Dilma e Pimentel em campanha em Minas Gerais, em 2010.
A Veja diz que “Se a presidente Dilma Rousseff mantiver a coerência, Fernando Pimentel tem os dias contados no cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O petista fez fortuna com uma consultoria, a P-21, depois de deixar a prefeitura de Belo Horizonte, em 2009, e antes de assumir o ministério, em 2011. A situação lembra em muito a protagonizada pelo ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, O primeiro demitido na faxina, que enriqueceu subitamente com os lucros de uma empresa de consultoria: aumentou o patrimônio 25 vezes em quatro anos.”
Se tiver que demitir Pimentel, Dilma cortará na carne: são amigos há mais de 40 anos. – diz a coluna de Ricardo Setti.
Se a doutora Dilma acha que pode manter Fernando Pimentel no Ministério do Desenvolvimento, deve chamar de volta Antonio Palocci, pedindo-lhe desculpas pelo mau jeito. Ambos fizeram fortuna dando consultorias a empresários. Palocci ganhou R$ 7,5 milhões em quatro anos e perdeu a chefia da Casa Civil. O repórter Thiago Herdy revelou que Pimentel coletou R$ 2 milhões em menos de dois, a partir do fim de janeiro de 2009, quando deixou a Prefeitura de Belo Horizonte.
O ministro argumenta que sua experiência a serviço da cidade justifica uma remuneração de cerca de R$ 1,2 milhão líquidos. Como sua empresa, a P21, foi desfeita em dezembro de 2010, "isso dá cerca de R$ 50 mil por mês, é uma remuneração compatível com o mercado de executivos".
Não se conhece a lista de clientes de Palocci, mas sabe-se que a Federação e o Centro de Indústrias de Minas Gerais pagaram R$ 1 milhão a Pimentel por nove meses de consultoria. Para o sindicalismo patronal, esse é um santo dinheiro, pois não é necessário ganhá-lo para fazer os cheques. O numerário vem da Viúva, pelos impostos que incidem sobre as folhas de pagamento. O patronato reclama da carga tributária e do Custo Brasil, mas não quer largar esse mimo.
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