sábado, 4 de janeiro de 2014

Justiça de um jeito ou de outro.

“ISRAEL JÁ FEZ JUSTIÇA QUANTO AO CASO DOS ATENTADOS CONTRA JUDEUS NA ARGENTINA, MANDANDO QUASE TODOS ELES PRESTAREM CONTAS COM O DIABO NO INFERNO”.

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Yitzhak Aviran, embaixador de Israel na Argentina entre 1993 e 2000. Agência France Presse.
            O ex-embaixador de Israel na Argentina, Yitzhak Aviran (foto acima) declarou na sexta feira de hoje à Agência Judaica de Notícias que "os autores dos sangrentos ataques antissemitas, perpetrados em Buenos Aires na década de 1990, já foram quase todos eliminados pela inteligência israelense". Disse ainda Aviran que "a grande maioria dos culpados já foram despachados, para o além, pelos agentes judeus", num informe sobre fatos relacionados com a comunidade judaica na Argentina, sendo uma das mais numerosas da América latina, com algo em torno de 300 mil almas.
            Na ocasião, Aviran foi perguntado sobre a impunidade dos autores dos atentados à bomba, perpetrados em março de 1992 contra a embaixada de Israel, com 29 mortos e 200 feridos, e em julho de 1994 contra a sede da Associação Mutuária AMIA, uma entidade judaica de Buenos Aires, que matou 85 pessoas e deixou feridas outras 300.
            "A entrevista na qual foi feita essa revelação inédita aconteceu em espanhol e por telefone em ligação direta de Israel", explicou o diretor da AJN à AFP.
            Esta no seria a primeira vez que Israel elimina responsáveis por ataques contra cidadãos judeus ou entidades judaicas, tendo em conta o que ocorreu com os assassinatos cometidos pelos serviços secretos israelenses dos responsáveis pelo massacre de atletas judeus nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972.
Aviran, colocado no cargo em Buenos Aires de 1993 a 2000, questionou ainda assim o chanceler argentino Héctor Timerman pelo acordo firmado com o Irã, pelo qual Teerã se comprometeu a 'colaborar com a justiça argentina', que acusa esse país de ser o mentor e autor intelectual do atentado à AMIA.
“Timerman tem uma história bastante problemática com relação a Israel; antes dele, seu pai (Jacob), a quem os judeus salvaram (da última ditadura argentina) e, em troca, só receberam injúrias, e depois o filho, Héctor, que age como se fora anti-israelense e antijudeu”, disse.
O pai do chanceler, proveniente de una família judaica da Ucrânia, foi um reconhecido jornalista, fundador dentre outros meios gráficos do jornal diário 'La Opinión', e foi sequestrado e torturado durante a ditadura militar (1976/83).
O ex-diplomata israelense lembrou na entrevista que no dia do atentado à AMIA tinha previsto se reunir com outros dirigentes da comunidade na sede da associação mutuária e que, na última hora, mudaram a reunião de local, para outro que ficava a poucas centenas de metros distantes do local onde houve o crime terrorista. "Todavia, necessitamos de uma resposta de tudo o que ocorreu”, disse Aviran e acrescentou que tal resposta os argentinos não haviam conseguido, nem durante os governos de Carlos Menem (1989/99) e nem de Fernando de la Rúa (1999/2001).
A justiça argentina atribuiu a autoria do letal atentado à AMIA a oito iranianos, entre eles o ex-ministro da Defesa, Ahmad Vahidi, o ex-presidente Ali Rafsanjani (1989-1997) e o ex-assessor cultural do Irã na Argentina, Moshen Rabbani.
*FRANCISCO VIANNA (da mídia internacional)

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