Governador Sérgio Cabral é o mais atacado nos protestos do Rio de Janeiro
(Foto:Marcelo Fonseca/Folhapress)
Porque o governador do Rio se tornou o alvo principal dos manifestantes, um mês depois de iniciados os protestos e com passeatas esvaziadas no resto do país?
Tudo começou ainda em 2011, quando um acidente de helicóptero expôs a proximidade com o empreiteiro Fernando Cavendish, dono da Delta e detentor de contratos milionários com o governo.
Menos de um ano depois, o mesmo empresário apareceu em fotos de uma viagem a Paris ao lado do governador e seu primeiro escalão, no episódio que ficou conhecido como o escândalo dos guardanapos.
“O mandato do governador do Rio se fragilizou com a exposição de questões éticas e morais. E a pauta das ruas passa justamente por essas duas questões. Cabral encarnou isso e tornou-se o principal alvo dos manifestantes”, explica o sociólogo Paulo Baía, da UFRJ, que estuda há seis anos demandas por reconhecimento, direito e respeito que parte de ações nas ruas.
Baía aponta a ausência do governador como uma falha na estratégia adotada por Cabral para lidar com os protestos. “Nos outros estados, governadores e prefeitos foram rápidos em tomar algum tipo de medida para oferecer algum tipo de resposta. Quando vieram à tona as viagens diárias do governador no helicóptero do estado, usado também para levar família, empregados e o cachorro Juquinha para os fins de semana em Mangaratiba, ele se defendeu alegando não ser o único.
Naquele momento, como agora, os manifestantes interpelaram os governantes não só pelo que consideram ilegal, mas pelos abusos que parecem ‘acobertados’ pela legalidade.
“No primeiro mandato, as notícias sobre Cabral eram positivas. E ele tem mérito: trouxe de volta a autoestima do estado. No segundo mandato, no entanto, lutas políticas fizeram vazar questões antiéticas, com a exposição de uma simbiose entre as esferas pública e privada”, diz Baía.
*Extraído da Reportagem de João Marcello Erthal e Cecília Ritto, na Veja.com
Menos de um ano depois, o mesmo empresário apareceu em fotos de uma viagem a Paris ao lado do governador e seu primeiro escalão, no episódio que ficou conhecido como o escândalo dos guardanapos.
“O mandato do governador do Rio se fragilizou com a exposição de questões éticas e morais. E a pauta das ruas passa justamente por essas duas questões. Cabral encarnou isso e tornou-se o principal alvo dos manifestantes”, explica o sociólogo Paulo Baía, da UFRJ, que estuda há seis anos demandas por reconhecimento, direito e respeito que parte de ações nas ruas.
Baía aponta a ausência do governador como uma falha na estratégia adotada por Cabral para lidar com os protestos. “Nos outros estados, governadores e prefeitos foram rápidos em tomar algum tipo de medida para oferecer algum tipo de resposta. Quando vieram à tona as viagens diárias do governador no helicóptero do estado, usado também para levar família, empregados e o cachorro Juquinha para os fins de semana em Mangaratiba, ele se defendeu alegando não ser o único.
Naquele momento, como agora, os manifestantes interpelaram os governantes não só pelo que consideram ilegal, mas pelos abusos que parecem ‘acobertados’ pela legalidade.
“No primeiro mandato, as notícias sobre Cabral eram positivas. E ele tem mérito: trouxe de volta a autoestima do estado. No segundo mandato, no entanto, lutas políticas fizeram vazar questões antiéticas, com a exposição de uma simbiose entre as esferas pública e privada”, diz Baía.
*Extraído da Reportagem de João Marcello Erthal e Cecília Ritto, na Veja.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário