Criador da Azul sugere extinção da Lei de Licitações e do TCU
O sucesso da empresa aérea Azul tem gosto de vingança para seu fundador, David Neeleman, americano nascido no Brasil. Há quatro anos, feriado de São Valentim, quando uma tempestade paralisou a JetBlue nos Estados Unidos, ele entrou em confronto com os acionistas e acabou demitido da empresa que criou. "O conselho queria que eu desaparecesse. Agora, eles têm sempre que ler sobre o David nas páginas das revistas de negócios nos Estados Unidos", diz Neeleman, de 51 anos: "Quando uma porta fecha, outras se abrem. Na Azul tem 3.000 pessoas e 7 milhões de clientes felizes por eu estar aqui". Neeleman defende a criação de terminais temporários nos aeroportos para dar conta da demanda da Copa do Mundo e ataca a Lei das Licitações (de 1993, que estabelece normas e prazos para contratação por todas as esferas do poder público) e o Tribunal de Contas da União. "Eu queria acabar com a lei 8.666 e com o TCU. Em Vitória, gastaram R$ 30 milhões com as obras do aeroporto. Aí sumiu R$ 1 milhão e o TCU mandou parar tudo. Faz cinco anos que a obra está parada e os R$ 30 milhões foram para o lixo. Tem que investigar, mas não precisa parar a obra. Eu sempre pergunto aos brasileiros sobre isso e eles dizem: 'Isso é o Brasil'. Não aceito. A Nigéria não faz coisa tão estúpida", afirma David Neeleman.
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