Humberto Santos - Hoje em Dia
Todas as 3.740 contribuições pagas são do diretório de Belo Horizonte, localizado na rua Timbiras
Propondo a reforma política com o financiamento público de campanha, o PT não faz o dever de casa, pelo menos em Minas Gerais.
O Processo de Eleição Direta (PED), eleição que irá indicar os novos presidentes dos diretórios municipais e estadual para um mandato de dois anos tem fortes indícios de financiamento privado, com o pagamentoem massa de débitos de militantes e até mesmo a regularização de filiado que já morreu.
O Hoje em Dia teve acesso a uma representação do deputado estadual e também candidato a presidente do PT de Minas Gerais, Rogério Correia, ao Diretório Nacional. No documento, o candidato questiona o fato de, em um único dia, no mesmo caixa do Banco do Brasil, terem sido pagas 3.740 contribuições de filiados do diretório de Belo Horizonte em débito com o partido. O pagamento foi realizado no dia 26 de agosto, a quatro dias do prazo final para o acerto do pagamento individual de filiado.
Para um filiado votar, além de ter feito um curso de formação, ele deve estar em dia com as contribuições do partido. Atualmente, quem possui cargo comissionado destina um percentual do salário, conforme o valor que recebe. Quem não ocupa cargo comissionado, tem que pagar uma taxa de R$ 10 por semestre para ser considerado apto a escolher o dirigente.
Até morto
No meio das 3.740 contribuições, há o nome de dois filiados que já mudaram de Minas Gerais e o de Charles das Chagas Ferreira, falecido no primeiro semestre deste ano. “Isso mostra que pegaram uma lista de filiados, pagaram para garantir que eles possam votar. E o dinheiro vem de fora. Quem tem condições de pagar isso? Desse jeito, só ganha quem tiver dinheiro”, diz um membro do partido que pediu para não ser identificado.
Outro petista, que também pediu anonimato, afirma que esse tipo de movimentação está acontecendo no partido por que há grupos que querem a vitória a qualquer preço. “Querem ganhar com boa margem de votos. Se ganhar de pouco, é como se tivesse perdido”, afirma.
A “necessidade” de uma vitória expressiva seria para garantir efetivamente o controle do partido, já que uma divisão clara dificultaria o poder.
Pior que as eleições para presidente do Brasil se aproximam, já conhecemos o método como eles atuam, não será diferente nas esferas federais.
ResponderExcluirGrande abraço e parabéns pelo blog.
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