quinta-feira, 25 de abril de 2013

A venezuela começa a mergulhar numa ditadura militar comunista.

 A economia venezuelana está no fundo do poço e o governo em Caracas aplicou, na terça feira de ontem, a anunciada militarização do sistema elétrico da Venezuela. Isso depois que os militares fiéis ao regime chavezista já dominaram completamente o Conselho Nacional Eleitoral, participaram ativamente da grande fraude eleitoral que reelegeu o golpista Maduro, com a ajuda da inteligência cubana que, nem tanto assim por trás das cortinas, já controla o país.
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Manifestantes simulam conectar dois dispositivos elétricos a uma vela durante um protesto contra os apagões em Caracas em outubro de 2009. De lá para cá a situação somente piorou e os apagões já são contados em vezes por dia na Venezuela/ AP
         Simultaneamente, entrou em vigor um regime de emergência do setor elétrico, que está previsto durar 90 dias, com a finalidade de ‘estabilizar’ a rede de distribuição de eletricidade do país. “Vamos militarizar, esta é a palavra, todas as instalações elétricas que, também, agora passam a ser “zonas de segurança nacional” para resguardar e evitar qualquer tipo de sabotagem”, disse o vice-presidente de Maduro, Jorge Arreaza, numa declaração à imprensa domesticada pelo palácio Miraflores.
            Assinalo que ontem foi também publicado o ‘decreto’ que põe em vigor “o estado de emergência do sistema e do serviço elétrico no país” durante 90 dias. “Isto é de grande importância porque este é o marco que nos permite tomar as medidas indispensáveis para estabilizar o sistema elétrico na Venezuela”, explicou.
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Os apagões elétricos afetam a Venezuela por anos a fio, mas recentemente o problema piorou muito, com a saída do país de obra especializada e a manutenção das centrais elétricas e vias de transmissão é altamente precária. O mesmo ocorre com a PDVSA, cujas instalações se encontram em condições lamentáveis de deterioração sem mão de obra qualificada para a devida manutenção. Nesta imagem de arquivo, várias pessoas caminham por uma rua de Caracas durante um apagão na capital / AP
Arreaza confessou publicamente que nos últimos dias houve “prisões, substituições de operários, de alguns gerentes, e de outros que foram investigados, formando uma pequena minoria”, por “atos de sabotagem” na rede elétrica. Durante a campanha eleitoral – claro! – Nicolás Maduro por diversas vezes responsabilizou a oposição pelos apagões classificando-os como atos de sabotagem contra o sistema elétrico do país e anunciou a militarização que ontem passou a vigorar.
            “Temos que constatar em poucos meses os efeitos positivos do que ontem o presidente Maduro instituiu”, assinalou Arreaza, ao garantir que o regime será “implacável” contra os sabotadores, mas também no cumprimento “minucioso dos protocolos de manutenção e de investimentos” no sistema elétrico.
            O ministro venezuelano de Energia Elétrica, Jesse Chacón, por sua vez, disse que injetará capitais na estatal que “controla” o sistema elétrico do país, a CORPOELEC, que implicará em ações necessárias para “estabilizar a geração, transmissão e distribuição de eletricidade” ao país. Em suas promessas, como sempre, o ministro destacou que usará produtos venezuelanos para substituir os importados no funcionamento do sistema e que os investimentos acarretarão uma “economia de recursos” e será projetado visando o “crescimento do consumo para os próximos dez ou vinte anos”.  
            Anunciando uma “transformação radical do sistema elétrico no país”, o ministro disse que serão definidas, nos próximos dias, “todas as áreas que entrarão na zona de segurança nacional”.
            Chacón disse também que o chefe do Comando Estratégico das Forças Armadas, Wilmer Barrientos, assegurou que os militares participarão ativamente do “controle e do funcionamento do sistema elétrico”. “Mas que não nos vejam como se essa militarização seja para a adoção de medidas arbitrárias. Não. Estamos cumprindo o que estabelece a Constituição, e a nossa missão é a de colaborar e contribuir como uma força nacional”, disse ele.
            O tema “eletricidade” é um dos mais constantes e controversos na Venezuela, que em fevereiro de 2010 sofreu uma forte crise de geração e distribuição que o governo justificou como consequência de uma estiagem qualificada como a pior em 45 anos.
            Em agosto do ano passado, o falecido presidente Hugo Chávez reconheceu que os “graves problemas” no sistema elétrico nacional permaneciam, embora tenha assegurado que caso ele nãotivesse chegado ao poder em seu país, o povo estaria iluminando suas casas com lanternas e cozinhando a lenha.
          Para quem conhece como funciona o socialismo, não será nenhuma surpresa se a Venezuela entra agora num regime de racionamento de tudo, desde a eletricidade até a comida, onde o desabastecimento já é terrível.
          O pior é que os venezuelanos se acostumaram a viver de petrodólares, hoje completamente desviados pelo politiburo de Caracas, e deixaram sua florescente indústria e agropecuária desaparecer e seus capitais e cérebros saírem do país. A situação, que deve piorar, poderá levar a Venezuela à guerra civil no futuro próximo. Anotem aí...
*Francisco Vianna, com imprensa internacional, por e-mail via Grupo Resistência Democrática

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