Cristina Kirchner impõe restrição cambial que dificulta a vida dos peregrinos. Os jovens não  conseguem trocar pesos no banco porque muitos não trabalham e não podem  comprovar salário.
Vejam  só o altíssimo grau de "liberdade" de que os cidadãos argentinos desfrutam quando  se trata de, legitimamente, comprar moeda estrangeira e viajar para o  exterior.
Se com medidas como as que vocês terão oportunidade de ler na reportagem abaixo a economia argentina estivesse uma maravilha, mas, como sabemos, não: o governo bolivariano de Cristina Kirchner mascara a inflação, proíbe a divulgação de índices que não sejam os oficiais — como ocorre em ditaduras –, afugenta o capital estrangeiro, perde competitividade internacional e empurra para a frente uma crise que, um dia, explodirá.
Se com medidas como as que vocês terão oportunidade de ler na reportagem abaixo a economia argentina estivesse uma maravilha, mas, como sabemos, não: o governo bolivariano de Cristina Kirchner mascara a inflação, proíbe a divulgação de índices que não sejam os oficiais — como ocorre em ditaduras –, afugenta o capital estrangeiro, perde competitividade internacional e empurra para a frente uma crise que, um dia, explodirá.
Nem mesmo a primeira viagem de um papa argentino à América Latina inspirou o  governo da Argentina a aliviar o rígido controle cambial para os peregrinos que  desejam ver o papa Francisco no Brasil, na semana que vem.
Milhares de jovens católicos argentinos, muitos de origem humilde, desejam  viajar ao Rio de Janeiro para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e  encontrar o papa conterrâneo, que chega na segunda-feira na primeira viagem ao  exterior de seu pontificado. Mas as restrições para a troca do peso argentino  pelo real estão complicando os planos dos peregrinos.
Muitos afirmam que as regras deveriam ter sido aliviadas para uma ocasião  especial. “O governo não está sendo razoável”, disse à Reuters o bispo  Raúl Martín, de Buenos Aires. “Obviamente muitos argentinos iriam ao  Brasil.”
Martín disse que cerca de 18.000 jovens se inscreveram para o evento no Rio.  Muitos vão dormir em escolas pertencentes a organizações religiosas e faltarão  ao trabalho. Ele disse estar recebendo ligações diárias de pessoas que não  conseguem trocar dinheiro. A mídia local estima que 42 mil argentinos irão ao  Brasil.
Antes de viajar para o exterior, os argentinos precisam solicitar uma  permissão ao governo para trocar pesos. Eles precisam repassar detalhes da  viagem e apresentar documentos, incluindo detalhes sobre seus salários. O  problema é que muitos jovens que se inscreveram para a JMJ são muito novos para  trabalhar, disse Martín, e não estão podendo trocar pesos por reais porque não  têm como comprovar salário.
Sacar dinheiro em caixas-eletrônicos com um cartão de crédito, opção  utilizada como último recurso, não funciona no Brasil, uma vez que a Argentina  proíbe os saques em países vizinhos. A presidente argentina, Cristina Kirchner,  estabeleceu novos controles sobre a compra de moeda estrangeira logo após ser  reeleita, em outubro de 2011, para tentar reduzir a saída de capital.
A dificuldade em fazer transações de câmbio levou muitos argentinos ao  mercado negro em busca de dólares. Em Buenos Aires, cambistas fazem fila nas  principais ruas oferecendo “câmbio” aos pedestres. Líderes religiosos, no  entanto, não querem encorajar a atividade ilegal e estão solicitando informação  ao governo sobre como jovens podem comprar legalmente uma quantidade limitada de  reais, disse Martín.
Um porta-voz do Banco Central da Argentina informou que as regras atuais  autorizam instituições religiosas a trocar dinheiro diretamente com o banco, mas  que os peregrinos que desejam viajar para ver o papa devem percorrer o caminho  normal.
(Com Reuters)

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