Acredito que todos os que viram o debate da Band que acabou há pouco puderam comparar de forma definitiva o candidato José Serra com a candidata do Lula. Aquilo que se falava há muito tempo por fim foi mostrado aos eleitores brasileiros: José Serra é disparado o candidato mais preparado não só intelectualmente e em experiência, mas sobretudo tem a virtude que poucos políticos possuem: o equilíbrio emocional mesmo nos momentos em que fustigou sua adversária. E o fez de forma econômica e, convenhamos, educada, como convém aos verdadeiros estadistas.
Dilma, por seu turno, surpreendeu pela sua agressividade desmedida. Mostrou-se o tempo todo na defensiva embora premiada pelas pesquisas eleitorais e pelas análises generosas da maioria dos jornalistas da grande imprensa nacional.
Mais uma vez se viu Dilma em certos momentos construir frases indecifráveis e, sobre a questão do aborto também, mais uma vez, não se explicou e ficou andando sobre o muro, espumando de raiva.
Ora, uma pessoa que apresenta esse desequilíbrio num debate demonstra que não reúne as mínimas condições para presidir uma Nação do tamanho e da complexidade do Brasil.
Ao contrário, José Serra se manteve sereno, demonstrou segurança e conhecimento profundo sobre todos os temas tratados. É forçoso reconhecer que a impressão que se teve ao ver este debate é que quem estava correndo atrás do prejuízo era a Dilma, ainda que, como disse, continua premiada pela últilma pesquisa, embora a margem tenha se reduzido.
O que transpareceu é que José Serra dominou a cena sempre. Ao final concluiu sorrindo, pedindo gentilmente o voto do eleitor e, de forma sincera e humilde, solicitou que seus eleitores consigam cada um mais um votinho para garantir a vitória final!
Esta é a minha opinião. Neste tipo de debate já pesam pouco as propostas e metas dos candidatos, o que afinal já foram exaustivamente apresentadas aos eleitores no primeiro turno. Nesta segunda etapa o que vale é o confronto e a forma como cada um dos concorrentes lida com isso. Neste caso, Serra mostrou que sabe articular muito bem o que quer dizer e, sobretudo, que possui aquelas virtudes imprescindíveis aos líderes políticos: o equilíbrio e a submissão ao império da razão e da objetividade.
*Texto de Aluizio Amorim
*Texto de Aluizio Amorim
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