Por Augusto Nunes:
Durante a campanha, a candidata Dilma Rousseff reiterou a promessa em todos os comícios, entrevistas, debates e programas no horário eleitoral: em quatro anos de governo, construiria 6 mil creches e 2 milhões de casas populares. Incluindo sábados, domingos e feriados, são quatro creches e 1.370 casas por dia. Como seria operado tamanho milagre?, intrigaram-se os que sabem fazer contas? Dilma sugeriu aos incrédulos que esperassem para ver. Melhor que esperem sentados, sugere o balanço de janeiro. Como não inaugurou sequer um pedra fundamental em 31 dias, Dilma já ficou devendo 124 creches e 41.100 casas.
Fora as 6 mil que prometeu aos brasileiros cujas moradias foram engolidas pelas enchentes na Região Serrana. A julgar pelo ritmo das obras do Programa Minha Casa, Minha Vida, os mais de 20 mil flagelados vão continuar por muito tempo amontoados em acampamentos improvisados. Terão de aguardar a entrega das chaves com a mesma paciência exibida pelos baianos de Feira de Santana contemplados pelo primeiro empreendimento do programa ─ o Residencial Nova Conceição.
Os 440 apartamentos distribuídos por 22 blocos demoraram 18 meses para ficar prontos. As 6 mil casas em Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis correspondem a quase 14 condomínios como o Residencial Nova Conceição. Se todos os 14 forem construídos simultaneamente, ainda assim os flagelados só terão onde morar daqui a um ano e meio.
Como o governo decidiu que a culpa foi da natureza, e que mais de mil brasileiros morreram de tempestade, a tragédia no Rio não impediu que Dilma ficasse satisfeita com a largada. “Foi um bom começo de governo”, cumprimentou-se nesta sexta-feira. Depende da posição de quem olha. Os governantes não têm do que se queixar. Para os governados, só melhorou o som: o sumiço da voz de de Lula é tão agradável uma sinfonia de Beethoven. Mas a contemplação da paisagem informa que tão cedo não há nenhum perigo de melhorar.
Ao longo de janeiro, depois de matar a saudade de Erenice Guerra na festa da posse, Dilma montou o mais bisonho ministério da história, renovou o contrato de aluguel com o PMDB, providenciou a chuva de verbas do Orçamento que garantiu a submissão do Congresso ao Planalto, avisou que a pobreza que Lula erradicou vai acabar em 2014, aperfeiçoou o sorriso de aeromoça de Tupolev e lançou em Buenos Aires, durante a simbiose com Cristina Kirchner, o besteirol em conta-gotas. Fora o resto. Tudo somado, janeiro de 2011 foi apenas o 1° mês do 9° ano da Era da Mediocridade.
Durante a campanha, a candidata Dilma Rousseff reiterou a promessa em todos os comícios, entrevistas, debates e programas no horário eleitoral: em quatro anos de governo, construiria 6 mil creches e 2 milhões de casas populares. Incluindo sábados, domingos e feriados, são quatro creches e 1.370 casas por dia. Como seria operado tamanho milagre?, intrigaram-se os que sabem fazer contas? Dilma sugeriu aos incrédulos que esperassem para ver. Melhor que esperem sentados, sugere o balanço de janeiro. Como não inaugurou sequer um pedra fundamental em 31 dias, Dilma já ficou devendo 124 creches e 41.100 casas.
Fora as 6 mil que prometeu aos brasileiros cujas moradias foram engolidas pelas enchentes na Região Serrana. A julgar pelo ritmo das obras do Programa Minha Casa, Minha Vida, os mais de 20 mil flagelados vão continuar por muito tempo amontoados em acampamentos improvisados. Terão de aguardar a entrega das chaves com a mesma paciência exibida pelos baianos de Feira de Santana contemplados pelo primeiro empreendimento do programa ─ o Residencial Nova Conceição.
Os 440 apartamentos distribuídos por 22 blocos demoraram 18 meses para ficar prontos. As 6 mil casas em Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis correspondem a quase 14 condomínios como o Residencial Nova Conceição. Se todos os 14 forem construídos simultaneamente, ainda assim os flagelados só terão onde morar daqui a um ano e meio.
Como o governo decidiu que a culpa foi da natureza, e que mais de mil brasileiros morreram de tempestade, a tragédia no Rio não impediu que Dilma ficasse satisfeita com a largada. “Foi um bom começo de governo”, cumprimentou-se nesta sexta-feira. Depende da posição de quem olha. Os governantes não têm do que se queixar. Para os governados, só melhorou o som: o sumiço da voz de de Lula é tão agradável uma sinfonia de Beethoven. Mas a contemplação da paisagem informa que tão cedo não há nenhum perigo de melhorar.
Ao longo de janeiro, depois de matar a saudade de Erenice Guerra na festa da posse, Dilma montou o mais bisonho ministério da história, renovou o contrato de aluguel com o PMDB, providenciou a chuva de verbas do Orçamento que garantiu a submissão do Congresso ao Planalto, avisou que a pobreza que Lula erradicou vai acabar em 2014, aperfeiçoou o sorriso de aeromoça de Tupolev e lançou em Buenos Aires, durante a simbiose com Cristina Kirchner, o besteirol em conta-gotas. Fora o resto. Tudo somado, janeiro de 2011 foi apenas o 1° mês do 9° ano da Era da Mediocridade.
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