O grande medo do PT nessa história toda do Ministério do Esporte é que Agnelo Queiroz, antecessor de Orlando Silva e governador do Distrito Federal, hoje um peixão do partido,seja arrastado de roldão.
Até os gramados de Brasília sabem que Silva não inventou nada, mas herdou um esquema, um método, um procedimento.
Ele não o alterou, claro!, e é até possível que o tenha tornado mais azeitado.
Um evento traumático que colhesse o governador seria péssimo para a reputação do PT, depois de tudo.
O Distrito Federal se tornou um símbolo da politicalha, da roubalheira, da falta de escrúpulos.
Um sábio ancião da cidade, com quem converso de vez em quando, diante da iminente vitória de Agnelo no ano passado, refletiu em conversa com este escriba: “Pobre Brasília! Tão longe de Deus, tão perto do PT”.
Fazia uma paródia de uma frase famosa do presidente mexicano Lázaro Cárdenas (1934-1940) sobre seu país: “Pobre México! Tão longe de Deus, tão perto dos EUA!”
Muito bem!
Como ministro de Estado, Orlando Silva só pode ser processado pelo STF em razão da prerrogativa de foro.
Como Agnelo Queiroz é investigado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) também por causa da lambança no programa Segundo Tempo, a ministra Carmen Lúcia requisitou que os autos fossem para o Supremo.
Aí se acendeu a luz vermelha no PT!
Atenção!
Demitido, Orlando não pode mais ser processado pelo STF.
O que isso implica?
Sem a razão motivadora para juntar os dois inquéritos num só, o de Agnelo volta para o STJ, onde tinha como relator o ministro Cesar Asfor Rocha.
Lá ele corria não exatamente na surdina, mas sem nenhuma visibilidade.
E Orlando?
Vamos ver a tecnicalidade, mas ou ele também passa a ser investigado pelo STJ, junto com o antecessor, ou vai para a Justiça comum, onde, atenção!, as coisas podem ser muito, mas muito lentas.
Uma coisa é certa e é o que queria o PT: o inquérito que diz respeito a Agnelo sai do STF.
*Por Reinaldo Azevedo
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