Imagem Reuters
Um levantamento da agência Bloomberg a partir de dados daHurun Report, instituição que mede riqueza na China, mostrou que a elite política do país asiático tem um patrimônio dezenas de vezes superior ao das autoridades americanas.
Em reportagem intitulada “Congresso bilionário chinês faz seus pares americanos parecerem pobres”, a Bloomberg informa que os 70 delegados mais ricos do Congresso Popular da China (que tem no total 3 mil membros) possuem, juntos, uma fortuna de US$ 89,8 bilhões.
A Bloomberg acredita que isso seja uma amostra de como o crescimento econômico chinês tem ocorrido de forma desequilibrada. É muito provável que seja verdade, mas, para não deixar dúvida, a agência poderia ter mostrado a evolução desses números ao longo do tempo.Enquanto isso, nos Estados Unidos, os 535 membros do Congresso, o presidente, os secretários (equivalente a ministros) e os nove membros da Suprema Corte – 660 pessoas no total – detêm, juntos, um patrimônio de US$ 7,5 bilhões.
“É extraordinário ver esse grau de casamento entre riqueza e política”, disse à Bloomberg um analista do Brookings Institution, em Washington.
Na China, vários bilionários têm cargo público. Por exemplo, Zong Qinghou, segundo homem mais rico do país de acordo com a lista mais recente da Hurun Report, é um delegado do Congresso. Zhang Yin, a mulher mais rica da China, é membro da Conferência Consultiva Política Popular da China. Segundo a Bloomberg, o ex-presidente chinês Jiang Zemin (1993-2003) promoveu a inclusão de empresários privados no Partido Comunista.
Essa diferença entre o patrimônio das autoridades americanas e o das chinesas ocorre porque na China parte considerável da elite econômica é ligada diretamente ao governo ou ao partido. Já nos EUA, as autoridades e os legisladores não são necessariamente bilionários. O presidente Barack Obama, por exemplo, veio da classe média.
Em democracias ocidentais, a elite econômica prefere atuar politicamente por meio de doações eleitorais e outros tipos de pressão, sem precisar se submeter à exposição a que os cargos públicos inevitavelmente levam. Na China, os empresários não têm problema em assumir cargos políticos, pois o controle das informações que circulam no país ameniza a exposição pública.
* Blogs.estadao.com.br
Em reportagem intitulada “Congresso bilionário chinês faz seus pares americanos parecerem pobres”, a Bloomberg informa que os 70 delegados mais ricos do Congresso Popular da China (que tem no total 3 mil membros) possuem, juntos, uma fortuna de US$ 89,8 bilhões.
A Bloomberg acredita que isso seja uma amostra de como o crescimento econômico chinês tem ocorrido de forma desequilibrada. É muito provável que seja verdade, mas, para não deixar dúvida, a agência poderia ter mostrado a evolução desses números ao longo do tempo.Enquanto isso, nos Estados Unidos, os 535 membros do Congresso, o presidente, os secretários (equivalente a ministros) e os nove membros da Suprema Corte – 660 pessoas no total – detêm, juntos, um patrimônio de US$ 7,5 bilhões.
“É extraordinário ver esse grau de casamento entre riqueza e política”, disse à Bloomberg um analista do Brookings Institution, em Washington.
Na China, vários bilionários têm cargo público. Por exemplo, Zong Qinghou, segundo homem mais rico do país de acordo com a lista mais recente da Hurun Report, é um delegado do Congresso. Zhang Yin, a mulher mais rica da China, é membro da Conferência Consultiva Política Popular da China. Segundo a Bloomberg, o ex-presidente chinês Jiang Zemin (1993-2003) promoveu a inclusão de empresários privados no Partido Comunista.
Essa diferença entre o patrimônio das autoridades americanas e o das chinesas ocorre porque na China parte considerável da elite econômica é ligada diretamente ao governo ou ao partido. Já nos EUA, as autoridades e os legisladores não são necessariamente bilionários. O presidente Barack Obama, por exemplo, veio da classe média.
Em democracias ocidentais, a elite econômica prefere atuar politicamente por meio de doações eleitorais e outros tipos de pressão, sem precisar se submeter à exposição a que os cargos públicos inevitavelmente levam. Na China, os empresários não têm problema em assumir cargos políticos, pois o controle das informações que circulam no país ameniza a exposição pública.
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