quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Não são poucos em Cuba.

 
A morte ronda a pobre Havana. Por ironia do destino, tanto Fidel Castro quanto sua cria Hugo Chávez enfrentam lá a morte, sem saber, eles também, quem já governa de fato Cuba e a Venezuela. E o que realmente passará quando os dois facínoras finalmente morrerem.
Enquanto Chávez luta pela vida num pardieiro cubano, seus seguidores se engalfinham em Caracas pelo poder. Em Cuba, a morte de Fidel foi antecipada. Seu irmão Raúl é o ditador reserva há 5 anos e joga politicamente com o povo cubano, oferecendo as reformas para melhorar-lhes a vida, mas permitindo apenas as mudanças que não destruam o legado do irmão, que torturador e assassino como ele, tem sangue embaixo das unhas das mãos. Isso parece não contar lá.




Ao mesmo tempo, Raúl Castro tenta administrar a ausência de Chávez de forma a não interromper o fornecimento dos 100 mil barris diários de petróleo que a Venezuela manda para Cuba de graça. Se a Venezuela fechar a torneira depois da morte do bufão Chávez, toda a economia cubana entrará em colapso.


A mais espetaculosa ação da ditadura cubana foi a recente revogação do pedido de licença para deixar o país. Ao preço de 350 dólares no país que um médico ganha 20 por mês. Os cubanos que até agora saíram sem ter os tais papéis exigidos perderam suas "propriedades", onde moravam suas famílias, que na verdade tinham sido confiscadas dos "burgueses" na revolução.

E ainda assim, os cidadãos que fazem fila na repartição aduaneira descobriram que um passaporte custará mais de 100 dólares, quantia que a maioria das pessoas que ganham US$ 19 ao mês não poderá pagar, a não ser que tenha parentes generosos vivendo fora de Cuba que lhes enviem dinheiro. Esses mesmos parentes se tornaram a principal fonte de divisas que mantém a economia cubana funcionando.



As supostas reformas do ditador reserva Raúl Castro mantêm o jaez que Fidel impingiu à sociedade cubana há muito tempo. Desde que Raúl Castro vendava os olhos de burgueses fuzilados no mato (foto).

Os cubanos agora podem comprar e vender imóveis residenciais, desde que tenham o dinheiro, que a maioria simplesmente não tem. Podem entrar nos hotéis para turistas, como qualquer visitante europeu, mas não têm dinheiro para pedir sequer uma coca-cola. Os cubanos receberam autorização para abrir pequenas empresas. Agora podem com elas reformar colchões, podar palmeiras ou pintar retratos...

Mas a "reformas" não são bem vistas por todos os cubanos não. Todos aqueles que se mudaram para a casa de algum fugitivo, ou que ficaram com os bens confiscados de quem se lançou ao mar para tentar chegar aos EUA, não querem mudanças que permitam aos refugiados voltarem e reclamarem seus pertences e próprios, inclusive moradias. São verdadeiros "revolucionários", ficam com as coisas dos outros. Não tem pouca gente assim em Cuba não.

 

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