O economista David Zylbersztajn divulgou ontem uma nota de "Esclarecimento Público" para rebater as afirmações feitas pela candidata petista Dilma Rousseff no debate da TV Bandeirantes, domingo passado.
No comunicado, Dilma é desmentida pelo economista, que prova que ela usou várias vezes a lei que critica.
Zylbersztajn disse que "a candidata (ou quem a assessora) delira, talvez motivada por assombrações que lhe assomam, vendo uma privatização a cada esquina".
A candidata ressuscitou no debate a tática usada em 2006 pelo então candidato à reeleição Luiz da Silva (PT) contra o tucano Geraldo Alckmin.
Como Luiz da Silva, que acusou Alckmin de querer vender a Petrobrás e o Banco do Brasil, Dilma levantou a suspeita de que José Serra pode apoiar a "privatização do pré-sal".
No encerramento da nota de esclarecimento, parafraseando um trecho do livro "O Crime do Padre Amaro", de Eça de Queirós (1845-1900), Zylbersztajn afirma que a candidata do PT usou de "má fé cínica" e de "obtusidade córnea".
"Nunca é demais lembrar que o exitoso modelo de concessões foi implantado a partir da Lei do Petróleo de 1999. Durante o governo FHC foram realizados 4 leilões sob este regime (num dos quais foram licitadas as áreas do pré-sal). No governo do PT foram 6 (leilões). Ou seja, se este é um modelo privatizante, foi aplicado de forma bem sucedida e permanente pelo governo do qual fazia parte a candidata Dilma, inclusive na qualidade de Ministra de Minas e Energia", afirmou Zylbersztajn.
Fonte: Coturno Noturno.
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