É óbvio que as sucessivas crises internacionais e interna, nos Estados Unidos, causaram consideráveis perdas no poder de compra dos americanos.
Cerca de 2,6 milhões nos EUA passaram da classe média para baixo da linha de pobreza só em 2010. E o Censo mostra que o ano passado foi o terceiro, consecutivo, em que a taxa de pobreza aumentou (passou de 14,3% da população para 15,1%). Mais de 46,2 milhões são considerados pobres no país com o mais alto PIB do mundo.
Cerca de 15,4 milhões vivem em extrema pobreza. Tudo isso é resultado da recessão que atingiu o país dois anos atrás e que deixou como legado uma alta taxa de desemprego, acima de 9%, entre outros fatores.
A pobreza americana, porém, é muito diferente da latino-americana. Uma pesquisa da Fundação Heritage, utilizando os dados levantados pelo próprio Censo, aponta que, entre as famílias consideradas pobres nos EUA:
- 80% têm ar-condicionado em casa;
- 92% têm forno de micro-ondas;
- quase 75% têm pelo menos um carro;
- mais de 60% têm TV a cabo;
- mais da metade tem computador, e 43% têm acesso à internet;
- 83% das famílias afirmam ter alimentos suficientes;
- 42% delas são proprietárias das residências onde moram.
“Não estamos dizendo que nos EUA não existe pobreza, mas claramente trata-se de uma pobreza muito diferente dos países de terceiro mundo”, disse ao iG Rachel Sheffield, uma das autoras da pesquisa da Fundação Heritage. “Essas pessoas passam necessidades, têm dificuldades para chegar até o fim do mês com algum dinheiro, mas não são miseráveis”, afirmou.
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