sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A cruel realidade cubana.

 
Hélio Dias Viana
Enquanto no Brasil a esquerda exige a apuração de toda a verdade sobre o sucedido no passado aos seus militantes que através da luta armada queriam transformar nossa Pátria em uma nova Cuba, nesta mesma Cuba, em pleno mês de maio de 2011 e até o momento sem protesto da referida esquerda, um opositor do regime morre pouco depois de ser violentamente espancado em um parque público por agentes da tirania de Fidel Castro. Eis o que a este propósito publicou o importante jornal madrilense ABC (9/5/2011):
Opositor cubano morto após espancamento policial advertiu ter recebido ameaças
Perseguem-me constantemente, sei que estão me vigiando, responsabilizo a segurança do Estado cubano e a polícia repressiva pelo que possa me acontecer de agora em adiante”. Esta foi a mensagem deixada ao mundo por Juan Wilfredo Soto, o opositor do regime castrista que morreu após receber espancamento policial na última quinta-feira.
Na gravação, que pode ser ouvida na Internet e cuja data se desconhece, o dissidente denuncia ser vítima da vigilância das forças de segurança, com “elementos” postados inclusive diante de sua própria casa, e demonstra temor de represálias do regime contra ele por defender a causa do também dissidente cubano e prêmio Sakharov Guillermo Farinas. “Os quinze dias que passaste apoiando o Coco (apelido de Farinas) te vão repercutir. Atente para as conseqüências do que te possa acontecer”, assegura Soto ter ouvido de um oficial de segurança.
Juan Wilfredo Soto, de 46 anos, foi espancado na quinta-feira última por quatro agentes da Polícia castrista, segundo denunciou a dissidência cubana. Depois morreu num hospital. A versão oficial do regime foi de que se tratou de uma pancreatite, mas a oposição cubana crê que “o mataram”. Guillemo Fariñas indicou que Soto padecia de várias patologias como hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, transtornos circulatórios e diabete. Soube, através dos médicos que o atenderam no hospital, que ele “teve uma descompensação e finalmente sofreu ‘uma parada cardíaca’”.
Para Elizardo Sánchez, presidente da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, “não há dúvida de que existe uma relação causa-efeito entre a sova que sofreu na quinta-feira e sua morte”, razão pela qual solicitou a abertura de uma investigação.
O enterro de Juan Wilfredo Soto também se converteu em um ato de reivindicação pela dissidência e se desenvolveu em ambiente “muito tenso”, embora sem incidentes.

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