quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A política como farsa.

:: Maria Lucia Victor Barbosa
            No teatro da vida, a farsa sempre esteve presente. A hipocrisia, a mentira, a simulação, a impostura, e a bajulação ajudam os vencedores da arena da existência, sobretudo se são dotados da retórica capaz de iludir e convencer.

            Na atualidade, o famigerado “politicamente correto”, que exclui valores,  embaça percepções e nivela por baixo para atingir o que Alexis de Tocqueville denominou de “males da igualdade”, elevou ao máximo a farsa como modo de escapar ao julgamento negativo da maioria. A pessoa diz o que se quer que ela diga e não o que pensa ou sente.

            Na política, palco máximo da simulação, a farsa nunca esteve tão exacerbada na medida em que conta com o poderoso auxílio da propaganda, que se sofisticou e se disseminou através dos meios de comunicação, especialmente os televisivos. Esse ápice da arte de fingir chegou ao nosso país com o governo petista, que, finalmente, conseguiu marqueteiros aptos a esculpir imagens ou confeccionar máscaras para compor personagens ideais palatáveis ao gosto popular.
            Assim, Lula da Silva, sindicalista esperto, verborrágico, afeito a retórica de porta de fábrica, vestiu a roupagem do operário pobrezinho, necessário à ideologia de esquerda que precisava de um representante do proletariado e, num passe de mágica, virou "estadista". Nada mais longe da verdade, pois Lula de fato é um semianalfabeto que de pobre não tem mais nada, um populista ambicioso e sem escrúpulos que venceu pela sorte e não pelo valor. Sua fala vulgar, rudimentar, grotesca, e algo circense provocou o sentimento de identidade com a massa, que sendo culturalmente necessitada de proteção viu nele o pai generoso a distribuir caridades oficiais que livraram os mais pobres da “maldição” do trabalho.
            Mas ai de quem disser essas coisas do “líder”, pois serpá imediatamente tachado de preconceituoso e marcado com novos significados de certos termos inventados pelo PT. Por exemplo: fulano é da "elite". Elite quer dizer produto de qualidade, mas na “novilíngua” petista passa a significar rico e, portanto, mau. As pessoas não percebem que os mandarins do PT estão riquíssimos e que Lula é o queridinho dos banqueiros, dos empresários empreiteiros que, aliás, sustentam suas ricas campanhas.

            Sicrano é de direita. Direita é outro termo no linguajar petista que estigmatiza quem é assim chamado. Ser de direita -- ensina o PT -- é ser atrasado, neoliberal, mau-caráter, aquele que odeia os pobres. O bom é ser de esquerda, aquela bem totalitária, que matou milhões em nome da causa, impediu a liberdade, infelicitou, oprimiu e igualou o povo na miséria, mas conservando rica a classe dirigente. Curiosamente, o PT nunca conseguiu definir seu "socialismo" e sua classe dirigente adora gozar das delícias da burguesia.
            Do alto de sua arrogância, o boquirroto Lula, que gosta de ensinar ao mundo como é que se faz para converter um país em paraíso, elegeu a primeira mulher presidente. E daí? Ela é a mulher submissa, que não dá um passo sem obedecer ao seu dono e senhor, a gerente que não conseguiu tocar nem loja de R$ 1,99.
            Vergada sob a herança maldita do seu mentor e de sua própria incompetência, Rousseff está conduzindo o Brasil pelos fiascos dos 'pibinhos' que nos torna lanterninha dos BRICS, pela calamidade da inflação, pelo flagelo da inadimplência. Mas ela não é a mãe do PAC? O PAC foi um aborto, uma ficção, como a transposição do Rio São Francisco, e tantas outras promessas não cumpridas.

            Na véspera de 7 de setembro, a governanta veio à TV fazer sua propaganda política. Reconheceu que “ainda somos um país com serviços públicos de baixa qualidade”como se isso não dissesse respeito a seu governo. Entretanto, o que Lula e ela fizeram para melhorar estes serviços nos seus quase 11 anos de poder?

            Como o forte do PT não é a autocrítica, Rousseff, na mesma performance, se vangloriou de trazer os médicos cubanos escravos, doutrinadores ou não, que dão um bom lucro para Fidel Castro e, provavelmente, para o governo brasileiro.

            A última da governanta foi no G20. Ela discursou pedindo satisfações ao presidente Obama sobre espionagem. Uma tentativa de levantar os brios nacionalistas brasileiros e se colocar como vítima. Quem sabe também obter o assento na Comissão de Segurança da ONU, almejado pelo PT há longo tempo. Ficou falando sozinha, pois os participantes estavam preocupados com o importante caso da Síria.

            O fato é que o Brasil está longe de alcançar sua independência, enquanto o povo continuar a votar nesse tipo de gente. E que não se duvide de que a bancada da Papuda, que deve aumentar caso os “mensaleiros” sejam presos, possa ser reeleita, apesar da cusparada que o Congresso Nacional deu na cara do país mantendo o mandato do deputado presidiário, Natan Donadon. Infelizmenteo ser humano ama a farsa e a pratica.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga

*Enviado por Francisco Vianna, por e-mail, via Grupo Resistência Democrática.

Um comentário:

  1. Que pena que a espionagem americana
    e tao inofensiva ! Podia existir um
    James Bond pra eliminar esses tiranos
    vermelhos !

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