PARIS, França — Se os americanos quiserem ter uma ideia do seu possível futuro econômico, deveriam olhar para a França, onde há altos níveis de desemprego, baixo crescimento, mais impostos e mais pessoas recebendo assistência do governo.Alguns estão chamando a estagnada economia americana de “novo normal”. Alguns dizem que os EUA estãos cada vez mais parecidos com a Europa.
A França deveria ser um alerta para os americanos que recentemente votaram por mais quatro anos de altos gastos do governo. Os franceses são especialistas criar um Estado inchado. Há décadas que têm um déficit público, o que deixou o país mais pobre.
A Bomba-Relógio do Assistencialismo
A explosão do assistencialismo nos EUA e seu enorme déficit está começando a parecer tão europeu que após o recente fiasco do “abismo fiscal”, a última capa da revista The Economist mostra Obama vestido em um típico traje francês de marinheiro, e o porta-voz da Câmara dos Deputados, John Boehner, em um traje bávaro.
Agora a Casa Branca decidiu contratar a famosa economista esquerdista francesa, Esther Dufflo, para ajudar a formular a política econômica. Embora a França seja reconhecida por algumas coisas, economia não é uma delas.
O assistencialismo inflado da França já foi chamado de “bomba-relógio”. O Estado inchado não apenas enfraqueceu a economia do país, mas também seu espírito empreendedor.
“Os jovens empresários estão indo para Londres, para a Ásia, para os Estados Unidos, pois querem conquistar algo que não seja automaticamente tomado deles por um Estado que diz, ‘você tem, portanto eu pego’”, afirma Jacob Arfwedsons, economista de livre mercado do IREF (sigla em inglês para Instituto de Pesquisas Econômicas e Fiscais) situado em Paris.
O Êxodo dos Milionários da França
Os ricos também estão fugindo por causa dos altos impostos. O ator francês Gerard Depardieu recentemente recebeu seu passaporte russo, oferecido pelo presidente Vladimir Putin. A Rússia cobra uma alíquota uniforme de apenas 13%.
A França é um dos países com menos milionários per capita na Europa Ocidental.
Uma pista da razão disso pode ser vista em uma manchete de jornal sobreposta à foto do homem mais rico da França, Bernard Arnault, que ameaçou deixar o país devido aos altos impostos.
Na manchete lê-se: “Suma, riquinho imbecil”.
Alguns brincam que a França foi o único país onde o comunismo deu certo. Eles não têm um orçamento equilibrado há 40 anos. O setor público da economia é maior do que o privado.
A maioria dos franceses é dependente do Estado, não apenas para benefícios, mas também para empregos. Três entre quatro jovens dizem que seu sonho é conseguir um emprego público.
“A França está viciada nos gastos públicos como uma droga”, disse Florian Silnicki, do Clube de Empreendedores, à CBN News. “Voltamo-nos para os gastos públicos como a solução para os nossos problemas. E os empresários estão nos dizendo, ‘Não aguentamos mais’”.
“O sistema que temos é muito generoso. Mas também é muito caro, e nós simplesmente não temos como pagar por ele”, afirma o Dr. Emmanuel Martin, economista francês da Atlas Foundation.
Assistencialismo = Sociedade Mesquinha
Martin acredita que a França prova o fato de que, quando o assistencialismo começa a cuidar das pessoas, elas param de cuidar umas das outras.
O nível de doações voluntárias na França e em outros países da Europa Ocidental é muito mais baixo do que nos Estados Unidos.
O economista disse que o assistencialismo “mata o impulso natural pela solidariedade entre os indivíduos. E não é de se estranhar que não somos um país muito filantrópico”. Ele afirma que o assistencialismo torna as sociedades “más”.
O socialismo permite que políticos basicamente comprem votos oferecendo em troca benefícios pagos com dinheiro que eles não têm; e não estarão mais lá quando o Estado finalmente quebrar.
“Cada vez mais empresas estão falindo, e há cada vez menos vagas de emprego”, lamenta Martin.
Choque de Realidade a Caminho
De acordo com Arfwedson, do IREF, é quase garantido que o futuro da França será mais pobre.
E alerta: “Esse dia virá muito, muito em breve. Existe uma percepção cada vez maior de que estamos indo em direção ao muro, e ele se chama ‘realidade’”.
Uma excelente pergunta é: por que os líderes americanos iriam querer copiar a França, ou mesmo a Europa?
Pesquisas de opinião mostram que os democratas americanos agora têm uma visão favorável do socialismo, que é muito popular entre os jovens universitários.
Talvez eles devessem conversar com um economista francês.
*Texto Dale Hurd ,traduzido por Luis Gustavo Gentil do artigo do CBS News: “Warning! America May Be Going the Way of France”
Fonte: www.juliosevero.com
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