quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Tres Estados na Palestina?

A ANP e o Hamas, juntamente com as demais facções jihadistas e terroristas terão capacidade de se unir para formar o tão propalado “estado palestino”? Caso superem esse obstáculo aparentemente.
Abbas do Fatah quer estatus de "Estado Observador" junto à ONU (para não perder "mensalão" que sustenta a ANP (Autoridade Nacional Palestina) em demonstação de rua na Cisjordânia e na Faixa de Gaza o HAMAS faz manifestação populista de apoio à Abbas. Ou seja, ambos querem um "estado palestino" mantido com o dinhheiro dos outros, principalmente dos EUA e de Israel... Os judeus que se cuidem!
Anos antes da ONU decretar a partição da região que se conhece com o nome de Palestina, em dois estados: um judeu – que já existia de fato e passou a existir de direito: Israel – e outro que ainda não existia e ainda não existe hoje, árabe (a resolução da ONU não cita um “estado palestino”), houve uma primeira divisão. Em 1922, o Mandato Britânico que controlava a região outorgou o leste do Rio Jordão à dinastia hachemita, o que hoje constitui o Reino da Jordânia.
Em 1947, no mundo árabe, prevaleceu o afã de destruir o Estado judeu, fato que desperdiçou a oportunidade instituída pela ONU, através da Resolução 181, para se criar outro Estado árabe na região.
Desse modo, em maio de 1948, as tropas transjordanianas se uniram aos exércitos de vários países árabes que declararam guerra ao recém-nascido de direito Estado de Israel. O armistício de 1949 concedeu ao reino hachemita o controle da chamada Cisjordânia (West Bank), que tem tolerado a construção de assentamentos judeus nesse território.
Após décadas de conflitos, hostilidades e terrorismo, em 1993, graças aos acordos de Oslo, se estabeleceu uma espécie de embrião de um improvável Estado palestino: a chamada “Autoridade Nacional Palestina”, que governava a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
Em 2007 se intensificaram os enfrentamentos entre as correntes palestinas Fatah e Hamas; esta última venceu uma misteriosa “eleição” em Gaza, passando a dominar esse território com um governo de fato, que, na prática, é independente da ANP, cujo poder na mão do Fatah ficou centralizado e restrito à Cisjordânia. O Hamas se firmou na faixa costeira com base em seu poder militar, apoiado pelo Hezbollah do sul do Líbano, que acabou expulsando os vinculados ao Fatah da ANP.
A solução do conflito palestino-israelense só poderá ocorrer se for possível a convivência harmoniosa do Estado de Israel como um Estado Palestino que, todavia, ainda não existe por dois motivos principais, um de ordem política e outro de ordem econômica.
O motivo político, dadas as atuais circunstâncias, pode ser compreendido quando se tenta responder as seguintes perguntas:
1) Como se conseguirá instituir um “Estado Palestino” com dois governos palestinos tão diferentes, um na Cisjordânia e outro na Faixa de Gaza?
2) Será que a ANP apaziguará o Hamas e as demais facções jihadistas terroristas que atuam hoje na Faixa de Gaza?
3) Será que existe vontade política para tal?
O motivo econômico reside no fato de que as populações palestinas, tanto na Cisjordânia como na Faixa de Gaza, juntas, não produzem um PIB (Produto Interno Bruto) capaz de sustentar um Estado, pois não têm um setor agropecuário organizado, um setor industrial e comercial além de insignificante, e muito menos outros setores que demandariam maior escolaridade e mão de obra especializada. A própria ANP, seguindo a regra da antiga OLP, de Yasser Arafat, para funcionar, precisa receber um “mensalão” pago pela ONU, por alguns países e – pasmem! – principalmente pelos EUA e por Israel.
Esses dois motivos imperiosos são os que, de fato, impedem a formação de um “Estado Palestino”, pois o que havia de bom e promissor nessas populações hoje vive basicamente na Jordânia e em Israel. E, é claro, os palestinos que foram para Israel se tornaram israelenses, onde trabalham, produzem riqueza e progresso, têm ampla liberdade para professar sua fé muçulmana, e não têm mais nada a ver com o ódio antissemita que países antijudeus, como Egito, Sul do Líbano, Síria, e principalmente a ditadura islamofascista do Irã, fomentam na região, usando a população ignara e paupérrima desses territórios como “bucha de canhão” contra o desenvolvido e acolhedor Estado de Israel.
*BEATRIZ W. DE RITTIGSTEIN| EL UNIVERSAL em colaboração com FRANCISCO VIANNA (para a versão em português).

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