Na foto, secretária municipal da Fazenda da
prefeitura de Porto Alegre no governo Collares, PDT, ela ainda usava o sobrenome
Linhares, do primeiro marido, embora já estivesse casada com o então deputado
Carlos Araújo. Ela saiu três meses antes do término do mandato, deixando atrás
de si cofres vazios e dívidas de curtíssimo prazo, inclusive salários do
funcionalismo, correspondentes ao dobro da receita corrente prevista.
No artigo que intitulou "Vou-me embora pra Bruzundanga" e publicou no Estadão, Marco Antonio Villa conta de que modo uma nulidade como a presidente Dilma Roussef consegue chegar ao Palácio do Planalto e de lá comandar o Brasil. O caso não é isolado. Vale a pena ler tudo:
O Brasil é um país fantástico. Nulidades são
transformadas em gênios da noite para o dia. Uma eficaz máquina de propaganda
faz milagres. Temos ao longo da nossa História diversos exemplos. O mais recente
é Dilma Rousseff.
Surgiu no mundo político brasileiro há uma década.
Durante o regime militar militou em grupos de luta armada, mas não se destacou
entre as lideranças.Fez política no Rio Grande do Sul exercendo funções pouco
expressivas. Tentou fazer pós graduação em Economia na Unicamp, mas acabou
fracassando, não conseguiu sequer fazer um simples exame de qualificação de
mestrado. Mesmo assim, durante anos foi apresentada como "doutora" em
Economia. Quis-se aventurar no mundo de negócios, mas também malogrou. Abriu em
Porto Alegre uma lojinha de mercadorias populares, conhecidas como "de 1,99".
Não deu certo. Teve logo de fechar
as portas. Caminharia para a obscuridade se vivesse num país politicamente sério.
Porém, para sorte dela, nasceu no Brasil. E depois de tantos fracassos acabou
premiada: virou ministra de Minas e Energia. Lula disse que ficou impressionado
porque numa reunião ela compareceu munida de um laptop. Ainda mais: apresentou um
enorme volume de dados que, apesar de incompreensíveis, impressionaram
favoravelmente o presidente eleito
Foi nesse cenário, digno de O Homem que Sabia
Javanês, que Dilma passou pouco mais de dois anos no Ministério de Minas e
Energia. Deixou como marca um absoluto vazio. Nada fez digno de registro.Mas
novamente foi promovida. Chegou à chefia da Casa Civil após a queda de José
Dirceu, abatido pelo escândalo do mensalão. Cabe novamente a pergunta: por quê?
Para o projeto continuísta do PT a figura anódina de Dilma Rousseff caiu como
uma luva. Mesmo não deixando em um quinquênio uma marca administrativa um
projeto, uma ideia, foi alçada a sucessora de Lula.
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