos.
O problema deve ficar sem solução, já que a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do MTB só tem agendamento“possível” para o distante dia 24 de outubro, às 15 horas, na repartição da rua Martins Fontes, 119...
A empresa falha, o MTB demora a receber a reclamação e o desempregado que se dane...
É Pedreira...
Lembram-se daqueles pedaços de cinco vigas e mais algumas peças do viaduto da perimetral que desapareceram misteriosamente?
Circula no mercado negro da malandragem que o material foi vendido a uma pedreira por R$ 500 mil.
Breve, vai vazar que a grana foi torrada por políticos, em viagens ao exterior e outras safadezas menos votadas...
Em Famíglia...
As revistas Época e Veja acabaram com a reputação de bom moço e “Xerife” do deputado federal Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ), com a divulgação das conversas dele com a ex-mulher, Vanessa Felippe, nas quais falou de uma “mesada” de R$ 65 mil a R$ 70 mil que recebia da ONG Casa Espírito Tesloo.
A grande pergunta agora é: como se chama o inimigo de Rodrigo Bethlem que fez o escândalo vazar em duas grandes revistas semanais, para ferrar o ex-Secretário de Ordem Pública, de Desenvolvimento Social e, até abril deste ano, de Governo da Prefeitura do Rio de Janeiro, na gestão Eduardo Paes?
Dessa briga de marido e mulher, onde o ditado popular prega que não se deve meter a colher, pode sair um indigesto angu de caroço para o Eduardo Paes e o Sérgio Cabral Filho – que sempre foram unha e carne do Bethlem.
Vingança?
A confusão será gigantesca, já que Vanessa é filha do presidente da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, Jorge Felippe.
Há 15 dias, Vanessa Felippe está internada em uma clínica de repouso, depois de ter se jogado do terceiro andar de um shopping na Barra da Tijuca.
Vanessa gravou as conversas com o marido em 2011, usando as câmeras que mandou instalar por todo o apartamento, para registrar detalhes da complicada negociação de divórcio.
Já fazendo uma defesa preventiva do que poderia desabar sobre sua cabeça, Rodrigo divulgou na mídia um atestado médico informando que Vanessa estava em tratamento de “Transtorno de Personalidade Borderline”.
Prejuízo eleitoral
O escândalo queima o filme de Rodrigo, que tentava a reeleição para a Câmara Federal.
Também atrapalha os planos de seu filho com Vanessa, Jorge Felippe Neto, que concorreria a uma vaga de deputado estadual.
E tem tudo para impedir que o prefeito Eduardo Paes cumpra o acordo, costurado há muito tempo, de indicar o sogro de Rodrigo, o todo poderoso Jorge Felippe, para o cargo vitalício de conselheiro do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro.
Concorrência
Vanessa Felippe, filiada ao PSL, tinha planos de se candidatar a deputada federal, para desbancar o ex-marido, mas seus problemas de saúde podem atrapalhar seus planos.
Anos atrás, quando tinha 21 anos de idade, Vanessa conseguiu o feito de ter sido eleita a mais jovem deputada federal do Brasil, com 64.822 votos.
Atualmente, Vanessa atuava como empresária: “Presidenta e Editora-chefe da B4-Editora”.
Conselho útil...
Filme velho!
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 26 de Julho de 2014

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