Sempre questionei a responsabilidade ética, e
científica, das leis brasileiras. Cada vez mais, vejo-as como instrumento
inquisitorial de dominação política, e financeira, por parte dos
detentores e/ou usurpadores, do PODER NACIONAL. Como já o disse o jornalista
Alexandre Garcia: -
No Brasil, parece que as leis foram feitas por aqueles que imaginam que, em
algum dia, podem ser presos-.
Dois assuntos emblemáticos de nossa
irresponsabilidade penal/jurídica/civil: os jornais e a televisão sempre
cutucam a questão do deputado Paulo Maluf, mostrando-o como ladrão de finanças
públicas, sendo procurado até pela Interpol. Culminando com a proposta, de um
destes monstruosos paraísos fiscais, de se intimar a Prefeitura de São Paulo
para reaver o dinheiro extraviado pelo dito cujo. Isto está na mídia há mais de
10 anos. E nosso sistema jurídico/penal não consegue fincar raízes sérias no
episódio, para o veredito final/impactante/urgente sobre aquele cidadão:
CULPADO OU NÃO CULPADO?
O outro assunto é a demora, inaceitável para
os brasileiros honestos/trabalhadores/ pagadores de impostos, de se
meter os réus do mensalão na cadeia. Se o Zé da Silva, favelado/desempregado
das periferias brasileiras, roubar o pão para alimentar seus filhos famintos,
com certeza já estaria enclausurado no dia seguinte ao crime.
Estes dois assuntos não são, hipòcritamente,
epidérmicos. Traduzem o caos jurídico em que estão colocando nosso país, num
retrocesso galopante para se chegar às capitanias hereditárias.
DÁ OU NÃO DÁ NOJO DE TANTA IMPRUDÊNCIA,
INCAPACIDADE, NEGLIGÊNCIA E IMPERÍCIA?
E não devemos esquecer de que se passou
bastante da hora de exigir punição para menores de idade. Se os pais tem o
dever de corrigir desvios menores dos filhos em ambiente doméstico, com muito
mais razão o Estado tem a obrigação de penalizá-los, duramente, nos crimes das
ruas.
*Renzo Sansoni, via menteestrategica@grupos.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário