quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Sem patriotismo, sem respeito aos símbolos pátrios

BRASÍLIA. Antes de deixar a Presidência, Lula acabou com uma tradição de quase 40 anos, favorecendo sua sucessora, Dilma Rousseff, que não gosta de tornar pública sua agenda ou sua vida - embora seja presidente e não mais uma pessoa comum. Em dezembro, em seu último dia de governo, pelo decreto 7.419/2010, Lula revogou outro decreto, de 1972, da época do presidente Médici, que determinava que a bandeira nacional e o Pavilhão Presidencial, a bandeira verde com o brasão da República, devem ficar hasteadas quando e onde o presidente estiver. Sobretudo nos palácios do Planalto, seu local de trabalho, e da Alvorada, residência oficial.
Lula, que se incomodava com o símbolo, combinou com Dilma a revogação do decreto. Ela agradeceu. Durante as eleições, Lula burlou a lei ao deixar hasteado o Pavilhão Presidencial no Alvorada, quando ele estava gravando programa de campanha para sua candidata. Pelas novas regras, as bandeiras devem ser hasteadas na cidade onde a presidente estiver, não importando se está no Alvorada, no Planalto, na Granja do Torto ou em um evento qualquer.
Dilma tem optado por não dar muita transparência ao mandato. Sua agenda é uma peça de ficção. É comum divulgar compromissos até as 15h, embora ela fique no Palácio até depois das 20h. Há cerca de 15 dias, quando foi passar o fim de semana em Porto Alegre, a agenda de sexta-feira não trazia a informação. Na volta, o encontro com Lula em São Paulo não foi informado.
Fonte: O GLOBO - 27/01/2011

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